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Cultura

Espetáculo tem três estações cênicas

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A morte da estrela é um tríptico concebido só por artistas mulheres que explora as mudanças na forma de interpretar das atrizes no século XXI e seus aspectos múltiplos em torno do tema central: A falência dos grandes sistemas e o questionamento da persona social da “estrela”.

A estreia foi em 07 de outubro, no Sesc Ipiranga, e permanece em curta temporada até 06 de novembro. Composto por 3 estações, cada parte ou experiência cênica pode ser também vista individualmente, desfazendo a impressão de coesão, mesmo tendo sido construídas numa narrativa de ação serial, com o intuito de abarcar múltiplos ângulos de visão de três mortes simbólicas:

Estação Lembre-se de mim – é dirigida por Natália Mallo, com dramaturgia inédita de Vana Medeiros e trata da morte simbólica do sistema baseado no protagonismo estelar, para fazer nascer um teatro de interesse coletivizante.

Sideradas por uma aparição fantasmagórica, três atrizes brasileiras do teatro independente, “de pesquisa”, são lançadas à missão de salvar uma estrela do passado de sua morte por esquecimento. As três atrizes debatem sobre as mudanças na cena e na sociedade, em diálogos afiados e canções icônicas, sempre marcados pela ironia.

Estação Devir o que? Tem direção de Lu Favoretto, que também assina a dramaturgia junto às atrizes e representa a morte da cena representativa, diante da abertura performativa;

Representa a morte da cena representativa, diante da abertura performativa; as atrizes aproximam-se de uma linguagem em que dança, teatro e arte da performance desconstroem as estrelas que as habitam, com as imposições sociais relacionadas às mulheres. Através do corpo em movimento, são acionados novos devires, em tentativas individuais e coletivas de mutação de estado, refletidas na cena.

Estação Emborar – Claudia Schapira e Cibele Forjaz são responsáveis pela dramaturgia e direção, respectivamente. Nesta estação está a morte simbólica do teatro de espetáculo, vislumbrando o evento cênico como espaço convivial e ritual.

O mito narrado pela pajé indígena Mapulu Kamayurá conta a narrativa tradicional das Yamuricumã que partem em marcha, após um episódio imposto pelo masculino, abandonando suas famílias e terras, para construir um outro mundo, em outro lugar. O “emborar”, ou partir em caminhada, buscando um outro território em que possam vivenciar outras formas de convivência.

“O Tríptico A morte da estrela também pretende ir além dos limites do teatro, queremos discutir a relação entre entes viventes, usando o teatro como estratégia de análise do mundo e território de subversão, que permita vislumbrar uma ação poética (e política) capaz de encaminhar as energias do coletivo para rumos mais ritualizados e vitais”, complementa Lucia Romano.

Serviço:

O TRÍPTICO A MORTE DA ESTRELA vai ser apresentado no SESC Ipiranga até 6 de novembro de 2022, em temporada de sexta a domingo; sextas das 20h às 22h, sábados das 20h às 23h e domingos das 18h às 20h. As estações têm em média 50 min de duração, e podem ser assistidas em separado.  Haverá apresentações especiais da Estação EMBORAR aos domingos, nos dias 9/10, 23/10 e 06/11. Voltada para a formação de público, a apresentação especial terá 50 min de duração.

Dois debates online, com 90 min de duração, irão mobilizar as conversas sobre as apresentações, com transmissão pela Plataforma da Corpo Rastreado (www.corporastreado.com), em 20/10 e 27/10.

Temporada: 7 de outubro a 6 de novembro. Sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h. Classificação: Livre. Ingressos: disponíveis no portal e nas unidades do Sesc São Paulo — R$30,00 (inteira), R$15,00 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência), R$9,00 (credencial plena). O Sesc Ipiranga fica na R. Bom Pastor, 822 – F: (11) 3340-2000.

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