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Solidariedade

Fundação Dorina Nowill celebra 70 anos

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Onze de março de 1946. Há exatas sete décadas, era registrado o primeiro estatuto da Fundação para o Livro do Cego no país. A instituição, que tem sede na Vila Clementino e passou a se chamar “Fundação Dorina Nowill para Cegos”, em homenagem à sua fundadora, chega agora aos 70 anos rejuvenescida.

Além de contar com vasta trajetória e muitos serviços prestados aos deficientes visuais no país, a fundação oferece serviços para empresas que precisam garantir acessibilidade, usa dos recursos tecnológicos para ampliar a oferta de cultura e literatura às pessoas de baixa visão, oferece serviços de reabilitação e clínica, desenvolve palestras e cursos para diferentes comunidades de forma a estimular a interação com as pessoas com deficiência…

Histórico

A instituição começou sua história em uma pequena sala cedida pela Cruz Vermelha. Peregrinou por vários endereços mas já em 1952 foi lançada a pedra fundamental daquela que se tornaria sua ampla sede definitiva, na Rua Dr. Diogo de Faria, que seria inaugurado em 1955. No cinquentenário da entidade, em 1996, o prédio foi reformado.

A idealizadora da entidade, Dorina de Gouvea Nowill, ficou cega ainda jovem, aos 17 anos. Mas nunca se deixou abater e sempre apostou na educação, na leitura, na arte e na cultura. Foi a primeira aluna cega a concluir o Magistério na Escola Caetano de Campos e especializou-se em educação de cegos no Teacher´s College da Universidade de Columbia, em New York – EUA. Já na década de 1950, Dorina assumiu a presidência da entidade que anos depois, em 1991, passaria a adotar seu nome. Dorina faleceu em agosto de 2010, aos 91 anos.

Digital

Ao longo dos anos, a Fundação foi ganhando apoio, reconhecimento e soube usar essa experiência e renome para ampliar sua atuação, sempre buscando os mais modernos recursos.

A edição de livros em braille, que norteou o início da história, acabou inspirando outras ações diversas.

Hoje, a instituição edita não apenas livros em braille, mas também falados e digitais acessíveis. Todo este material é distribuído gratuitamente para pessoas com deficiência visual e a mais de 2.500 escolas, associações, bibliotecas e organizações espalhados por todo país. Já foram editados mais de seis mil títulos, impressos dois milhões de volumes em braille e mais de mil títulos neste sistema. A instituição produziu ainda mais de 2.700 obras em áudio e cerca de outros 900 títulos digitais acessíveis.

Além disso, pessoas com visão subnormal ou cegas são atendidas em programas de serviços especializados nas áreas de educação especial, reabilitação, clínica de visão subnormal e empregabilidade. Inclusive a família recebe apoio, orientação e treinamento. Mais de 17.000 pessoas foram atendidas nos serviços de clínica de visão subnormal, reabilitação e educação especial.

A entidade ainda desenvolve ações em acessibilidade. A instituição oferece consultoria para empresas que vão desde a formulação de cardápios em braille, passando por orientações em reformação da acessibilidade de prédios, até treinamentos e palestras para facilitar o relacionamento com pessoas com deficiência visual. A entidade também desenvolve sistemas para que sites na internet sejam acessíveis a pessoas com baixa visão.

 

Comunidade pode parabenizar entidade com mensagens de voz pelo Whatsapp

Para celebrar seus 70 anos, a Fundação Dorina vai promover alguns eventos já nos próximos dias.

Neste sábado, 11 de março, às 10h, haverá um culto ecumênico que será na Igreja São Francisco, perto da sede da Fundação Dorina. A igreja fica na Rua Borges Lagoa, 1209 – Vila Clementino

No dia 16 de março acontecerá o concerto Amor e Humor, que terá o valor dos ingressos revertido para ações de inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão.

O espetáculo contará com canções, duetos e trios humorísticos de Johannes Brahms, Felix Mendelssohn, Charles Gounod, Hector Berlioz, Wolfgang Amadeus Mozart e Franz Peter Schubert com as participações da soprano Clarissa Lettieri, o tenor Alessandro Greccho tenor, a pianista Karin Uzun e do barítono Walter Weiszflog.

A ocasião também será o lançamento do livro 13 Desencontros que, se adquirido no local, terá sua renda revertida para os projetos da Fundação Dorina. Será no Espaço Sociocultural CIEE, à Rua Tabapuã, 445 – Itaim Bibi, dia 16, às 20h. . O ingresso custa R$40,00 e a venda acontece na Fundação Dorina. Informações pelo telefone. 5087-0968 ou na bilheteria do teatro, no dia do evento, a partir das 19h.

E no dia 21, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paqulo oferecerá uma sessão solene para a organização. O evento será aberto ao público e também será na capital paulista.

A Sessão solene acontece 21 de março, às 10h, no Plenário Juscelino Kubitschek (Av. Pedro Álvares Cabral, 201)

Homenagens por áudio

Sempre antenada às novidades tecnológicas acessíveis a pessoas com visão subnormal ou cegas, a Fundação também criou uma ação para que a comunidade possa celebrar seus 70 anos.

Além dos eventos comemorativos, qualquer pessoa pode mandar uma mensagem de áudio pelo Whatsapp para o número (11) 99641-1400 dizendo o nome, a cidade da qual está falando e respondendo a pergunta: qual foi a marca que a Fundação Dorina deixou nesses 70 anos?

As mensagens precisam estar com até 45 segundos e as mais inspiradoras irão ao ar durante todo o mês de março nas edições da Revista Falada, em www.fundacaodorina.org.br/revistafalada.

A Fundação Dorina Nowill fica na Rua Dr. Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino (próximo à estação Santa Cruz do Metrô.

Telefone: 5087.0999 . Central de Relacionamento com o doador – 0300 7770101. Site: www.fundacaodorina.org.br.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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