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Governo garante Pfizer para adolescentes. E as crianças?

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A partir de 23 de agosto, adolescentes com idade entre 12 e 17 anos começam a ser vacinados no Estado de São Paulo, conforme anúncio feito pelo Governo esta semana. A campanha começa por jovens grávidas e por aqueles que têm deficiências permanentes, depois, em 6 de setembro começa a vacinação para os jovens sem comorbidades, com idade entre 15 e 17 anos. No dia 20, entram no calendário todos os maiores de 12 anos.

“Para se ter ideia da importância e do significado desta decisão, todos os jovens e adolescentes com mais de 12 anos até 17 anos estarão vacinados no estado de São Paulo até o dia 30 de setembro”, disse Doria.

Ne entrevista coletiva em que foi anunciada a extensão da vacinação contra o novo coronavírus para menores de idade, o governo também garantiu que não será necessário reservar doses do imunizante Pfizer, que estão chegando ao país em lotes, para garantir o atendimento a esse público.

“Nós não guardamos estoque. Nós mantemos aquilo que o Governo Federal coloca e a recomendação agora é que se guarde apenas a Astrazeneca que já vem em quantidades de segunda dose”, disse Regiane de Paula, coordenadora do Plano Estadual de Imunização. “Podemos avançar com o calendário do Ministério da Saúde”, garantiu.

Wanderson Oliveira, coordenador da comissão médica da Educação no Estado, ainda apontou que “esse é um volume relativamente pequeno e que não vai impactar na campanha de vacinação”.

“Estamos voltando às aulas com professores vacinados e esse grupo com deficiência e comorbidade ficaria de fora. São crianças que necessitam não só da escola como necessidade de ensino, mas como convivência social e estimulação. Fico emocionado pela iniciativa”, reforçou Wanderson.

O Governo do Estado autorizou a retomada das aulas presenciais da Educação Básica para o segundo semestre de 2021. “São Paulo foi o primeiro estado a vacinar profissionais da educação. E agora, com o anúncio da vacinação dos jovens e adolescentes gestantes e com comorbidade, daremos um passo importantíssimo para garantir a desejada imunização de toda a população”, destacou o Secretário da Educação Rossieli Soares.

Ao mesmo tempo, entretanto, o governo anunciou que a inclusão desse público foi possível porque houve aquisição de lotes extras de imunizante para atender a uma demanda de 3,2 milhões de pessoas nos 645 municípios do estado.

Crianças menores de 12 anos

“O estudo já feito com crianças, de 3 a 17 anos na China foi feito para assegurar segurança e de resposta imune”, disse Marcos Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria, que participou da coletiva.

“A boa notícia é que a vacina não foi só segura mas também indicou produção de anticorpos inclusive maior do que em adultos. Em minha opinião, oferece uma perspectiva muito positiva, eu diria até sedutora  para uso em crianças a partir de 3 anos”, avalia. Segundo Sáfadi, esse tipo de vacina com vírus inativado, como a Coronavac, é adequada para o uso em crianças pequenas. 

“Os estudos de segurança em crianças a partir de 3 anos já estão de posse da Anvisa e esperamos que seja incorporada essa autorização de utilização emergencial, sem a necessidade de estudos adicionais aqui no Brasil”, completou Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

De qualquer forma, segundo o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, para que seja vacinada essa população em tenra idade, é muito importante que haja estudos que deem sustentação de segurança e eficácia, que respaldem essa cobertura vacinal para faixas etárias pediátricas. 

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