Coronavírus
Coronavírus paralisa São Paulo, cidade sobreviverá ao impacto econômico?
Bibliotecas, teatros, casas de cultura foram os primeiros a fechar e também houve cancelamento de eventos e reuniões. Alvarás para eventos foram cancelados, assim como shows, congressos, concursos públicos… Tudo para conter o avanço da propagação do coronavírus em São Paulo.
Agora, os principais shopping centers deixaram de atender ao público – na região, Plaza Sul, Santa Cruz, Ibirapuera, Morumbi Shopping, Market Place e Pátio Paulista etc. Alguns deles mantêm-serviços de entrega da praça de alimentação ou outros lojistas.
Agora, é o restante do comércio que deverá fechar as portas nessa sexta, 20, por determinação da Prefeitura. O decreto publicado pelo prefeito Bruno Covas excetua da obrigação empresas que fornecem alimentos e medicamentos, além de postos de gasolina.
Os bares e restaurantes, entretanto, precisam atender apenas para entrega ou retirada. Não pode haver atendimento presencial em nenhum estabelecimento.
Todos os estabelecimentos, entretanto, deverão oferecer álcool gel aos clientes para uso em loja e ampliar a higienização e limpeza do estabelecimento.
Lojas e escritórios que quiserem trabalhar de portas fechadas, fazendo reformas, reorganizações, inventários, vendas online etc – poderão.
O decreto é vago e ainda ontem gerava dúvidas no comércio: perfumarias, que também trabalham com itens essenciais de higiene e até álcool gel, estão liberadas? Food trucks e ambulantes que trabalham com comida podem continuar operando?
E os bancos? A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) garantiu que agências bancárias de seus bancos associados permanecem abertas, com atendimento a todos os clientes, embora a prioridade seja para os públicos mais vulneráveis, entre os quais aposentados e pensionistas. E pede para que o público evite as agências e privilegie atendimento por canais virtuais.
Certamente, essas e outras dúvidas serão esclarecidas nos próximos dias. O jornal São Paulo Zona Sul vai continuar divulgando as novas medidas de preservação. Nosso site tem atualizações diárias e indicará novidades e alterações na legislação e orientações das autoridades.
Economia
Uma grande preocupação dos paulistanos – sejam eles autônomos, profissionais liberais, empregados ou empresários – é com a paralisação da economia.
A adesão à proposta de isolamento em residência já é grande e vai aumentar consideravelmente na próxima semana com a suspensão total das aulas e fechamento do comércio, além de restrições a viagens e deslocamentos. O morador do estado mais atingido pelo Coronavírus entendeu que a proteção da vida vem antes.
Mas, como conseguir quitar dívidas e honrar compromissos financeiros sem atividade comercial?
Em nível federal, estadual ou municipal, o poder público tenta implantar medidas para minimizar o tremendo impacto na economia, que deve atingir sobretudo trabalhadores e pequenas empresas.
Conta de água
A Sabesp vai suspender a cobrança da tarifa social de água para 506 mil famílias carentes em todo o estado. A medida vale a partir de 1º de abril. A Tarifa Social Residencial é destinada a residências unifamiliares, desempregados, habitações coletivas ou remoção de área de risco que atendam aos critérios definidos pelo comunicado tarifário. Para usufruir do benefício, o cliente atende a uma série de critérios.
Protestos
O Governador João Doria anunciou nesta quinta-feira (19) que pessoas físicas e empresas terão prazo estendido de 90 dias antes do protesto de dívidas Procuradoria Geral do Estado.
Crédito
O Governo também anunciou a liberação de R$ 500 milhões para aquecer a economia do Estado no enfrentamento ao coronavírus (COVID-19). Haverá um pacote especial para as empresas dos setores de Turismo, Viagens, Economia Criativa e Comércio.
A nova linha emergencial será aplicada para incentivar o empreendedorismo e a geração de emprego e renda.
Já havia anunciado a concessão de R$ 225 milhões para auxiliar os microempreendedores paulistas, por meio do Banco do Povo e Desenvolve SP – O Banco do Empreendedor.
Serão R$ 275 milhões em crédito pela Desenvolve SP para Turismo, Viagens, Economia Criativa e Comércio, para promover maior liquidez para as empresas. O Banco Empreendedor reduziu a taxa de juros da linha de capital de giro de 1,43% para 1,20% ao mês. O prazo do financiamento subiu de 36 para 60 meses, e a carência foi de três para 12 meses. Os financiamentos de capital de giro estão disponíveis para empresas paulistas com faturamento anual entre R$ 81 mil e R$ 90 milhões.
Microcrédito
Na última sexta-feira (13), o governo estadual anunciou que o Banco do Povo está concedendo R$ 25 milhões para micro e pequenos empreendedores. A linha de microcrédito, que já é competitiva, está com redução da taxa de juros de 1% para 0,35% ao mês. O prazo para pagamento passou de 24 para 36 meses, já incluindo o prazo de carência, que aumentou de 60 para 90 dias. Pedidos de concessão de crédito sem avalista passam de R$ 1 mil para R$ 3 mil.
Comércio local
O Jornal São Paulo Zona Sul vai se dedicar, durante esse período de isolamento, a montar um plano de apoio ao comércio e pequenas empresas da zona sul paulistana, a ser implantado após o fim do isolamento.
O objetivo é estabelecer parcerias para que haja um apoio mútuo no sentido de retomar o ritmo normal, com avanços no sentido de comunidade e coletividade. Vamos reforçcar e modernizar a divulgação de empresas locais, contribuindo para geração de empregos e melhora da qualidade de vida local.
Vale lembrar que o maior número de empregos no país é gerado pelas micro e pequenas empresas.
Mais detalhes em breve.