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Urbanismo

Enel terá que apresentar plano preventivo para chuvas

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Um novo temporal atingiu a capital paulista na noite da quarta-feira, 15 de novembro, mas dessa vez mais concentrado nas zonas leste, centro e oeste. Novamente, alguns bairros ficaram sem luz, mas por períodos menores.

Na verdade, ao longo da semana, várias pequenas interrupções de energia foram registradas por toda a capital Na zona sul, moradores de ruas que haviam ficado sem energia por vários dias após o vendaval de 3 de novembro, relataram novas quedas: caso das ruas Ituxi, Salvador de Esdras, Itacira, na Saúde, além de pontos da Vila Mariana.

Em meio aos debates sobre a demora e a má qualidade do atendimento da concessionária de distribuição de energia – a Enel – a Prefeitura de São Paulo anunciou que pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o rompimento do contrato com a Enel, concessionária que distribui energia na cidade. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, além da interrupção do fornecimento de energia durante recentes chuvas, a empresa tem demorado a fazer ligações em obras municipais como novas Unidades de Saúde e Conjunto Habitacional .

Menos de 24 horas após ingressar com ação na Justiça, a Prefeitura já registrou outra vitória essa semana: conquistou que a Enel acate providências urgentes para restabelecer o serviço de distribuição de energia e apresente um plano de contingência e um cronograma preventivo para o próximo período de chuvas. Com isso, a concessionária está obrigada a cumprir integralmente o termo do convênio de manejo de árvores, firmado entre a Prefeitura e a empresa em 2022. A determinação judicial obriga a companhia a apresentar, no prazo de cinco dias, plano de contingência com medidas adequadas à dimensão da cidade para assegurar a continuidade do serviço de distribuição de energia elétrica.

Consta da decisão ainda a determinação para a empresa inserir no prazo de 10 dias o planejamento anual de todas as árvores para as quais haja solicitação pendente de poda no sistema compartilhado com a Prefeitura.

O Tribunal de Justiça obrigou a Enel a também informar no prazo de 72 horas o quantitativo de árvores objeto de poda durante o ano de 2023, a quantidade de equipes e funcionários contratados emergencialmente para sobreaviso em períodos de chuvas intensas e as unidades de consumos que prestam serviços públicos das áreas de saúde, educação e outros, que não tiveram a energia restabelecida.

Enel

Depois de ter culpado as árvores e autoelogiado o atendimento prestado como sendo “de excelência”, a Enel chegou a soltar um pedido de desculpas uma semana após o apagão.

“Pedimos nossas sinceras desculpas a todos os clientes que demoraram a ter a energia restabelecida em suas casas. A energia é um bem essencial à sociedade e temos consciência dos transtornos que um evento dessa magnitude causa às pessoas. Nos solidarizamos com todos que foram impactados pela falta de luz. Desde as primeiras horas do evento, a companhia mobilizou toda a sua força de trabalho, inclusive de outros estados. Eletricistas em campo, técnicos no centro de operações, atendentes no call center e nas lojas de atendimento, além de fornecedores e parceiros, atuaram e seguem trabalhando incansavelmente”, explica Max Xavier Lins, presidente da Enel Distribuição São Paulo.

Mas a empresa não garante que vá ressarcir comerciantes e moradores por prejuízos relacionados ao longo período sem energia elétrica. A empresa alega que só há ressarcimento para aparelhos elétricos comprovadamente danificados por oscilações no fornecimento e que vai estudar outras situações.

No total, 2,1 milhões de clientes ficaram sem energia após o vendaval do dia 3. Até o momento, a empresa reconstruiu 140 quilômetros de rede e alega que “os reparos foram extremamente complexos”.

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