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Implante coleta seletiva em seu condomínio

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A coleta seletiva é uma realidade na cidade. Há caminhões e equipes realizando o serviço em todos os distritos, pontos de entrega voluntária, ecopontos, cooperativas e centrais de triagem fazendo separação e encaminhamento do material…

Na zona sul da capital, por exemplo, existe a Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, com capacidade para separar até 250 toneladas de recicláveis por dia. A unidade é operada pela concessionária Ecourbis Ambiental, que também executa os serviços de coleta tradicional e seletiva de lixo nas zonas sul e leste da capital.

Mas, mesmo com toda essa infraestrutura, a adesão da população precisa melhorar. O que ainda impede as famílias de uma ação tão simples quanto separar o lixo seco e limpo do lixo orgânico e rejeitos?

Muito importante é a participação de pessoas que moram em edifícios. A cidade atualmente está em processo acelerado de verticalização, ou seja, de construção de muitos novos prédios em bairros como Vila Mariana, Saúde, Moema e Vila Clementino.

Edifícios novos em geral já são planejados com área para disposição do lixo comum e outra para o material reciclável. Mas, mesmo nos condomínios mais antigos é possível implantar o sistema, promovendo a consciência dos moradores para a importância ambiental e também social da coleta seletiva – já que muitas famílias sobrevivem da venda do material reciclável na cidade.

Área adequada

A primeira preocupação para quem vai implantar o sistema de coleta seletiva em um edifício é com a área onde ficarão os contêineres para armazenar  material até o dia em que o caminhão passa em sua rua – ressaltando que o serviço é prestado uma ou duas vezes por semana, dependendo do bairro.  Dessa forma, evita-se a proliferação de insetos ou riscos à segurança.

O síndico deve procurar a seguir a legislação e todas as orientações da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros para selecionar o melhor lugar para posicionar os contêineres. Por exemplo: eles não são autorizados em áreas que dificultem a circulação como na entrada de escadarias.

Definido o lugar, vale destacar que não há necessidade de separar os recicláveis naquelas lixeiras coloridas por tipo de material. Papel, plástico, vidro e metais podem ser todos colocados em um único contêiner, pois serão triados posteriormente nas Centrais Mecanizadas ou por catadores em cooperativas conveniadas com a Prefeitura.

Orientação

A etapa seguinte é conscientizar os moradores para a importância de aderir ao hábito da separação de lixo e orientar para que alguns problemas simples sejam evitados.

O material reciclável é aquele também conhecido como “resíduo seco”, ou seja, caixinhas longa vida, papel de uso escolar ou de escritório, embalagens de papelão, sacos kraft, potes de plástico, latinhas de refrigerante, suco e cerveja, embalagens de produtos de higiene pessoal e limpeza, latinhas de ferro de molho de tomate ou creme de leite, garrafas pet de óleo ou refrigerante e tantos outros exemplos do cotidiano.

Entretanto, não custa dar uma enxaguada nesses itens para que não tenham cheiro ou sobras de alimento. Caixas de pizza ou outras embalagens de comida entregue em casa e que estão engorduradas ou sujas também não servem para reciclar.

Papeis de banheiro, absorventes, fraldas infantis, hastes higiênicas, algodão, máscaras descartáveis ou de pano… Nada disso é reciclável: são rejeitos que devem ir para o lixo comum.

Vale destacar que esse sistema permite que cada família possa se organizar e levar os recicláveis no melhor horário, já que o contêiner está sempre disponível.

Os condôminos também podem consultar o horário em que o serviço é prestado – tanto da coleta seletiva quanto da tradicional – no site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. Basta colocar o CEP completo e a ferramenta vai mostrar em que data e horário cada serviço é prestado. A consulta pode e deve ser feita também por quem mora em casas.

PEVs

Alguns condomínios que não têm espaço para colocação de contêineres de recicláveis internamente contam com Postos de Entrega Voluntária nas proximidades.

Tanto em frente aos prédios quanto em praças e outras áreas próximas aos prédios existem os chamados PEVS  para que o material reciclável possa ser acondicionado e posteriormente coletado pelas equipes da concessionária Ecourbis.

Os PEVs igualmente estão sempre disponíveis – separou um saco completo de recicláveis é só levar até lá, a qualquer dia ou horário.

Também é importante apontar que a cidade conta com Ecopontos, que recebem tanto itens recicláveis quanto materiais que necessitam de descarte especial, como entulho, móveis e objetos quebrados. Há mais de 100 ecopontos espalhados pela cidade e a lista de endereços pode ser obtida no site prefeitura.sp.gov.br.

Novos hábitos

A implantação da coleta seletiva em um prédio ou divulgação dela para seus condôminos pode também servir de inspiração para mudanças mais amplas e produtivas. São, novamente, atitudes simples mas que podem proteger a natureza e criar um ambiente mais colaborativo e positivo entre os condôminos.

Uma ideia é implantar uma caixa de doações para coisas que estejam em boas condições e que possam ser reaproveitadas: roupas, cds, livros, brinquedos… Várias entidades assistenciais dispõem de caixas desse tipo que podem ser deixadas no condomínio – periodicamente, representantes da ONG retiram as doações.

Também é possível criar uma caixa para descarte de lixo eletrônico, pilhas, lâmpadas – sempre seguindo orientações de segurança e limpeza do condomínio.

Outra ideia é organizar feiras de trocas – entre adultos ou crianças moradores do condomínio. Em vez de comprar um novo brinquedo, a criança pode trocá-lo com um vizinho. Crianças que estudam em uma mesma escola podem fazer intercâmbio de livros, uniformes e outros itens.

A família também pode fazer trocas de utensílios domésticos, colocar à disposição empréstimos de ferramentas… Enfim, há uma infinidade de opções para divulgar o consumo consciente de forma coletiva no condomínio, que resulta em redução do descarte de lixo e contribui na economia doméstica.

Condomínios comerciais

Condomínios não residenciais e de uso misto que gerem mais de 1000 litros por dia são considerados, na cidade de São Paulo,  Grandes Geradores de Resíduos Sólidos (RGG), ou seja, deverão contratar uma empresa responsável para a execução dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos gerados.

Para ter uma ideia, esse volume equivale a dez sacos de 100 litros por dia. Aqueles que geram volume inferior não precisam contratar empresas para a destinação final dos resíduos.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. josé carlos rezende

    30 de agosto de 2021 at 19:32

    Muito interessante essa iniciativa. Mais uma maneira de locais limpos, saúde para todos e a natureza agradece.
    Oxalá os condomínios adiram a essa iniciativa.

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