Siga-nos

Sem categoria

Metrô dá sinais de obras na Vila Clementino

Publicado

em

Sinais de que as obras do metrô estão prestes a deixar a Vila Clementino ainda mais movimentada e com tráfego mais intenso estão por toda parte, ainda que tardiamente. A extensão da Linha 5, Lilás, vai ligar a região de Santo Amaro à estação Santa Cruz, na Linha Azul, e à Chácara Klabin, na linha Verde, passando por Moema. As obras atravessarão corredores viários importantes como a Avenida Ibirapuera e a Rua Pedro de Toledo. Atualmente, a Linha opera da estação Capão Redondo a estação Largo Treze. Serão aproximadamente 20 quilômetros de trilhos e 17 estações.

Em abril de 2008, em entrevista ao jornal S. Paulo Zona Sul, o secretário de Transportes Metropolitanos José Luis Portella disse que era plenamente viável concluir até 2010 a ligação entre o trecho existente, no Largo 13 de Maio, e a estação Santa Cruz. “As estações não estarão concluídas, mas o túnel sim”, garantiu ele, à época, complementando que todo o trecho seria concluído até 2012.

Em agosto de 2009, ao iniciar as obras dessas duas estações, o governo fez outra previsão errada: estariam concluídas até 2011 e confirmou a operação completa do trecho para 2012

No final de 2009, o metrô garantiu que até março todos os imóveis desapropriados para a extensão do trecho estariam em processo de demolição – o que até agora não ocorreu.

Em 2008, a Prefeitura paulistana transferiu 200 milhões de reais para a extensão da Linha 5, mas a verba não foi suficiente para manter o ritmo previsto.

Agora, o metrô já adiou em pelo menos dois anos a conclusão apenas das duas primeiras estações previstas para o trecho: ficou para 2012 a inauguração das estações Campo Belo e Adolfo Pinheiro e não há qualquer previsão para a ligação com a estação Santa Cruz. Informa apenas que, “ainda em 2010, terminado o processo licitatório, terão início as obras para implantação de todo o trecho”.

Empresa nega estudos que prevêem aumento de IPTU

Segundo jornal, Metrô estaria estudando forma de a Prefeitura aumentar o imposto no entorno de novas estações para futuro repasse

Os jornais nas últimas semanas vêm apontando para o interesse do mercado imobiliário em imóveis em bairros lindeiros à Linha Amarela, 4, do Metrô, que, concluída, ligará a estação da Luz à Vila Sônia, na região do Morumbi. Mas, em especial uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, na última quarta-feira, 13, despertou uma grande discussão. A matéria dizia que o metrô “pretende cobrar a Prefeitura e a iniciativa privada pela valorização que provoca ao inaugurar novas linhas e estações”. Como?

Segundo a reportagem, através do aumento do IPTU, que seria provocado pela valorização dos imóveis e deveria ser repassado ao metrô.

A matéria ainda informa que a empresa estaria disposta a adotar a mesma postura com relação a todas as estações construídas no futuro, ou seja, quem mora no Jabaquara e em São Judas, onde será construída a Linha 17 – Ouro, e na Vila Clementino, onde já está em andamento a expansão da Linha 5, teria de arcar com impostos mais altos por conta da valorização das casas. E a iniciativa privada, de alguma forma, também seria “cobrada” pelo aumento dos negócios e empreendimentos imobiliários.

Já no dia seguinte, a assessoria de imprensa do metrô divulgou nota em que nega “qualquer relação entre o estudo “Impactos do metrô na dinâmica imobiliária do entorno – O caso da Linha 4 – Amarela” e o IPTU”. Segundo a empresa, o documento, que é assinado por quatro técnicos do metrô, ainda está em fase preliminar.

Efetivamente, o jornal S.Paulo Zona Sul teve acesso ao material de apresentação do estudo sobre valorização imobiliária e, neste resumo, não consta nenhuma menção sobre repasses da Prefeitura ao Metrô, frutos da valorização imobiliária, ou da iniciativa privada. Mas, fala em “aplicação da metodologia para outras linhas”, no que se refere à avaliação da valorização trazida por estações a serem construídas em toda a cidade, e também em “trasnformação dos resultados em insumos para o desenho da rede de metrô e o projeto funcional de novas linhas”, sem precisar como.

Mas, segundo o metrô, esta análise, que não está concluída, foi feita por conta de uma solicitação do Banco Mundial. Financiador das obras da Linha 4, o Banco estaria solicitando o estudo para avaliar o resultado dos investimentos feitos.

O metrô diz ainda que a conclusão se dará após comparação dessa primeira pesquisa com a segunda, que acontecerá um ano depois da inauguração de todas as estações da primeira fase da Linha 4 – Amarela.

O metrô não explicou, entretanto, como o jornal O Estado de S.Paulo publicou, na reportagem, frase que teria sido dita pela técnica Marise Rauen Viana, uma das autoras do estudo e integrante da Coordenação de Estudos de Impactos Urbanos, Sociais e de Desenvolvimento do Metrô. Ela teria dito que o objetivo do estudo é que “parte da valorização vá para a companhia”.

Também teria admitido que o modelo será usado em todas as linhas quando for finalizado. Apesar de apontar que outras avaliações serão feitas após a conclusão das obras, a reportagem diz que os técnicos estimam já ter ocorrido uma valorização de 30%, em alguns casos, junto às futuras estações da Linha Amarela.

Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados