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Metrô exibe imagens de pessoas desaparecidas em telões e vagões

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Menos de um mês após começar a exibir as imagens de pessoas desaparecidas no Metrô, o convênio com a Prefeitura de São Paulo já começa a dar resultado. Um homem de 58 anos que estava desaparecido desde o dia 1º de março foi localizado no dia 9, com a ajuda de duas passageiras que reconheceram ele nas imagens exibidas na tela da TV Minuto.

Éder Mário de Carvalho deu entrada na unidade de saúde onde elas fazem estágio, o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), Capela do Socorro, zona sul da capital. O reconhecimento foi informado à Divisão de Desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) da Cidade de São Paulo, que confirmou a localização. Éder recebe atendimento no CAPS.

O Sucesso da iniciativa motivou a SMDHC a ampliar a parceria. Desde a semana passada, os passageiros que utilizam as Linhas Amarela e Lilás do Metrô, administradas, pelas concessionárias Via Quatro e Via Mobilidade também terão acesso às imagens nas telas que ficam nas estações destas linhas. Os alertas destacam fotos e nomes de desaparecidos e o telefone do serviço municipal de localização.

“Esta ação se mostrou muito importante, não só pela localização do Éder, tivemos um aumento expressivo na visibilidade do serviço e consequentemente no número de cadastros abertos. As pessoas estão mais atentas para o problema. O paulistano está olhando no rosto das pessoas o que é muito bom para a cidade em termos de empatia”, diz o diretor da Divisão de Desaparecidos da SMDHC, Darko Hunter, foto acima.

Após a campanha, a procura pelo serviço que é público e gratuito teve um salto com a abertura de 600 novos registros em pouco mais de um mês. “Saltamos de 2.204 para 2.847 desparecidos cadastrados”, revela Darko.

A Coordenadora de sustentabilidade da Via Quatro, Diana Rosa, destacou a importância dessa ação. “Estamos estabelecendo essa parceria com a cidade de São Paulo para ajudar estas famílias a encontrar seus entes queridos. Uma angústia que só quem tem um parente desaparecido sabe dimensionar”, afirmou.

O convênio tem duração de seis meses para a realização de ações conjuntas com a Via mobilidade e Via Quatro detentoras das conceções das linhas Amarela e lilás do metrô, nas redes sociais e nas telas das estações. Esta cooperação não envolve transferência de recursos financeiros; os custos farão parte dos orçamentos de cada instituição.

A SMDHC já tem convenio firmado com o Metrô de São Paulo para exibição de alertas de desaparecidos desde fevereiro deste ano. Os vídeos são exibidos na TV Minuto que é transmitida em centenas de monitores dentro dos vagões das linhas 1-Azul (Jabaquara – Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena – Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera – Palmeiras/Barra Funda). Com o novo convênio as telas nas estações das linhas 4-Amarela (Luz-São Paulo/Morumbi), 5-Lilás (Capão Redondo – Chácara Klabin) também vão exibir os alertas e desta forma os passageiros poderão contribuir com a localização, caso identifiquem estas pessoas.

A capital paulista tem 2.204 pessoas na lista de desaparecidos. O serviço é gratuito e basta fazer um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e preencher o cadastro da prefeitura para disparar um processo de verificação em toda a rede municipal de assistência. Para Darko, ainda há muita desinformação sobre o assunto. “Ao contrário do que se vê nas séries e filmes, não é preciso esperar 24h para fazer a denúncia. A prefeitura está pronta para ajudar assim que a família constatar que a pessoa não está no local que deveria”, explica Darko.

A Divisão de Localização Familiar atende pelo whatsapp (11) 97549-9770, ou e-mail: desaparecidos@prefeitura.sp.br. Também há um Posto Avançado no centro de São Paulo.

O que fazer?

A Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos está pronta para ajudar, desde o momento em que a família perde o contato com a pessoa desaparecida. “O tempo é um fator importante para a resolução dos casos. Quanto antes procurar ajuda, maiores são as chances de reencontro, especialmente quando se trata de desaparecimento forçado ou involuntário.”, revela o coordenador Darko Hunter, que trabalha há 14 anos na localização de pessoas e acabou incorporando o apelido que quer dizer caçador em inglês.

De acordo com ele, a família precisa primeiro tentar esgotar todos os meios de contato possíveis, assim que notar alguma anormalidade no padrão de rotina da pessoa e, se ela não estiver onde deveria sem deixar aviso, deve ser registrado um Boletim de Ocorrência imediatamente, na delegacia mais próxima ou pela internet https://www.ssp.sp.gov.br/nbo. Não há necessidade de esperar 24 horas.

Após a abertura do BO, ainda na internet, deve ser preenchido o formulário para registro de dados da pessoa desaparecida, no endereço eletrônico: Formulário de cadastramento | Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania | Prefeitura da Cidade de São Paulo . A partir daí, a divisão entra em cena iniciando uma busca pela rede de informações que conecta vários serviços municipais.

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