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Cultura

MAC inaugura novo andar com duas novas exposições

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Um ano e meio após a inauguração do prédio do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo na antiga sede do Detran, no Ibirapuera, a maior parte do edifício ainda permanece fechado à visitação. Mas, aos poucos o acervo vai sendo ampliado e novos andares se abrem.

Neste sábado, dia 15, duas novas exposições – “O Artista como Autor / O Artista como Editor” e “José Antonio da Silva em Dois Tempos – inauguram mais um andar da nova sede do MAC USP.

Com curadoria de Tadeu Chiarelli, diretor do MAC USP, a exposição “O Artista como Autor / O Artista como Editor” apresenta duas características fundamentais da cena artística das últimas décadas: de um lado, o artista que age sobre o mundo reivindicando sua inscrição como autor, por meio de gestos e estruturas formais que ratifiquem sua individualidade; de outro, o artista movido pela possibilidade de operar com imagens já existentes, recombinando-as para conferir novos sentidos e significados à realidade já existente, quer por meio da escolha arbitrária de uma ou outra imagem, quer pela articulação entre elas.

Para o curador, é “pertinente destacar as diferenças de atitude entre o artista/autor e o artista/editor, como posturas que explicitam de maneira mais contundente as crises da sociedade ocidental e, dentre elas, a crise da arte”. A exposição procura evidenciar tais questões apresentando obras de artistas como Ivens Machado, Karel Appel, Robert Raushenberg e Regina Silveira, entre tantos outros. A mostra traz ainda artistas que relativizam a noção de autoria por meio de trabalhos em colaboração, como José Leonilson e Albert Hien, Shirley Paes Leme, Fernando Lindote e Felipe Cama.

As 41 obras da exposição José Antonio da Silva em Dois Tempos apresentam um artista entre o primitivo e o concreto. Seus trabalhos chegaram ao acervo do Museu em dois momentos distintos. Em 1963, as 16 obras provenientes da coleção de Francisco Matarazzo Sobrinho e do antigo MAM, mostram o artista autodidata em um momento em que sua pintura primitiva é pautada pela cor. Mais tarde, em 1979, o Museu recebeu 25 obras doadas pelo crítico, poeta e psicanalista Theon Spanudis, que refletem um segundo momento do artista, que o aproxima dos grupos abstratos concretos brasileiros. “Que sua obra seja vista de uma perspectiva ou de outra, reflete sua introdução na história da arte moderna do Brasil num momento que parece marcar uma virada em torno da noção de modernismo: o abandono das tendências realistas e o mergulho no abstracionismo”, afirma Ana Magalhães, docente do MAC USP e curadora da exposição.

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