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Córrego Ipiranga transbordou duas vezes só nesta semana

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A chuva não deu trégua esta semana. Por duas vezes, o córrego Ipiranga transbordou e criou pontos de alagamento no corredor formado pelas avenidas Ricardo Jafet e Abraão de Moraes. Na segunda-feira (15/02), o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) decretou estado de atenção para alagamento em toda a cidade por volta das 14 horas, que permaneceu até 19h20.

O extravasamento do Córrego Ipiranga, perto da Praça Leonor Kaupa e da Avenida Teresa Cristina,voltou ao normal antes, às 16h45.

No Jabaquara, mas já em região atendida pela Subprefeitura de Santo Amaro, as equipes da Subprefeitura trabalham para auxiliar cerca de 70 famílias da comunidade Cruz de Malta que foram atingidas pelo alagamento do Córrego Pinheirinho.
A região de Vila Mariana registrou índice pluviométrico de 67,2 mm e no Jabaquara de 66 mm.

Houve também pontos de alagamento na Avenida Dr. Ricardo Jafet com Viaduto Saioa, Avenida Vinte e Três de Maio X Viaduto General Euclides Figueiredo, Avenida dos Bandeirantes (Moema) com Avenida Santo Amaro e Avenida Rubem Berta com Avenida José Maria Whitaker, Praça Leonor Kaupa e Avenida Professor Abraão de Moraes com Rua Francisco Tapajós.
Em Congonhas, foram registradas fortes rajadas de ventos pouco antes das 14h, de 63,3 km/h.

A situação se repetiria na quarta, 17, embora um pouco mais leve. O estado de alerta foi decretado para as subprefeituras do Ipiranga por conta de novo transbordamento entre 17h e 17h30. Às 18h10, toda cidade voltou ao estado de observação.

Durante a chuva, foram registrados sete pontos de alagamentos intransitáveis, entre eles, a Avenida Abraão de Moraes (entre 17h10 e 18h).

O Jabaquara teve um dos índices pluviométricos mais altos da cidade: 35,1mm. No Córrego Água Espraiada/Montante Piscinão foi registradoíndice de 26,2mm, o mesmo registrado no Córrego Ipiranga/Praça Leonor Kaupa.

Novamente, a região do Aeroporto de Congonhas voltou a registrar rajadas de vento de 63 km/h.

Na tarde da quinta, 18, as chuvas não provocaram transtornos significativos. Houve apenas registro de rajadas fortes de vento, como no aeroporto de Congonhas, onde a velocidade chegou a 55,6 km/h. Este cenário contribuiu para a queda de ao menos 30 árvores, até o fim da tarde.

Obras

Há mais de três décadas em obras, o Córrego do Ipiranga sempre transbordou, provocando transtornos para a população da região.

Para o riacho que é cantado no Hino Nacional, há agora um projeto prevendo construção de piscinão e elevatórias, mas os prazos não têm sido cumpridos.

Há um mês, a Prefeitura anunciou que para este ano, estão previstas as entregas das obras nos córregos Ponte Baixa (M’Boi Mirim), Fase 1 Cordeiro (Cidade Ademar) e Sumaré/Água Preta (Lapa). Ou seja, o Ipiranga não está na lista de previsões para este mandato, já que em outubro ocorrem eleições.

O prefeito Fernando Haddad havia colocado as obras de drenagem no Ipiranga entre as metas da gestão, assim como as obras para a bacia dos córregos Paraguai e das Éguas, que passam sob as Avenidas José Maria Whitaker e Ascendino Reis, em Mirandópolis, onde também há frequentes pontos de alagamento.

A Prefeitura informa apenas que já contratou sete grandes obras, que totalizam mais de R$ 1,6 bilhão, para canalização dos córregos Ipiranga, Paraguai/Éguas, Paciência, Capão RedondoZavuvus, Aricanduva e Tremembé.

Os recursos para as obras de drenagem deveriam ter vindo do Governo Federal, através do PAC.

A Prefeitura informa que, desde 2013, já executou mais de R$ 1 bilhão em obras de combate a enchentes e alagamentos com o objetivo de diminuir os impactos da chuva na capital. Com estes recursos, foram viabilizadas 13 grandes obras de drenagem, nove delas na periferia. Quando concluídas, as intervenções vão aumentar em mais de 50% a atual capacidade.

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