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Lixo compromete futuro do planeta

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Há uma estimativa de que cada brasileiro descarte, por dia, mais de 1,2 kg de lixo. Mas vale ressaltar que conforme o poder aquisitivo e os hábitos de cada família, esse volume pode ser ainda maior. Em sua casa, já foi feita uma observação para definir quanto “lixo” é gerado diariamente? Tanto em rejeitos e lixo orgânico quanto em recicláveis?

Toda atividade humana gera resíduos e poluição. Antes mesmo de um produto chegar à casa de cada consumidor, ele já gerou sobras, gastou energia, combustível para transporte, representou retirada de matéria prima da natureza…

E, depois do descarte, dependendo de nossas atitudes, esse lixo ainda pode trazer muitos impactos e danos ao planeta.

Evitar consumo por impulso, reduzir o desperdício, reaproveitar sempre que possível, descartar adequadamente e participar da coleta seletiva de recicláveis são medidas que garantem que ao menos aquele produto usado tenha tido uma vida realmente útil e que todo o processo produtivo não tenha sido em vão.

Para se ter uma ideia, no Brasil, atualmente, cerca de um terço dos resíduos domésticos gerados no Brasil são embalagens e 80% das embalagens são descartadas depois de utilizadas uma só vez, de acordo com o Instituto Akatu de Consumo Responsável. E, claro, a maior parte desse material é plástico, mas há também vidro, papel e metal, todos com tecnologia para serem reciclados e voltar a ter uso na cadeia econômica.

Já em caso de descarte incorreto – que pode levar esse material a poluir água, mar, rios, solos e oceanos, vale lembrar que podem ser necessários muitos anos para que o material efetivamente se decomponha na natureza, o que compromete a vida na Terra.

Mas, para isso, é preciso que as famílias estejam atentas e contribuam. Vale lembrar que participar da coleta seletiva na capital paulista é muito simples.

Nas zonas sul e leste da cidade, o serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental, que é também a responsável pela coleta tradicional. Os dois serviços, entretanto, são realizados por equipes e caminhões diferentes, em datas diferentes. Para conferir quando acontecem na sua rua, basta acessar https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Decomposição

Quando se fala em decomposição, é importante destacar que há diversos fatores que modificam a durabilidade de um material. Exposição a intempéries, contato com substâncias que podem acelerar ou retardar o desgaste…

Mas o fato é que entre os recicláveis, todos sabemos, o material que se decompõe mais rápido é o papel (incluindo papelão e outras variantes). Assim, podemos dizer que a melhor embalagem é aquela feita de papel, já que, além de “reciclabilidade” que é a capacidade de um material de passar pela reciclagem sem gerar prejuízo no processo.

Papel

O papel é o material que se decompõe mais facilmente. Se for jornal, leva apenas de 2 a 6 semanas para desaparecer e é por isso que se sugere usa-lo no lugar de sacolinhas de plástico para recolher resíduos orgânicos de lixeiras domésticas, como no banheiro ou na cozinha. Já as embalagens cartonadas podem levar de 3 a 6 meses para desaparecer.

Mas, ressalte-se, embora se possa usar o papel no lugar de sacos para acondicionar rejeitos domésticos, o ideal sempre é reaproveitar o papel ao máximo, como por exemplo usando os dois lados de uma folha para impressão, e depois encaminhar para a coleta seletiva.

Vale destacar que só vale separar papel limpo. Guardanapos, papel higiênico, ou qualquer embalagem engordurada – como a base da caixa de pizza – não podem ser reciclados e nem devem ser misturados aos materiais que serão encaminhados à coleta seletiva.

Plástico

O tempo de decomposição do plástico também varia conforme o tipo. Só que é fundamental apontar que boa parte dos itens feitos de plástico na atualidade não têm reciclabilidade, ou seja, o custo para que passem pelo processo é maior que o custo de produção de um novo item.

Então, o ideal é evitar ao máximo o uso de plásticos de uso único como canudos e mexedores de bebida. Use também sacolas retornáveis em vez das descartáveis – quanto mais durável um produto, melhor. Para evitar o uso de saquinhos, uma ideia é recorrer à compra de produtos em granel.

Garrafas pet, potes e outros tipos de embalagens plásticas que vêm nos produtos de uso cotidiano podem ser reciclados. Separe ao final, enxágue e encaminhe para reciclagem.

Esse tipo de material, se descartado na natureza ou nas vias públicas, incorretamente, pode levar até mil anos para se decompor. E antes disso vai poluir mares, rios, provocar alagamentos e enchentes.

Metal

As latinhas de metal – ferro ou alumínio – podem levar de 50 a 200 anos para se decompor. E enferrujam antes de se diluírem definitivamente, provocando poluição.

Atualmente, as latinhas de alumínio são o material com maior índice de reciclagem no Brasil, por conta do valor do material. E isso é muito positivo não só pelo caráter social – já que gera renda para catadores – como também porque evita a retirada de matéria prima da natureza.

Vidro

O mesmo vale para o vidro, que alguns estudos indicam que levaria mais de 5 mil anos para se decompor na natureza. O material é muito valorizado por não reter odores e ter fácil limpeza, além de poder ser reciclado infinitamente. Mas, para isso, precisa ser reciclado. Se estiver quebrado na hora de encaminhar para a coleta seletiva, lembre-se de acondicionar corretamente dentro de jornais, potes de plástico ou garrafas pet. O ideal, no caso do vidro, é levar até uma estação de reciclagem. Há 26 delas em endereços das zonas sul e leste, mantidos pela Ecourbis. Na Vila Mariana, as Praças Nossa Senhora Aparecida e Cidade de Milão são dois endereços onde a população pode levar o vidro para reciclagem.

Outros materiais

A preocupação com o tempo de decomposição dos materiais não deve se restringir aos recicláveis. Mesmo aquilo que vai para aterros sanitários – resíduos orgânicos e rejeitos – também demora a se desfazer na natureza, pior ainda em vias públicas urbanas. Resíduos descartados incorretamente nas vias públicas ainda causam outros problemas, como proliferação de insetos e comprometimento da saúde pública.

Todas as famílias, em especial as que vivem em grandes centros urbanos como a cidade de São Paulo, precisam se preocupar com a falta de espaço e o impacto ambiental para descarte dos resíduos comuns e, por isso, reduzir a geração de resíduos.

E saber que qualquer resíduo orgânico, uma casca de banana, por exemplo, pode levar até 2 anos para se decompor caso não seja recolhido. Uma fralda descartável leva 450 anos para desaparecer e qualquer chiclete ao menos cinco anos. Cigarros? De 3 meses a 20 anos e uma bandeja de isopor até 8 anos.

Por outro lado, lembre-se que uma tonelada de papel representa o corte de 20 árvores, quando uma tonelada de plástico pode demandar a extração do dobro desse volume em petróleo. Já para produzir uma tonelada de alumínio para latinhas é preciso extrair cinco toneladas de bauxita. A mesma tonelada, mas de vidro, pode consumir 1300 kg de areia.

Tudo isso sem mencionar a energia para produzir esses itens, a água usada no processo e o combustível necessário para transportar.

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