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Saúde

Em tempos de pandemia de Covid, não descuide da prevenção à dengue

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Aedes aegypti larvas

Dengue e Covid-19 podem ter sintomas iniciais semelhantes, com febre, dor de cabeça e dor no corpo, alertam os especialistas. E, nesse momento de pandemia de Covid 19, é importante não se esquecer da prevenção a outras doenças, como a própria dengue e outras arboviroses transmitidas por mosquitos: febre amarela, zika, chikunguniya… Por outro lado, a pandemia de Covid tem feito com que as pessoas impeçam a entrada das equipes da Prefeitura para evitar o contato, por receio da Covid 19…

O fato é que ambas as doenças dependem de atitudes de cuidado e prevenção individuais e coletivas.

Sintomas

As duas doenças possuem um período febril e uma fase crítica e ambas são infecções sistêmicas, mas nem sempre típicos e com evolução padrão, principalmente nas crianças e bebês. Quadros respiratórios como tosse seca, falta de ar e alterações de olfato e paladar são mais encontrados na Covid. Febre e cansaço também são sintomas comuns da doença provocada pelo novo coronavírus ou SARS-COV-2. A falta de ar é um sintoma que indica potencial gravidade dos pacientes com Covid-19 e requer avaliação médica imediata.

Já os sintomas da dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti – que também pode transmitir zika, chikungunya e febre amarela – são febra alta, dores intensas de cabeça e no corpo, fraqueza e cansaço. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo (exantema). Os pacientes com dengue, geralmente, não apresentam quadros respiratórios, como tosse e coriza. Entre os sinais de alerta de que o paciente pode estar evoluindo para uma forma grave estão vômitos persistentes, dor abdominal intensa e tontura, podendo ou não ter sangramentos.

A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) alerta que é importante não ignorar os sintomas da febre, principalmente se a pessoa reside em uma área com dengue ou febre amarela. No ano passado, a região sul paulistana foi menos atingida. A cidade registrou 1.999 casos de dengue (coeficiente de incidência de 16,7 casos /100.000 habitantes) e nenhuma morte. Uma queda vertiginosa se comparado ao ano de 2019, quando a cidade teve 16.966 casos confirmados (coeficiente de incidência de 143,6 casos /100.000 habitantes) e três mortes.

Os distritos com maior número de casos foram Tremembé (89 casos), Brasilândia (69), Penha (67 casos), Jardim São Luís (65) e Arthur Alvim (60).

Ações

A Prefeitura informa que as ações de mobilização para o enfrentamento às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti na cidade. O trabalho continua sendo realizado de forma rotineira pelas equipes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Para a segurança de todos no combate também à Covid-19, a orientação é que os agentes de endemia minimizem o contato com os munícipes durante as vistorias. Contudo, muitas pessoas acabam não permitindo a entrada dos profissionais em suas casas.

A Covisa orienta a população que reforce as medidas de eliminação dos criadouros do mosquito em suas casas. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos que acumulam água podem ser os vilões.  A melhor forma de combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, é não deixar o mosquito nascer.

Viagens e chikungunya

Faça você mesmo uma vistoria em sua casa, mantendo o ambiente livre de larvas do mosquito, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água parada.

A recomendação também vale para quem, mesmo com as orientações de distanciamento social e apelo dos profissionais de Saúde, vai viajar e deixar a casa sozinha. O alerta é reforçado para quem for ao litoral, onde um surto de chikungunya é monitorado desde fevereiro.

“Até o momento, os casos de chikungunya na capital são praticamente todos importados do litoral paulista. Portanto, neste momento, mesmo com a restrição de circulação, a ida do paulistano ao litoral, e, principalmente para a Baixada Santista pode sim ter um impacto no aumento do número de casos de chikungunya na capital”, comenta Carolina Scarpa Carneiro, coordenadora do Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores e outras Zoonoses da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Covisa, o NDTVZ/DVE.

A coordenadora aponta que todas as Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) estão orientadas a realizar o bloqueio de transmissão completo, isto é, eliminar criadouros e aplicar adulticidas (para insetos adultos) nas residências já com suspeita de chikungunya, tentando, assim, evitar casos autóctones no município.

Arboviroses

O preparo das equipes da Covisa para o período de sazonalidade de arboviroses inicia-se sempre no ano anterior. Em dezembro de 2020, os profissionais dos serviços de saúde públicos e privados participaram de uma capacitação on-line sobre “Arboviroses em tempo de Covid-19”, destacando a importância do diagnóstico diferencial entre dengue, chikungunya e Covid-19, que possuem quadros de sintomas semelhantes.

Desde o ano passado, o aumento de transmissão de chikungunya na Baixada Santista está sendo monitorado pelo NDTVZ/DVE que, semanalmente, produz relatórios com dados de notificação, analisando individualmente cada região e propondo intervenções necessárias e sensibilização das unidades de atendimento para identificação de casos de arboviroses.

As equipes da Vigilância Epidemiológica já estão em alerta para um possível aumento de casos de chikungunya no município de São Paulo, com o retorno das pessoas que se deslocaram para o litoral neste feriado emergencial para conter a Covid-19.

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