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Meio ambiente

Crescimento urbano e a defesa dos solos

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Crescimento não planejado comprometeu solos com ocupação de morros e margens de córregos, além da impermeabilização

Apenas 3% da crosta terrestre é ocupada pelas cidades. Só que a urbanização é um processo não apenas acelerado em todo o planeta como também cruel: a ocupação desordenada e a impermeabilização do solo em meios urbanos provocam diversos danos e desequilíbrio ambiental.
Quando se fala em garantir a preservação dos solos – estes ecossistemas fundamentais para a vida no Planeta – é preciso, portanto, impedir processos que degradam margens de córregos, mananciais, morros e transformam áreas verdes, jardins, parques e até vias de terra em áreas asfaltadas ou concretadas.
Há 50 anos, o Código Florestal Brasileiro já instituía as chamadas “Áreas de Preservação Permanente”, que são espaços territoriais legalmente protegidos, ambientalmente frágeis e vulneráveis, em meios urbanos. E estas áreas podem ser públicas ou privadas, cobertas ou não por vegetação nativa.
Um dos principais objetivos é justamente a proteção do solo, para prevenir a ocorrência de desastres associados ao uso e ocupação inadequados de encostas e topos de morro; bem como a manutenção da permeabilidade do solo e do regime hídrico, prevenindo contra inundações e enxurradas. Dessa forma, é a recarga de aquíferos pode ser evitada, o que deveria evitar ou minimizar o comprometimento do abastecimento de água.
Vale ainda destacar que a criação destas áreas cumpre a função ecológica de refúgio para a fauna e de corredores ecológicos que facilitam o fluxo gênico de fauna e flora, especialmente entre áreas verdes situadas no perímetro urbano e nas suas proximidades.
As Áreas de Preservação Permanente em ambientes urbanos ainda têm o papel de proteger os corpos d’água, evitando enchentes, poluição das águas e assoreamento dos rios; além de atenuar desequilíbrios climáticos dentro das cidades como o excesso de aridez, o desconforto térmico e ambiental e o efeito “ilha de calor”.
Áreas protegidas dentro das cidades valoriza a paisagem patrimônios, tanto naturais quanto construídos, de valor ecológico, histórico, cultural, paisagístico ou turístico).
Os efeitos indesejáveis do processo de urbanização sem planejamento, como a ocupação irregular e o uso indevido dessas áreas, tende a reduzi-las e degradá-las cada vez mais, causando graves problemas. Recentes conferências por conta do Ano Internacional dos Solos vêm mostrando que a transformação das realidades urbanas para preservação dos solos e criação de nos sistemas que forneçam recursos ao meio não é imediata e precisa de novas estratégias Um método está sendo desenvolvido para mapear pontos de pressão urbana. O objetivo é usar esta pressão como alavanca para mudança de todo o sistema.

 

Concreto e asfalto recobriram o solo ao longo dos anos, tornando solo impermeável e provocando enchentes

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