Mel, uma doçura, nunca fica sozinha

Vejam que linda a Clara andando de carro, adequadamente, em uma cadeirinha com cinto de segurança! Quem a ve assim, toda protegida, já pode imaginar qual a sua importância para a família com que vive… Mas, ainda assim, certamente desconhece a história de sua chegada a casa…

Anali, moradora da Vila Mariana, um dia foi até um canil e se apaixonou por uma cadelinha, a Mel. Levou-a ainda pequenina para casa e, passados apenas seis dias, Mel foi internada e acabou morrendo, três dias depois… Com lágrimas nos olhos e um aperto no coração, Anali voltou ao canil e descobriu que só havia ali mais uma fêmea. Em dúvida se estava fazendo a melhor opção, ela resolveu levar a cachorrinha. Naquele momento, entretanto, ela se perguntava se seria capaz de amar outra que não a Mel, que se foi em tão pouco tempo e já havia conquistado tanto amor da família.

Doce engano.

Anali não sabia, mas passaria por fortes emoções novamente. Três dias após sua chegada, Clara também passou mal, foi internada. “Voltou, e na madrugada seguinte seguimos eu e meu irmão para o hospital mais uma vez, onde acabou ficando internada, entre a vida e a morte, por mais de uma semana”, relembra.

“Impossível descrever em palavras o amor que eu e minha família temos pela Clara. Ela é membro da família: carinhosa, meiga…”.Hoje em dia, Mel não fica sozinha nunca. “Me acompanha sempre: acorda comigo, dorme na cozinha enquanto tomo café, depois dorme no banheiro enquanto tomo banho. Se meu irmão trabalha até tarde ela fica ao lado dele, mesmo sendo tarde da noite, ou início da madrugada. Ainda que durma aos pés dele, acompanha a todos”, conta Anali. E não é só aos dois irmãos que ela faz companhia: caminha devagar, no ritmo da mãe, quando a acompanha.

Se a família recebe visitas, Mel é um doce: recebe a todos muito bem.

“É minha melhor amiga. Quem tem sabe como é”, resume Anali.