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Em um ano de pandemia, coleta seletiva cresceu 12% em São Paulo

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Coleta seletiva reciclagem

A quarentena na cidade de São Paulo, que resultou em redução da circulação de pessoas e atividade comercial na cidade, completou um ano. E a Prefeitura acaba de divulgar um estudo feito pela  Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB) para compreender o impacto da pandemia do novo coronavírus nos resíduos sólidos coletados na maior cidade da América Latina. O levantamento, que comparou com os 365 dias anteriores à declaração de quarentena, registrou maior adesão da população à coleta seletiva, diminuição nos resíduos recolhidos nas ruas e aumento na produção de resíduos hospitalares.

Na capital paulista, os serviços de coleta e limpeza pública continuam operando normalmente desde o início da quarentena. A fim de garantir a proteção da saúde pública dos colaboradores e prevenir a disseminação do vírus, a AMLURB apresentou em março de 2020 um plano de contingência de gestão de resíduos sólidos em decorrência da pandemia da COVID-19. O plano, que está sendo aplicado conforme as mudanças do cenário da pandemia, foi dividido em três etapas: preventivas, administrativas e operacionais.

Dentre as ações operacionais adotadas, está o descarte voluntário dos resíduos nos Ecopontos, sem o manuseio dos funcionários – essa medida busca proteger a saúde dos agentes de limpeza e da população. O descarte deve ser feito pelos munícipes direto nas caçambas e/ou nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s), e os itens de áreas comuns, como puxadores e tampas, são higienizados após o descarte voluntário dos resíduos.

Em outra medida de prevenção, a autarquia ressaltou durante o primeiro ano de pandemia a importância de fazer o descarte seguro do lixo para evitar que os coletores tenham contato com possíveis resíduos contaminados. Os materiais devem ser ensacados 2 (duas) vezes em sacos resistentes, descartáveis e com enchimento de até dois terços da sua capacidade. Outra recomendação é sobre a importância de respeitar o horário de coleta, que deve ser feita até duas horas antes do horário da coleta domiciliar diurna e após às 18h para o período noturno.

Coleta seletiva e reciclagem

Os resíduos provenientes do serviço de coleta seletiva do município apresentaram um crescimento de 12% durante o primeiro ano de quarentena na cidade, quando foram coletadas cerca de 92.6 mil toneladas de recicláveis, contra 82.4 mil toneladas no período anterior – um aumento de 10,1 mil toneladas.

Ao analisar apenas o ano de 2020, o município registrou um crescimento histórico nos números de coleta seletiva. De janeiro a dezembro do último ano, foram coletadas 94.4 mil toneladas de resíduos secos passíveis de reciclagem – um aumento de 17.4%, comparado ao mesmo período de 2019.

O estudo atribui esse crescimento não somente ao período de isolamento social, onde pode-se observar maior adesão do paulistano à reciclagem, mas também as iniciativas promovidas pela Prefeitura em educação ambiental, como as ações de conscientização porta a porta, onde as equipes orientam os munícipes sobre o horário de coleta, descarte correto dos resíduos, endereços dos Ecopontos mais próximos e a importância da separação dos materiais para a reciclagem.

Além do Recicla Sampa, movimento lançado em 2019 que busca ampliar à adesão da população a coleta seletiva na cidade, por meio de uma plataforma online com amplos conteúdos sobre reciclagem.

O relatório também apresentou o comportamento dos resíduos provenientes do serviço de coleta domiciliar comum, que apresentaram certa estabilidade durante o período, com uma variação de -2%.

Varrição

Em contrapartida, os resíduos recolhidos na limpeza e varrição de ruas e logradouros da cidade apresentaram uma queda de -10%. Neste período foram coletadas cerca de 71.6% mil toneladas de resíduos de varrição, contra 79.9% mil toneladas. Estima-se que essa queda seja em decorrência à diminuição do fluxo de pessoas nas ruas, já que os planos de trabalho não sofreram reduções e sim ampliações, como a expansão das equipes de limpeza e lavagens em torno dos hospitais, pontos de ônibus e terminais de trem e metrô.

Em um recorte anual, de janeiro a dezembro do ano passado a Prefeitura coletou cerca de 77.2 mil toneladas de resíduos de varrição e limpeza de papeleiras – menor número nos últimos 5 anos. O isolamento social provocado pela pandemia, além das restrições nos estabelecimentos comerciais apontam para menor geração de lixo nas vias da cidade.

Confira na íntegra o Plano de Contingência de Resíduos Sólidos: https://tinyurl.com/2tsxzu32

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