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Urbanismo

Linha Ouro: 12 anos de atraso

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A empresa que administra Congonhas – a espanhola Aena – apresentou recentemente seus planos de modernização e ampliação do Aeroporto, com conclusão de obras prevista para 2028. E uma pergunta que sempre fica no ar é: será que nesse período será finalmente finalizada a obra da Linha 17 – Ouro, em Monotrilho, inicialmente prevista para conclusão anterior à Copa do Mundo no Brasil, em 2014 e que, dez anos depois, está com obras em ritmo lento?

Atualmente, algumas interdições viárias ao longo do trajeto e nas linhas que terão conexão com o monotrilho estão ocorrendo. E o Governo do Estado alega que o prazo de conclusão das obras civis remanescentes é o início do segundo trimestre de 2025, ou seja, daqui um ano. Neste período, e após, prosseguem outros trabalhos de implantação de sistemas e fabricação, fornecimento e testes de trens. A previsão é entregar a linha para a operação da concessionária e uso pelo público em 2026.

Depois de uma série de problemas com as empresas contratadas para a execução das obras, questionamentos judiciais e falhas na execução, as obras de construção forma retomadas em setembro do ano passado.

Na época, o presidente do metrô, Júlio Castiglioni, foi comedido ao comentar a retomada das obras. “É um anúncio importante, mas exige sobriedade. Não é momento para qualquer celebração porque a sociedade aguarda esta entrega há uma década. É tempo de continuarmos adotando as medidas que a legislação exige, por meio de punição a eventuais condutas das empresas que não cumprem seu compromisso com a população, além de dar as condições necessárias para que a obra seja finalizada pela nova contratada. O conturbado histórico desta obra da Linha 17 exige mais trabalho e menos palavras, seguindo a linha do que tem sido orientado pelo Governo do Estado”, disse.

Segundo o metrô, estão envolvidos mais de mil trabalhadores nas obras de acabamento e ajustes das estações, fabricação e lançamento de vigas no Pátio Água Espraiada, além da instalação de infraestrutura de sistemas e cabeamentos de alimentação elétrica.

Em paralelo, os trens são fabricados na China, pela empresa BYD. Com a prevista conclusão das obras civis para 2025, segundo o metrô, haverá avanço para a instalação e testes dos sistemas de sinalização e controle de trens para a abertura da linha em 2026. Quando pronta, a linha vai ligar o Aeroporto de Congonhas à estação Morumbi (Linha 9-Esmeralda) em 6,7 km de extensão e 8 estações.Trecho 1 – Prioritário

Das 8 estações, 7 (Congonhas, Jardim Aeroporto, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan) estão em fase de acabamento e em início a montagem dos sistemas, tais como alimentação elétrica, telecomunicações e auxiliares. Já a estação Morumbi teve as obras civis concluídas.

O Pátio, localizado no Piscinão Água Espraiada, está em fase de conclusão da estrutura do nível inferior e em execução as obras da oficina de manutenção de trens e dos blocos administrativos.

A linha terá integração com o Aeroporto de Congonhas (Estação Congonhas), SPTrans (Estação Vereador José Diniz e Chucri Zaidan), Linha 5-Lilás (Estação Campo Belo) e com a Linha 9-Esmeralda (Estação Morumbi). A demanda estimada é de 93 mil passageiros/dia útil.

Também fazem parte do empreendimento:

• Subestação Primária Bandeirantes (monotrilho);

• Material Rodante: frota de 14 trens (Trecho Prioritário);

O projeto inicial, que previa também conexão com a estação Jabaquara do metrô, na linha azul, está descartado por enquanto. Segundo o metrô, isso se justifica também pela não realizada obra de extensão da Avenida Jornalista Roberto Marinho.

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