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Meio ambiente

Lixo pode gerar colapso em mares e oceanos

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Água é essencial à vida no planeta, entretanto a poluição de mares e oceanos pode comprometer a alimentação, o emprego e fazer desaparecer ecossistemas importantes

Não é só a pesca predatória que compromete a vida em mares, oceanos, rios e lagos. A poluição tem consequências não apenas por comprometer a vida em ambientes aquáticos, mas porque a água é essencial a toda forma de vida no planeta.
De acordo com a ONU, duas de cada cinco pessoas vivem perto do mar e três entre cada sete dependem de recursos marinhos ou costeiros para sobreviver. Oceanos contribuem para regular o clima, processar nutrientes através de ciclos naturais e fornecer uma ampla gama de serviços, incluindo recursos, alimentos e empregos que beneficiam milhões de pessoas em todo o mundo.
A ONU ainda alerta que mais importante que buscar a difícil recuperação e limpeza das águas no planeta é evitar que a sujeira chegue até lá.
Cerca de 5 trilhões de peças de plástico flutuam nos oceanos do planeta, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, impactando a cadeia de abastecimento alimentar que vai de plâncton a mariscos, peixes, baleias e, eventualmente, seres humanos. Resíduos plásticos no oceano podem ser ingeridos por vida selvagem causando danos – até pequenos plânctons já foram vistos consumindo-os.
Atualmente, há nos oceanos Atlântico e Pacífico enormes ilhas de lixo flutuantes, com o dobro do tamanho do estado do Texas, causando prejuízo estimado de 13 bilhões de dólares de danos a cada ano.
Este problema pode aumentar no futuro, já que a produção de plástico está projetada para atingir 33 bilhões de toneladas em 2050, e o plástico representa 80% do lixo nos oceanos e nas costas: são 10 a 20 milhões de toneladas de plástico por ano.
A maior parte deste plástico entra no oceano como lixo em atividades turísticas e de pesca ou através de aterros mal geridos. Todo esse plástico, além de atrapalhar a navegação, mata animais marinhos, que ingerem o material ao confundi-lo com alimento, e causa danos críticos aos habitats, como os recifes de coral.
Cientistas estão especialmente preocupados com a crescente prevalência de minúsculos microplásticos que são menores do que 5 milímetros. Estes incluem microesferas, que são usadas em pastas de dentes, gels, produtos de limpeza facial e outros bens de consumo. Microplásticos não são filtrados por estações de tratamento de águas residuais, e podem ser ingeridos por animais marinhos com efeito mortal.
Além disso, há uma grande preocupação com a contaminação química do plástico nos oceanos.
Estima-se que as empresas de bens de consumo já economizem, atualmente, 4 bilhões de dólares a cada ano devido a uma boa gestão de uso do plástico, com a reciclagem. É preciso, entretanto, ampliar a conscientização da população com consumo consciente e reciclagem do plástico e cobrar das empresas mais monitoramento na destinação do plástico produzido.

 

Sujeira em mares e oceanos é causada por turismo em embarcações e falta de aterros em muitas cidades do planeta

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