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Metrô pode desapropriar na região para ceder áreas a shopping centers?

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Durante a construção do Shopping Metrô Santa Cruz, a Companhia do Metropolitano prometeu que não eliminaria o terminal de ônibus que ali funcionava. A promessa foi apenas parcialmente cumprida, já que do terminal que ocupava todo o prédio onde antes existia um estacionamento interligado ao metrô, restaram apenas duas estreitas baias. Todas as linhas restantes de ônibus funcionam precariamente, atrapalhando o tráfego, até hoje, nas redondezas. Inclusive aquelas de imensos ônibus biarticulados. Há dois anos, durante audiência pública para discutir as obras de prolongamento da Linha 5 na região, o jornal SP Zona Sul também questionou o metrô se essas casas agora desapropriadas, em prol do bem público, não poderiam futuramente ser ocupadas também por instituições privadas e centros comerciais de fins lucrativos. Os técnicos garantiram que não.

 

Agora, o próprio metrô divulga que os planos são diferentes: um shopping está em construção no Tucuruvi. Segundo reportagem do jornal o Estado de São Paulo, publicada há duas semanas, até o terminal Jabaquara está nos planos, porém sem previsão concreta ou data para sair do papel. Vale lembrar que para o local está planejada a interligação com o sistema VLT, o trem de superfície que deve ligar a estação Jabaquara ao Aeroporto de Congonhas, o que dá dicas sobre a importância de um centro de compras no local. Fica a pergunta: será que as desapropriações já estão sendo estudadas levando em conta também a intenção de construir estes futuros empreendimentos? A própria reportagem do Estadão já dá a dica: “uma das metas do Metrô é incluir em futuros projetos de linhas, como a 6-Laranja, a definição de áreas para esses negócios”. Mas é correto desapropriar imóveis com a finalidade de cedê-los futuramente à iniciativa privada? Segundo o metrô, a arrecadação obtida com o aluguel desses terrenos faz com que as tarifas sejam menores, o que justifica o interesse público. Ou seja, sem eles o bilhete custaria mais que os atuais R$ 2,90.

O metrô informa ainda que, no caso do Tucuruvi, o grupo empreendedor está se responsabilizando pla construção de três terminais urbanos para alocar as linhas de ônibus locais. Só que eles estão dispostos ao longo de ruas próximas.

Atualmente, o Jabaquara já sofre com falta de locais para estacionamento, excesso de ônibus da Rodoviária e grande movimentação.

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