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Cultura

MAM tem nova exposição

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Uma nova alternativa cultural entra em cartaz no Museu de Arte Moderna – Mam -no Parque do Ibirapuera, trazendo a obra do fotógrafa de origem norte-americana George Love (Estados Unidos da América, 1937 – Brasil, 1995). Abre ao público no dia 1 de março e ficará em cartaz até maio.

O curador Zé de Boni explica que no despertar da cultura fotográfica brasileira na segunda metade do século XX, o nome de George Love se destacou. “Artista carismático, ele sempre foi cercado por uma aura de mistério, que beirava a lenda, de tão conhecido quanto enigmático que era, pelo tanto que ele foi exposto e como ficou escondido”, descreve.

Para De Boni, George exibia um intenso brilho em suas realizações, na interação profissional e no convívio particular. “A luz que trazia ao ambiente extravasava paredes e repercutia na atmosfera e nas pessoas, que vislumbravam as infinitas possibilidades de um marcante meio de expressão. Suas ações no meio cultural, editorial e corporativo expandiam os horizontes da fotografia, abrindo caminhos adiante do seu tempo”, aponta. “Conscientemente ou não, gerações de fotógrafos brasileiros seguem sua inspiração e seu modelo, que se realça entre as raízes de nossa contemporaneidade”, completa.

O curador garante que não há exagero em definir o fotógrafo como um gênio. E relata um pouco de sua trajetória:

“Negro, filho único em uma família simples e culta, concluiu seus primeiros estudos superiores antes dos 20 anos. Adotou a câmera fotográfica também cedo, vislumbrando a possibilidade profissional no segmento de fotografia de viagem, representado por arquivos de imagens. Fixando-se em Nova York para mais estudos, logo passou a se dedicar à fotografia como criação autoral, tendo suas primeiras mostras em galerias de Manhattan, dando cursos e palestras. Assim, foi aceito como um dos mais jovens participantes da Association of Heliographers. George Love se identificava com a proposta, de forma que o ideário dessa associação é chave importante para compreender a obra que desenvolveu por toda a sua vida.

A perspectiva de um novo rumo lhe foi oferecida por uma rara heliógrafa estrangeira, que o estimulou a se aventurar pelo continente sul-americano. Em janeiro de 1966, George juntava-se a Claudia Andujar em Belém para uma inusitada expedição no interior da Amazônia, verdadeira epopeia até a terra dos Xicrin. Voltaram para Belém, subiram pelo rio até Iquitos, depois Lima e Bolívia, e entraram de volta no Brasil pelo famoso “trem da morte”. Fixaram-se em São Paulo, no apartamento da Avenida Paulista, casaram-se… e, então, o resto é história”.

Pode ser visitada a partir de 1/3, de terça a domingo, das 10h às 17h30). Ingresso: R$30 (inteira). Aos domingos, a entrada é gratuita.

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