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Entenda os caminhos do lixo

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dia do gari redução de resíduos

Infelizmente, muitos moradores da capital paulista ainda acreditam que o problema do lixo doméstico acaba quando ele coloca o saco na calçada ou leva até o contêiner do prédio e, de lá, ele simplesmente desaparece. Mesmo esse processo se repetindo duas ou três vezes por semana, parece não ter despertado ainda no cidadão a consciência de que há um processo complexo e caro separando a lixeira doméstica e o destino final do saco de lixo.

E que esse custo é pago por todos nós. Uma das medidas planejada para o futuro, no país, é a cobrança de um valor mensal conforme o nível de produção de lixo de cada casa. Por conta da pandemia de Covid 19, foi adiada a implantação dessa cobrança, mas ela está prevista para acontecer em todos os municípios brasileiros, já que é uma das medidas inseridas no Marco Legal do Saneamento Ambiental, lei federal 14.026.

O principal objetivo é conscientizar a população brasileira sobre a quantidade de resíduos gerados diretamente, com foco no incentivo à reciclagem. Outro objetivo é contribuir para a erradicação dos lixões, que na cidade de São Paulo já não existem.

Para entender bem a importância da reciclagem e da redução do lixo comum, é fundamental também conhecer em detalhes o caminho dos resíduos na capital paulista, desde a geração, em nossas casas, até seu descarte final. 

Lixo comum

Os doze milhões de moradores da capital geram, em média, 12 mil toneladas de lixo por dia. . Desse total, estima-se que mais de um terço poderia ir para a reciclagem, mas infelizmente apenas 7% são destinados à reciclagem.

Ir para a coleta seletiva significaria que esse material não ocuparia espaço em nossos já quase saturados aterros sanitários. Mais do que isso, poderiam voltar à economia na forma de novos produtos, evitando a extração de matéria prima da natureza.

A reciclagem ainda tem outra vantagem muito importante: gera emprego e renda para catadores cooperados e para todos os funcionários da indústria que processa esse material.

Todos os dias, circulam quase 400 caminhões, com trabalho de 3.500 profissionais da concessionária Ecourbis que fazem a coleta pelas zonas leste e sul da cidade. São milhares de ruas em que esse verdadeiro exército da limpeza passa para levar embora o resíduos que geramos no dia a dia.

E se esse lixo deixasse de ser recolhido por um período de um mês? Como ficaria sua casa? Se a família soubesse antecipadamente que durante esse período não haveria coleta, seria possível reduzir a geração?

A hipótese é apenas para reflexão. O que é possível fazer para reduzir o resíduo gerado? Aproveitar melhor e integramente os alimentos comprados? Separar e higienizar recicláveis e encaminhar à coleta seletiva.  Evitar o alimento industrializado e investir em itens naturais.

O roteiro

A complexidade do sistema que deixa a cidade cotidianamente sem resíduos em nossas casas começa com a coleta. Mas, depois dela, ainda há, literalmente, um longo caminho pela frente.

As equipes  – formadas, cada uma delas, por três coletores e um motorista para cada caminhão compactador – recolhem os sacos e colocam em caminhões compactadores, para otimizar esse volume. Dali, são levados ou diretamente para aterros ou para transbordos. Esses equipamentos são importantes porque o volume de mais de dois caminhões é transferido para uma única carreta, que então o levará até o aterro sanitário.

Na zona sul paulistana há dois pontos importantes de transbordo:

– A Estação de Transferência Vergueiro, também conhecida como Transbordo Vergueiro, localizada na rua Maestro João Batista Julião, 13. O equipamento é gerenciado pela Ecourbis desde 2004.

Recentemente reformada e modernizada, possui capacidade de receber de 1500 toneladas/dia. Geralmente, o caminhão compactador descarrega diretamente na carreta. Quando não há carretas no local, o resíduo é colocado em um fosso e assim que uma carreta chega ele é transferido para o veículo, ou seja, os resíduos não ficam armazenados no local. O equipamento atende as seguintes subprefeituras – Ipiranga, Vila Mariana, Vila Prudente e Jabaquara.

– A Estação de Transferência  Santo Amaro fica na Avenida Miguel Yunes, 343, Santo Amaro também é administrada pela Concessionária Ecourbis. O equipamento municipal teve o início de suas atividades em 1.995. Atualmente, o espaço tem capacidade de receber de 1500 toneladas/dia. Atende Cidade Ademar, Campo Limpo, Capela do Socorro, Santo Amaro, M´Boi Mirim e Parelheiros.

Depois, os resíduos domiciliares são transportados para a adequada disposição final no Central de Tratamento de Resíduos Leste.

Aterro

Os aterros sanitários, é sempre bom apontar, têm vida útil limitada. Em poucos anos, São Paulo precisará pagar para exportar o lixo gerado na cidade.

O aterro sanitário é preparado por técnica especial para a disposição de resíduos sólidos de forma ambientalmente correta. É um espaço preparado para receber esses resíduos, poupando os lençóis freáticos – rios subterrâneos – da contaminação pelo lixo.

Os resíduos passam, então, por um processo de decomposição natural, que ocorre com o material orgânico, e gera gás além do chamado chorume. O gás, conduzido por tubulações, é queimado e se torna menos poluente. Já o chorume é enviado para tratamento.

Seletiva

Além de reduzir a quantidade de resíduos geradas, cada cidadão precisa se conscientizar de sua responsabilidade em separar tudo que é reciclável e que não precisa ir para aterros. Para se chegar o mais próximo possível dos 40% do volume total de 12 mil toneladas diárias geradas na cidade, não é tão difícil. Atualmente, só 7% dos resíduos gerados pelos paulistanos acaba nas centrais de triagem ou cooperativas de catadores.

A primeira atenção é com as embalagens: a latinha de suco ou cerveja, o pote de sorvete, a caixa que envolve o chocolate ou o café, o vidro da geleia… Também são recicláveis as sacolinhas de papel que trazem compras do shopping ou as caixas de papel que envolvem objetos entregues em casa – desde que não estejam sujas ou engorduradas.

A cidade de São Paulo conta com recolhimento de recicláveis porta a porta. Há também contêineres de recicláveis espalhados por toda a cidade e em estações de coletas seletiva.

Vale lembrar que em muitos países do mundo a separação de papéis, metais, vidros e plástico é obrigação e seu encaminhamento, em vários pontos do mundo, deve ser feito pelo próprio consumidor, que deverá transportar o material até pontos de venda ou de recolhimento do que pode ser reciclado.

Nas zonas sul e leste da capital é a concessionária Ecourbis a responsável pela coleta dos recicláveis. Para saber a data e o horário em que a coleta é feita em seu bairro, consulte o site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html

O cidadão dispõe também de 102 Ecopontos e 1.600 Pontos de Entrega Voluntários espalhados pelo município para entrega dos materiais.

Após a coleta, os materiais recicláveis são encaminhados para uma das 24 cooperativas e/ou para uma das centrais mecanizadas de triagem, que separam os insumos de acordo com a categoria.

Feita a triagem, manual ou mecanizada, os materiais acumulados de cada modalidade são prensados e compactados, para o transporte e encaminhamento às empresas que compram esses insumos para realização do processo de reciclagem.

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