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Problemas na região

Moradores protestam e feira livre será mantida na Vila Clementino

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Não se sabe ao certo quando a feira livre da Rua Estado de Israel, promovida às quintas-feiras, começou. Moradores mais antigos relatam que frutas, verduras, legumes, carnes e outras iguarias fresquinhas são oferecidas ali há mais de seis décadas! Mas, o fato é que seus frequentadores são fãs incondicionais e ficaram indignados quando os próprios feirantes começaram a relatar que a feira seria transferida dali para outra endereço, em área confinada.
“Ninguém quer isso, ninguém pediu isso!”, garante a leitora Nani Braun. Ela vê na feira livre um local de encontro e convívio da comunidade, um ponto de referência cultural.
Como sempre, o trânsito era a explicação para a hipótese aventada. Mas, outros vizinhos de Nani favoráveis à permanência da feira concordam com ela: foram os novos habitantes de um enorme condomínio ali construído que queriam o cancelamento.
“Esta feira não atrapalha em nada o trânsito. O que atrapalha são justamente os enormes condomínios que trazem muitos carros ao bairro”, constata Braun.
Ela ainda criticou o fato de nenhuma pesquisa ter sido feita na região, com moradores, para saber se as barracas montadas às quintas-feiras traziam transtornos ou não. “Esta feira já foi diminuída de forma que o trânsito da Coronel Lisboa não é mais prejudicado por ela, nas manhãs do único dia da semana em que ela ocorre”.
Os feirantes chegaram a ser avisado de que deveriam passar a montar suas barracas em outra área, próxima à Marinha, na Rua Sena Madureira, em um prazo de três semanas – mas isso foi ainda em janeiro!
Na semana passada, finalmente, a Secretaria Municipal de Abastecimento, em resposta aos questionamentos feitos pelo jornal São Paulo Zona Sul, garantiu: a feira será mantida na Rua Estado de Israel, onde está atualmente.
O órgão confirma que recebeu o abaixo-assinado e diversas manifestações favoráveis à permanência da feira e que, após estudo com a Subprefeitura da região, e atendendo à solicitação da população local, a administração municipal manterá a feira no local estabelecido.

 

 

Feira livre atrapalha?
Para Nani Braun, o grande problema hoje da cidade está justamente no excesso de condomínios imensos, que além de trazer muitos carros, trazem também pessoas, muitas vezes distantes da vida comunitária. “Adultos, adolescentes e crianças sem a menor educação atiram objetos sobre as nossas casas, entopem nossas calhas com bolinhas de tenis que caem das quadras afundando capôs e quebrando telhas”, indigna-se ela, relatando o que vê ocorrer ali mesmo, bem pertinho da feira.
“A vida do bairro, que sempre existiu antes da sua chegada, não lhes interessa em absoluto. Preocupam-se com a vidinha e com sua segurança privada. O que um condomínio desses causa em prejuízo dos que habitam ao redor e abaixo de suas janelas, é irrelevante! Esse é o problema com a nossa cidade. Não as feiras livres”, finaliza.
Para fazer sua reivindicação, escreva também para o Jornal SP Zona Sul: falecom@jornalzonasul.com.br ou ligue para 5072-2020

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