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Dicas na hora de decidir pelo vidro

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Consumo consciente não significa apenas evitar o desperdício, comprar além do que é necessário. Na atualidade, a busca por equilíbrio entre crescimento econômico e respeito ao meio ambiente – a chave para sustentabilidade – depende também da reflexão sobre cada uma de nossas escolhas.

Um bom exemplo está nos materiais usados nas embalagens que levamos para casa. Na hora de escolher entre um pote de vidro ou de plástico, qual será sua opção? E no momento de selecionar a cerveja ou outras bebidas – vai de latinha ou long neck?

Para tomar decisões corretas, o primeiro passo é ter informações, conhecer as vantagens e desvantagens de todos os materiais usados para embalar alimentos e outros produtos de uso cotidiano.

Entre as vantagens do vidro, estão o fato de ele não trocar substâncias com o alimento armazenado, ou seja, ele em geral dispensa ou reduz uso de conservantes. É esterilizável e não passa “gosto” de nada, desde que higienizado corretamente, é claro.

O vidro é 100% reciclável e volta para a economia quantas vezes for encaminhado para a coleta seletiva. Por outro lado, se incorretamente manipulado ou acondicionado, pode causar ferimentos, rasgar as embalagens, além de ser mais volumoso.

Potes para leite materno

Para armazenar leite materno, por exemplo, só é indicado o uso do vidro, por manter as propriedades e evitar contaminações.

O vidro também pode ser considerado uma embalagem bonita e que pode ser reaproveitada de diferentes formas: para guardar grãos, para armazenar sobras de alimento. E vale destacar que muitos vidros têm boa resistência ao aquecimento e podem ser levados ao microondas para reaquecimento dessas sobras, diferente de alguns tipos de plástico que podem conter bisfenol, uma substância que pode ser transferida e causar males à saúde, especialmente quando há alteração de temperatura – ou seja, aquecimento no microondas ou preservação na geladeira.

Vale ressaltar, entretanto, que a Organização Mundial da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destacam que a quantidade transferida é insignificante e que não há evidências científicas de que geraria doenças. Recomenda-se apenas que não sejam utilizadas para crianças e bebês, por segurança.

Copo de requeijão

Quem é que não se lembra de reaproveitar os copos de requeijão, geleia, molhos para uso cotidiano doméstico?

Com o passar dos anos e a popularização do plástico, esse hábito foi se perdendo. Até porque, as poucas marcas que ainda utilizam copos de vidro para ofertar requeijão ou geleia tem preços mais altos, espantando o consumidor.

É verdade que os copos de vidro com o tempo podem se quebrar, mas também é fato que todas as famílias usam copos de vidro, sejam eles comprados diretamente ou tendo chegado em casa como embalagem de um requeijão. Assim, seria mais lógico recorrer aos potes de vidro para aproveitamento da embalagem em um item que toda família usa.

As famílias que, por outro lado, optam pelo copo de plástico devem enxaguá-lo, após o uso, e encaminhar à coleta seletiva. Para saber o dia e horário em que a coleta acontece em sua rua, acesse ecourbis.com.br/coleta/index.html e informe seu endereço completo.

Para vidros, lembre-se de acondicionar corretamente, enrolando em papeis ou inserindo em embalagens plásticas que serão descartadas. A população deve ter muito cuidado ao descartar não só o vidro quebrado (e outros objetos perfurocortantes), para evitar acidentes com os coletores.

Vale até um bilhete, tipo “cuidado, vidro quebrado”. Isso ajuda até mesmo aqueles que trabalham em condomínios residenciais e manuseiam os sacos de lixo.

Long neck ou latinha?

Em alguns países, o consumo de pequenas garrafas de cerveja e outras bebidas alcoólicas vem sendo questionado e já há legislações obrigando os consumidores a retornarem essas embalagens e os fabricantes a garantirem a reciclagem.

No Brasil, há alguns projetos de lei nesse mesmo sentido em tramitação, além de iniciativas pontuais de algumas empresas para estimular os clientes a encaminharem as embalagens para reciclagem.

O ideal, na verdade, é que o consumidor escolha outro tipo de embalagem: a latinha de alumínio. No Brasil, a reciclagem de latinhas de alumínio é de praticamente 100%, colocando o Brasil em posição recorde no mundo. São mais de 33 bilhões de latinhas por ano.

Assim, optar pelo consumo de latinhas em vez de garrafas que não têm outro uso é a opção mais inteligente e sustentável. Se outros itens de vidro – como potes de conservas e copos – podem ser reutilizados cotidianamente, o mesmo não se pode dizer das garrafinhas, que tem um uso rápido e já são descartadas.

Outra opção é conferir as empresas que aceitam a devolução das long necks. Há algumas “estações de reciclagem” em supermercados que recebem as garrafinhas, ou como item retornável ou como vidro, valendo pontos para trocas por outros itens à venda.

De qualquer forma, a melhor opção para descartar embalagens e outros objetos de vidro, quebradas ou não, é levar pessoalmente o vidro para os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs).

É possível encaminhar pela coleta seletiva porta a porta, mas ao levar para estações de reciclagem ou PEVs, o consumidor evita que o vidro se quebre e contamine outros recipientes recicláveis feitos de diferentes materiais.

Nem todo vidro

O vidro ainda tem outras características que complicam o processo de reciclagem. Embora, na construção civil, tenha vantagens como garantir mais eficiência energética por garantir luminosidade natural, boa parte do vidro usado em construção e decoração não pode ser reciclado: ou por não haver método para isso ou porque a tecnologia ainda é rara e cara, inviabilizando o processo.

Então, é importante ressaltar que vários tipos de vidro não são recicláveis: espelhos, vidros temperados, cristais, pirex, refratários, tampas de microondas, janelas de automóveis, lentes de óculos.

Nesses casos, leve aos ecopontos ou descarte como resíduos comum, sempre lembrando de embalar corretamente para evitar que o vidro se quebre e gere riscos.

Embalagens de remédio podem ser descartadas em farmácia – sejam elas de vidro ou cartelas vazias, bem como os remédios vencidos.

Lâmpadas também não são recicláveis e devem ser levadas a pontos de venda, para que sejam destinadas aos fabricantes que farão o descarte adequado.

Vidros de televisão e monitores também não podem ser encaminhados à coleta seletiva – nesse caso, busque em vários parques da cidade pontos de descarte de lixo eletrônico.

Aliás, embalagens de remédios, tintas, esmaltes e outros produtos infectantes também não devem ser encaminhados pela coleta seletiva.

Fique atento a algumas iniciativas de marcas de cosméticos, perfumarias e esmaltes de unha. Várias empresas já praticam logística reversa e recolhem as embalagens para reciclagem ou destinação final correta.

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