Siga-nos

Ecourbis

Cozinha ensina sobre sustentabilidade

Publicado

em

Alimentar-se é essencial, obviamente, todos sabemos. A fome, a insegurança alimentar, em pleno século XXI, ainda matam ou enfraquecem milhões pelo mundo.
Ao mesmo tempo, há consequências indiretas nesse processo. A produção, o transporte e o descarte dos alimentos ainda comprometem a saúde do planeta e, igualmente, das populações.

Mas, cotidianamente, o que podemos fazer para reduzir esses impactos, em nossa família, em nossa cidade? Há algumas dicas bem importantes relacionadas à alimentação e todas têm conexão com a geração de resíduos e proteção ao meio ambiente.

Atenção ao lixo gerado

O que tem ido para a lixeira em sua casa? Esse volume tem aumentado ou diminuído nos últimos meses?

Prestar atenção tipo de lixo gerado e saber como é possível reduzir essa quantidade é essencial tanto para a economia doméstica quanto para beneficiar a cidade onde vivemos.

Primeiro, é preciso entender as diferenças entre os resíduos. Chamamos de rejeito aqueles que realmente devem ir para o aterro, não podem ser reaproveitados, evitados, reciclados.

É o resultado da varrição da casa, o papel higiênico e outros lixos do banheiro, bitucas de cigarro além de alguns tipos de embalagens que não podem ser recicladas, como papéis engordurados, pacotes com verso laminado.

Ainda se restringindo ao ambiente culinário, vale lembrar que cacos de cerâmica, cabos de panela, papéis plastificados, acrílico estão na lista dos itens que não são recicláveis. Há outros itens de uso cotidiano, como, isopor e esponjas de limpeza que, embora tenham tecnologia suficiente para serem reciclados, na prática não são porque o custo desse processo é maior do que a produção de um novo item – ambiental e financeiramente.

Outro tipo comum de descarte no ambiente doméstico é o resto de alimento. Esse pode ser reduzido pelo aproveitamento de cascas, sementes e folhagens em receitas – a internet está repleta de receitas com esses ingredientes, o que garante inovação no cardápio e economia!

Outra forma de reduzir esse lixo orgânico é fazendo compostagem. O processo é bem simples e, novamente, há dicas de como montar uma composteira simples doméstica em casa.

Os resíduos ali colocados se tornam adubo para as plantas. Também é possível levar os restos de alimentos não cozidos ou temperados para hortas urbanas onde serão compostados.

Há uma no Centro Cultural São Paulo e outra na Rua Paracatu, na Saúde.

Mas, o pior tipo de resíduo dos alimentos é aquele que resulta do desperdício: cozinhar em excesso e comprar itens perecíveis além do que terá capacidade de cozinhar representam gastos desnecessários na conta do mês e ainda representam muito lixo gerado para os aterros urbanos, que não têm mais muito tempo de vida por falta de capacidade.

A solução, então, é planejar as compras, pensar antecipadamente em um cardápio. E em casos de eventuais exageros, prefira o congelamento, cuidando sempre para anotar a data do processo para que não ultrapasse três meses antes do consumo final.

Natural ou artificial

É bem verdade que os alimentos naturais são perecíveis e podem acabar no lixo se não houver planejamento na hora das compras.

Mas também todos sabem que eles são mais saudáveis e garantem uma alimentação equilibrada para a família.

Então, aquilo que vem embalado pode não ser a melhor opção. Sucos, refrigerantes, alimentos ultraprocessados, molhos prontos, embutidos…
Ao evitar esses itens, o consumidor leva pra casa menos embalagens, também, gerando menos lixo. Vale destacar que muitos desses produtos, como refeições congeladas, por exemplo, vêm em embalagens descartáveis que acabam diretamente no lixo comum, não podem sequer ser recicladas.

Paralelamente, sempre que possível, valorize na compra dos alimentos as feiras livres, os pequenos supermercados de bairro, e invista nos alimentos orgânicos. Na zona sul paulistana há feiras de orgânicos na Avenida José Maria Whitaker esquina com Alameda dos Guatás (sempre às quartas pela manhã) e no Modelódromo do Ibirapuera, na Rua Curitiba (aos sábados pela manhã).

Mas, na vida moderna, algumas embalagens são inevitáveis: garrafas pet ou de vidro com óleos e azeite, potes com extrato de tomate ou outros concentrados, compotas, saquinhos com grãos diversos e massas secas, embalagens plásticas com conservas.

Nesses casos, vale avaliar se é possível reaproveitar as embalagens – transforma-las em porta objetos ou mesmo para armazenar alimentos, grãos, etc. Há ainda muitas iniciativas de artesãos que conseguem transformar garrafas de vidro em vasos, restos de cerâmica em mosaicos entre outros objetos criativos. Caso não precise ou não sejam adequadas para reaproveitamento, lembre-se de enxaguar as embalagens e encaminhar para a reciclagem.

Depois, basta acondicionar adequadamente e depositar na calçada no dia em que a coleta seletiva acontece em seu bairro. Ou no contêiner do prédio, da vizinhança. Para saber as datas em que o serviço de coleta seletiva acontece em sua rua, basta acessar https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. Também há pontos de entrega voluntária de recicláveis em ecopontos, com entrega gratuita e funcionamento diário. Nesses contêneires não é possível descartar orgânicos e rejeitos, apenas material reciclável.

Banco de alimentos

Outra forma de evitar a geração de resíduos, contribuir contra a insegurança alimentar e fome da população que vive na cidade e ainda evitar o desperdício de comida é conhecer de perto o trabalho do Banco de Alimentos da Prefeitura de São Paulo.

Os objetivos da iniciativa são adquirir alimentos da agricultura familiar, arrecadar alimentos provenientes das indústrias alimentícias, redes varejistas e atacadistas que estão fora dos padrões de comercialização, mas sem restrições de caráter sanitário para o consumo. Esses alimentos são doados às entidades assistenciais, previamente cadastradas no programa.

Mas, é importante apontar que não apenas comerciantes (donos de supermercados, restaurantes, lanchonetes) podem contribuir, como também qualquer pessoa física.

A equipe do Banco de Alimentos recepciona, seleciona, separa e analisa a qualidade dos produtos e os entregam às entidades assistenciais. Estas entidades se encarregam de distribuir os alimentos arrecadados à população, seja por meio de refeições prontas ou repasse direto às famílias de baixa renda. Em contrapartida, as entidades atendidas participam de atividades de capacitação e educação alimentar e nutricional. Sobras de feiras livres e sacolões municipais também são reaproveitadas.

Qualquer pessoa, física ou jurídica, empresa ou órgão público pode se tornar um doador.

Para mais informações, ligue no telefone (11) 2207-8770, ou pelo e-mail: bancodealimentos@prefeitura.sp.gov.br.

Da mesma forma, entidades interessadas no cadastro para a recepção de insumos do Banco de Alimentos devem entrar em contato pelos telefones: (11) 2207-8770, (11) 97198-7895.

O Banco de Alimentos está localizado na Rua Sobral Júnior, 264 – Vila Maria / zona norte, disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados