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Dinheiro da Água Espraiada foi para Linha Ouro do metrô

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Uma das críticas que mais se ouvia na audiência pública para apresentar o projeto da Linha Ouro era que “havia sido planejada e divulgada do dia para a noite”. O fato é que, no sábado passado, o Diário Oficial do Munícipio publicava  decreto assinado pelo prefeito Gilberto Kassab que transfere R$ 334,5 milhões para a Linha Ouro. Detalhe: esse recurso vem da Operação Urbana Água Espraiada.

Segundo a Prefeitura, o correspondente a essas verbas transferidas agora já havia sido repassado ao Metrô em forma de CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) da Operação Urbana, para serem comercializados pelo Metrô. Optou-se, entretanto, pelo repasse direto das verbas, arrecadadas em cada operação urbana.

A Prefeitura defende a transferência, sob a alegação de que “o dinheiro arrecadado deve ser aplicado na área de ação da respectiva operação” 

Mas, o que causa estranhamento é que os recusos arrecadados até agora com os leilões dos CEPACs está muito abaixo do que será necessário para prolongar a avenida – seja em túnel ou não – até a Rodovia dos Imigrantes, construir apartamentos populares ou desenvolver o parque prometido para o Jabaquara. Também vale destacar que muitas das compensações prometidas pela Prefeitura em etapas anteriores da Operação (como na construção da Ponte Estaiada) até hoje não foram cumpridas. Este dinheiro não deveria ter sido usado para reparar os danos provocados anteriormente?

Convênio

Mas, por mais que algumas comunidades lindeiras à obra estejam “chiando”, parece que realmente o governo está disposto a tocar a obra com brevidade. O edital de concorrência para a implantação da Linha 17-Ouro foi assinado ontem e o contrato terá 42 meses de vigência a partir da assinatura. O ganhador será aquele que oferecer o menor preço dentre as empresas habilitadas. O edital estará disponível por 45 dias a partir de sua publicação. As propostas devem ser abertas em 18/11.

No total, a Linha 17-Ouro terá 18 km de extensão, com 19 estações: Jabaquara; Hospital Saboya; Cidade Leonor; Vila Babilônia; Vila Paulista; Jardim Aeroporto; Congonhas; Brooklin Paulista; Vereador José Diniz; Água Espraiada; Vila Cordeiro; Chucri Zaidan; Morumbi; Granja Julieta; Panambi; Paraisópolis; Américo Mourano; Estádio Morumbi; São Paulo-Morumbi. A previsão é que 230 mil pessoas sejam atendidas diariamente. Seguirá o traçado das avenidas Roberto Marinho, Nações Unidas, Perimetral e João Jorge Saad, entre outras.  Haverá conexão com o sistema metro-ferroviário nas estações Jabaquara (Linha 1-Azul) e Morumbi da CPTM (Linha 9-Esmeralda) e nas futuras estações Água Espraiada (Linha 5-Lilás) e São Paulo-Morumbi (Linha 4-Amarela).

E, apesar das críticas, o metrô defende o projeto: evitará muitas desapropriações, tornando a implantação do projeto mais rápida e econômica, não provocará interferência no sistema viário, não emite gases e tem baixo nível de ruído. Diz ainda que haverá projeto paisagístico, com árvores nativas plantadas na via por onde correrão os trens, formando corredores verdes ao longo do percurso.

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