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Lixo eletrônico precisa de descarte especial

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A mudança de tecnologias parece inevitável. Nas últimas décadas, a humanidade viu surgirem e desaparecerem fitas cassete, videocassete, cds, dvds, pen drives, blue ray… Se, por um lado, esses dispositivos têm a vantagem de armazenar muita informação em pouco espaço, por outro muitos deles acabaram no lixo comum, com o risco de contaminar solos, formar montanhas de resíduos que levam séculos para se desintegrarem.

O fato é que o lixo eletrônico faz parte da realidade cotidiana e a sociedade vai precisar aprender a conviver com ele. Ou melhor, precisa reduzir sua geração e criar formas para reaproveitamento, reciclagem e descarte correto desse material.

Cerca de 54 milhões de toneladas métricas de telefones, computadores e outros produtos considerados lixo eletrônico são produzidos por ano, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e parceiros.

O Pnuma ainda aponta que isso equivale a sete quilos para cada pessoa na Terra: um número previsto para dobrar até 2050 se nada for feito. Apenas 17% do lixo eletrônico é reciclado. O restante é descartado, muitas vezes para ser peneirado em países de baixa renda por trabalhadores informais, incluindo crianças, que buscam extrair materiais valiosos com grave risco à sua saúde.

A poluição e o desperdício são parte da tripla crise planetária, que inclui a perda de natureza e biodiversidade e as mudanças climáticas, todas impulsionadas pelo consumo e produção insustentáveis.

Para conter a enxurrada de lixo, os especialistas dizem que todos podem agir. Os consumidores podem comprar menos coisas enquanto reciclam e reutilizam mais.

Os governos podem desenvolver sistemas de gerenciamento de lixo eletrônico para coletar e reciclar, extraindo de forma segura parte do valor estimado de US$62,5 bilhões de materiais descartados. Por fim, as empresas podem construir produtos projetados para durar, não serem substituídos e serem reutilizados.

O Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) ainda alerta que é necessária uma transição para aparelhos que possam ser alugados, consertados e reciclados, contribuindo para uma economia circular.

Para combater o impacto generalizado da poluição na sociedade, o PNUMA lançou o #CombataAPoluição, uma estratégia para uma ação rápida, em larga escala e coordenada contra a poluição do ar, da terra e da água. A estratégia destaca o impacto da poluição nas mudanças climáticas, na perda da natureza e da biodiversidade e na saúde humana. Por meio de mensagens baseadas na ciência, a campanha mostra como a transição para um planeta livre de poluição é vital para as gerações futuras.

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