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É preciso cuidar das represas

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Maior manancial da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o Sistema Cantareira voltou a operar na faixa de Alerta no início de julho. Assim, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) poderá captar até 27 metros cúbicos por segundo dos reservatórios do Sistema Cantareira, em vez do limite máximo de 31m³/s da faixa de operação de Atenção, que estava vigente desde março deste ano.

A redução do armazenamento dos reservatórios do Sistema Cantareira, causada pelas chuvas abaixo da média dos últimos meses, fez com que o Sistema Equivalente ficasse abaixo dos 40% de seu volume útil em 30 de junho, quando as represas Jacareí, Jaguari, Cachoeira e Atibainha estavam com 39,72% de seu volume útil. No ano passado, nessa mesma data, o Sistema Cantareira estava com 45% de seu volume útil.

Embora situado ao norte da capital paulista, o sistema cantareira tem interligações que acabam por fornecer água também para outras regiões da capital. E a zona sul paulista, que conta com duas grandes represas – Guarapiranga e Billings -, não tem autossuficiência para garantir abastecimento sequer local.

Só que, vale ressalvar, em tese teriam. Com 106,6 km² de extensão e armazenamento de 995 milhões de m³ de água, a Billings tem capacidade equivalente a todo sistema Cantareira. Ela tem ainda a vantagem de estar parcialmente na capital, o que evitaria os desperdícios causados pela distribuição da água a partir do Cantareira.

O que, entretanto, explica o baixo uso da Billings? A poluição das águas: atualmente, apenas dois pequenos braços do reservatório têm suas águas destinadas ao fornecimento de água, já que o restante não é potável.

E, no inverno, quando chovem pouco e todos esses reservatórios têm sua capacidade reduzida, a preocupação aumenta. Na Guarapiranga, grupos de voluntários têm retirado centenas de toneladas de plásticos e outras sujeiras que se acumulam ao longo do ano e na época da seca surgem nas margens, emergem em vários pontos.

As águas dos reservatórios são poluídas por conta de falta de ligações de esgoto ou emissões clandestinas. Mas, além disso, o descarte irregular de resíduos e lixo por toda a cidade acabam trazendo resultados negativos também para as represas.

Sem falar que há descarte irregular – de lixo, entulho, móveis velhos, equipamentos e até veículos obsoletos nas próprias margens, o que é crime ambiental, passível de multa superior a R$ 18 mil reais.

Lembre-se: além de descartar corretamente seu lixo doméstico, enviar materiais recicláveis para a coleta seletiva. Pneus, lâmpadas e lixo eletrônico devem ser retornados aos fabricantes. Entulho e objetos inservíveis podem ser deixados gratuitamente, até o limite de um metro cúbico diário, em um dos 109 ecopontos existentes na cidade. Confira os endereços em bit.ly/3IyXj3z

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2 Comentários

2 Comments

  1. Associação Nossa Guarapiranga

    16 de julho de 2022 at 9:45

    A cidade de São Paulo é o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul, a mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul.
    O sistema Guarapiranga é o responsável pelo fornecimento de quase a metade da água que se consome na cidade de São Paulo e fica dentro da cidade.
    As leis municipais de uso e ocupação do solo são muito restritivas. Combinadas com as leis de preservação ambientais, então, tornam praticamente qualquer atividade formal proibida. No entanto, invasões e ocupações irregulares estão se disseminando e prosperam no entorno da Guarapiranga, suprimindo a Mata Atlântica e a vegetação que preserva as suas margens, provocando o assoreamento da represa e lançando os seus esgotos na água que nos abastece.
    Como se não bastasse, estão transferindo água contaminada da Billings para a Guarapiranga, e cerca de 5 milhões de paulistanos vão ser abastecidos com essa água?
    A Sabesp toma a água da Guarapiranga, “trata” e vende para os munícipes. Deveria também coletar e principalmente tratar os esgotos, mas não o faz, e se esquiva da sua responsabilidade de promover o saneamento básico em função de uma legislação que “proíbe” obras de saneamento em ocupações irregulares…, estamos condenados a beber esgoto mal tratado?

  2. Waterte

    16 de julho de 2022 at 10:39

    1-Reservatorio e reservatório sem manter áreas de mananciais eles secarão
    2-So não estamos no pior devido a integração dos reservatórios que trazem água de minas dos vales da Ribeira e Paraíba
    3-O desastre é anunciado para em todas guerras, desastres, catastrofes tem um grupo de fatura
    Pode ver? Ou não quer ver?

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