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Turismo e Lazer

Marquise do Parque Ibirapuera: reforma começou

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Os mais tradicionais frequentadores do Parque do Ibirapuera amam a Marquise. Além de protegida do sol excessivo ou da chuva, a marquise tem um piso ideal para a prática de esportes como skate, patins, bicicleta… Mas, já há mais de 30 anos que a estrutura, projetada por Oscar Niemeyer e que data da década de 1950, apresenta problemas. Houve uma reforma em 1987, mas os problemas voltaram, novas intervenções, mas os riscos permaneceram e houve quedas de pedaços do teto – a última delas em janeiro desse ano, após uma forte chuva, quando pessoas tentavam se proteger sob a estrutura.

O Parque está sob concessão desde 2019, mas a marquise e sua manutenção ficaram fora do contrato. Agora, essa semana, em visita à Subprefeitura de Vila Mariana, o prefeito Ricardo Nunes colocou na agenda a assinatura.

A autorização para início das obras de restauração da Marquise foi assinada nessa quinta, 29 de fevereiro e prevê investimentos de quase 72 milhões por parte da Prefeitura, mas com obras executadas pela concessionária Urbia. Serão 16 meses de obras, ou seja, a reabertura para uso do público só acontece mesmo em 2025.

Segundo Nunes, a decisão é vantajosa para a Prefeitura também em relação ao prazo e operação. A previsão da entrega é de 16 meses, 60 dias antes do esperado, e ainda terá maior facilidade na sua execução, uma vez que a Urbia Parques já é responsável pela área de concessão, que inclui a Marquise. O processo está sendo acompanhado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) e assim seguirá até o fim da obra.

A Marquise do Parque Ibirapuera é um equipamento tombado e símbolo arquitetônico da cidade.

A instalação, que possui mais de 27.000 m², existe desde 1954, e foi projetada pelos arquitetos Oscar Niemeyer, Hélio Uchoa Cavalcanti, Eduardo Kneese de Mello e Zenon Lotufo. Além de servir como conexão entre os pavilhões, ela proporciona o desenvolvimento gratuito e acessível de esportes, lazer e entretenimento. 

O Parque Ibirapuera é conhecido por ser um dos cartões portais de São Paulo e o ponto turístico mais importante da cidade. Mensalmente, recebe em média 1,3 milhão de visitas, o que supera a população várias capitais do país, como por exemplo Florianópolis, Campo Grande, Maceió, São Luís e Natal.

Após as obras, a Marquise será, novamente, aberta à visitação. Com sua enorme extensão e lindas curvas, ela se concretiza como um dos pontos mais bonitos do Ibirapuera e da cidade.

Concessão

A Urbia assumiu definitivamente a gestão do parque em outubro de 2020, e o contrato assinado tem duração de 35 anos (até 2055). Essa concessão à iniciativa privada proporcionará uma economia de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos ao longo do prazo do contrato. Com manejo, vigilância e zeladoria, a Prefeitura alega que deixa de gastar aproximadamente R$ 20 milhões por ano.

“A gente chegou num bom entendimento em que a Urbia nos concedeu 5% de desconto, tornando o valor do serviço mais vantajoso e dentro de um contexto do executivo, concessionária e o Tribunal de Contas a gente chegou nesse bom termo”, explicou o prefeito Ricardo Nunes exaltando as vantagens da negociação com a concessionária que administra o parque.

“O contrato de concessão já tem a manutenção preventiva e corretiva garantida pelos próximos anos até o final desse contrato. Ganha a cidade, a gente agradece a Prefeitura de São Paulo por ter acolhido essa negociação para que essa obra fosse feita da melhor forma para cidade, para os cidadãos e, também, para o bom funcionamento do Parque Ibirapuera”, disse o diretor comercial da Urbia, Samuel Lloyd.

“É um momento extremamente importante pois o Ibirapuera significa o sucesso do programa de concessões com uma aprovação gigantesca por parte de quem usa o parque”, apontou o secretário de Governo, Edson Aparecido, destacando a mentalidade moderna da atual gestão com o programa de concessões.

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