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Envolva a família em educação ambiental

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Educação ambiental envolve repensar atitudes simples e cotidianas, espalhar notícias, estimular mudanças de hábitos, ter uma visão mais ampla e comunitária, engajar parentes, vizinhos e colegas de trabalho em coisas simples como a separação do lixo em dois: materiais recicláveis (como as embalagens limpas de papel, vidro, metal e plástico) e lixo comum (lixo do banheiro, restos de comida, sobras da varrição doméstica, podas do jardim).

Depois de separado, cada um desses dois “tipos” de resíduos deve ser colocado para coleta em datas diferentes. Para saber quando o serviço é prestado em sua rua, consulte o site.

O passo inicial, entretanto, pode ser dentro de casa. Tanto para quem mora sozinho quanto para quem vive em famílias maiores, com pessoas de diferentes faixas etárias.

Dose única

De acordo com recenseamentos recentes, no Brasil há atualmente quase 12 milhões de pessoas que moram sozinhas. Só na cidade de São Paulo, são cerca de 500 mil lares em que vive apenas uma pessoa.

Trata-se de uma tendência moderna e que tem impacto na economia, no desenvolvimento e planejamento de produtos, na geração de resíduos.

Para esse tipo de público, as indústrias estão desenvolvendo vários aparelhos eletroeletrônicos que garantem praticidade e entretenimento doméstico, além de oferecer serviços na mesma linha, como aplicativos de caronas, música, filmes. Compartilhar é mais econômico do que comprar – carros, dvds, cds, blue rays…

E não foi só a lógica de aparelhos, veículos e dispositivos que mudou. Também na hora do preparo de alimentos, por exemplo, o consumidor que vive sozinho – ou em dupla – já encontra diversas opções de refeições individuais semi-prontas. Não é só a quantidade que conta, mas a facilidade no preparo. Muitas são industrializados que necessitam apenas de alguns minutos no microondas para ficarem prontas.

Mas, além de questionáveis em termos de saúde, essas opções podem não resultar em sobras de alimentos, mas geram muitas embalagens – inclusive aquelas com sobras, engorduradas e que, se não propriamente enxaguadas, não poderão ser recicladas.

Vale destacar que encaminhar recicláveis para a coleta seletiva é essencial e garante redução no impacto ambiental que seria inevitável na produção de novas embalagens. Mas antes de pensar em reciclar, é fundamental reduzir a quantidade de resíduos geradas.

Então, para quem mora sozinho a dica é comprar quantidades planejadas de alimentos, produzir várias refeições ao mesmo tempo e congelar. Dessa forma evita-se, ao mesmo tempo, desperdício de alimentos e geração excessiva de recicláveis.

Envolver a família

Não é só nos domicílios em que vivem uma ou duas pessoas que recorrer a alimentos industrializados se tornou rotina. Mesmo em famílias maiores, a correria do dia a dia na capital paulista faz com que o suco em caixinha substitua o natural, feito da fruta, a lasanha congelada tenha preferência sobre aquela preparada na hora.

Talvez, a solução para voltar a comer de forma mais saudável seja envolver toda a família no preparo dos alimentos. Aliás, a divisão de tarefas em uma casa tem várias vantagens, inclusive na conscientização ambiental.

As crianças já aprendem na escola técnicas para transformar embalagens em brinquedos, porta-objetos, enfeites e outros itens de utilidade doméstica. Assim, elas já entendem a importância de reduzir os resíduos como forma de proteção à natureza.

Aos adultos cabe, portanto, demonstrar que há outras formas de diminuir a quantidade de lixo gerada diariamente, manter a cidade limpa.

Engajar as crianças e adolescentes na separação do lixo doméstico pode ganhar ares de diversão e de responsabilidade ao mesmo tempo.

Dependendo da faixa etária, eles podem desenvolver atividades com diferentes níveis de dificuldade, como limpar os pratos após a refeição, separar o lixo reciclável do comum, fechar os sacos de lixo de forma correta, levar esses sacos até a área correta do condomínio ou colocar nas calçadas, em dias e horários corretos. Aliás, eles mesmos podem consultar clicando aqui.

A Ecourbis Ambiental é a responsável pelos serviços de coleta tradicional e coleta seletiva nas zonas sul e leste da capital. Também opera a central de Triagem Carolina Maria de Jesus, na região de Santo Amaro.

Todos responsáveis

Também é sempre importante conversar em casa sobre como evitar o desperdício, praticar o consumo consciente e passar conceitos de responsabilidade.

A partir da conversa sobre geração de resíduos, divisão de tarefas e separação para reciclagem, fica mais fácil entender os conceitos de economia circular, proteção à natureza.

Mesmo que na residência só habitem adultos, sempre é possível mudar comportamentos e estabelecer alterações na rotina.

Uma boa sugestão pode ser estabelecer o desafio de redução do volume de lixo – tanto reciclável quanto comum.

Quando a equipe de profissionais responsáveis pela coleta passa por sua casa, qual o tamanho do saco de lixo usado para descarte? Será que consegue reduzir pela metade? Quanto alimento tem sido jogado no lixo, seja in natura, seja sobra de comida preparada?

As embalagens separadas para coleta seletiva são de alimentos saudáveis? Podem ser substituídas por alimentos naturais?

Outra proposta é dividir as tarefas de cozinha, com produção de quantidades maiores de alimentos para serem congelados ou aproveitados por dias seguidos. Dessa forma, além de evitar o desperdício, há ainda economia de gás, água, energia.

Doações e trocas

Cultive ainda no ambiente doméstico a prática da doação ou troca. Para gerar menos resíduos, é importante valorizar objetos ainda em condição de uso para que seja reaproveitado por outra pessoa. Uma roupa, um livro, um aparelho eletrônico que não tem mais utilidade na sua casa e está encostado pode fazer a diferença na vida de outras famílias.

Combine com amigos, procure por eventos como feiras de trocas de brinquedos, livros e cds, faça doações para entidades que mantêm bazares ou usam doações em sua rotina.

Mas é muito importante ressaltar que as doações ou trocas só devem ser feitas quando o item está em perfeitas condições. Doar um eletrônico com defeito, uma roupa desgastada ou um livro rasgado não é uma atitude de família consciente.

Nesses casos, encaminhe o que for possível para reciclagem (livros e apostilas de papel, brinquedos de plástico etc) e aquilo que estiver quebrado – móveis, estofados, eletrônicos – leve para o Ecoponto do seu bairro ou entregue nas Operações Cata-Bagulho. Os endereços e agenda estão em prefeitura.sp.gov.br.

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