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Entre promessas e paralisações, Governo faz novos planos para expansão do metrô

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Pelo quarto ano consecutivo, o metrô foi considerado o meio de transporte preferido dos paulistanos e também o melhor serviço público. O transporte por trem subterrâneo, na maioria da malha, chega so 55 anos com números impressionantes e outros nem tanto. A aprovação vem acompanhada, ironicamente, em uma piora no índice de falhas no sistema e planos incertos.

Em setembro de 1974, quando iniciou sua operação parcial no trecho Jabaquara-Vila Mariana, o metrô transportava apenas 2 mil pessoas por dia e em horário restrito. Hoje são mais de 5 milhões de passageiros por dia, equivalente à quase metade da população paulistana.  Mas, nesse cenário, o que se pode esperar do futuro do sistema, que na atualidade já funciona parcialmente em sistema de concessão, ou seja, gerenciado pela iniciativa privada?

Portas

Uma novidade importante é a implantação de portas de segurança nas plataformas. Com elas, aumenta a segurança dos usuários e diminui o número de intercorrências na rede, como pessoas que caem nos trilhos. 

Na linha 2, Verde, há até operação especial, até o dia 28 de julho, para instalação delas. Os passageiros que embarcam e desembarcam nas estações Vila Madalena e Sumaré precisarão trocar de trem na estação Clínicas para prosseguir viagem em ambos os sentidos. O intervalo entre viagens nas estações Vila Madalena e Sumaré será maior, de 8 minutos. A transferência de trens é necessária pois uma das plataformas da estação Vila Madalena ficará interditada

As próximas estações que vão receber os equipamentos de segurança neste contrato são: Tucuruvi e Jabaquara, na Linha 1-Azul, com previsão para 2020; e Corinthians-Itaquera e Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3-Vermelha, previstas para o primeiro semestre de 2021.

Em junho, o Metrô assinou outro contrato para a instalação de portas de plataforma em outras 36 estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. O investimento é de R$ 342 milhões e o prazo de execução de 56 meses. As estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente (Linha 2-Verde); Vila Matilde (Linha 3-Vermelha); Adolfo Pinheiro (Linha 5-Lilás).; e todas da Linha 4-Amarela e da Linha 15-Prata já contam com o sistema de segurança.

Também será implantada uma plataforma de monitoramento remoto do sistema dos equipamentos no Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô, além da disponibilização de simuladores nos pátios Jabaquara e Itaquera, que servirão como plataforma de reparos de manutenção e para treinamentos técnicos e operacionais.

Novas estações até a Penha

O Governo do Estado também anunciou recentemente a expansão da Linha 2 – Verde. Quando concluída a extensão até Penha, a Linha 2-Verde terá 23 km de extensão, com 22 estações desde a Vila Madalena. Passará a ser a linha de metrô mais extensa de São Paulo

As estações a serem construídas são: Orfanato, Água Rasa, Anália Franco, Vila Formosa, Guilherme Giorgi, Nova Manchester, Aricanduva e Penha. Com o novo trecho, segundo o governo, será possível transportar diariamente mais 377 mil pessoas na Linha 2-Verde, que terá conexão direta com as linhas 3-Vermelha, 11-Coral (CPTM) e 15-Prata. A ligação vai facilitar o deslocamento dos trabalhadores que saem da zona leste com destino às regiões da Paulista, sul e sudoeste da capital, desafogando as linhas 3-Vermelha e 1-Azul.

Mas, nem tudo são flores, já que a Linha 6 – Laranja, que deveria ligar a Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim está com obras paralisadas há mais de dois anos. Como o consórcio contratado para a obra desistiu dela, há um imbróglio judicial a ser resolvido antes de uma possível retomada.

O Governo também desistiu de levar o metrô até a região do ABC e deve construir um corredor de ônibus exclusivo para lá.

“A expansão da Linha 2 é uma demanda importante dos moradores da zona leste e a retomada desse projeto é resultado de um esforço de gestão alinhado ao nosso compromisso para melhorar a cada dia a prestação de serviço aos passageiros”, diz Alexandre Baldy.

Para a expansão da Linha 2, o Metrô dividiu os trabalhos em oito lotes e contratou a execução em 2014, por meio de licitação. Os contratos foram temporariamente suspensos, por causa das restrições orçamentárias e financeiras.

Serão investidos R$ 5,5 bilhões para a elaboração dos projetos, desapropriações e execução das obras civis do trecho Vila Prudente a Penha. Parte deste valor já foi utilizado na desapropriação de 96,5% dos 226 imóveis necessários para a obra. O Metrô ainda vai elaborar a licitação para a aquisição de 22 novos trens para a Linha 2-Verde, sistemas de alimentação elétrica, sinalização e controle, telecomunicações, portas de plataforma e auxiliares.

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