Siga-nos

Ecourbis

Consumismo pode prejudicar saúde

Publicado

em

A vida moderna tem, sem dúvidas, muitos benefícios. Tecnologia que agiliza a vida, aprimora processos de trabalho, leva a avanços medicinais que trazem curas para doenças, gera mais conforto com objetos e serviços inovadores…  Até mesmo os avanços industriais trazem inegáveis benefícios à população, com a produção ágil em massa – seja de objetos cotidianos ou alimentos – e com a garantia de higiene desde a criação até a entrega dos  bens de consumo.

Mas, cada vez mais a sociedade busca o conceito de sustentabilidade, ou seja, manter essas conquistas com redução de agressões ao meio ambiente e de geração de lixo.  É importante observar, ainda, os danos que essa velocidade da sociedade moderna pode trazer prejuízos sociais – até mesmo à saúde individual ou coletiva.

E como exemplo não temos só a pandemia de Covid, provavelmente provocada pelos excessos do processo de urbanização que invade áreas onde há animais silvestres com vírus para os quais não estamos preparados.

Na sociedade moderna, até mesmo doenças psiquiátricas podem ser resultantes da falta de controle no hábito de consumir.

Acumulação

Quem nunca “aproveitou” uma liquidação e acabou por comprar uma peça de roupa que, no fim das contas, acabou esquecida no armário? Quem já optou por investir em um objeto ou equipamento que foi usado pouquíssimas vezes? E aqueles brinquedos usados pelas crianças apenas no dia em que ganham e depois trocados por outros?

A compra por impulso é comum na sociedade atual, porém em alguns casos extrapolam limites e se tornam um problema de saúde mental.

E isso pode ocorrer não apenas com pessoas com boa condição financeira, mas também com outros que se endividam e perdem o controle de suas próprias vidas.

A acumulação compulsiva – ou colecionismo compulsivo – já é considerada uma doença e atinge pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais.

Tem se mostrado, entretanto, um quadro comum entre idosos, em muitos casos associada à depressão e falta de relacionamentos sociais e familiares.

Mas, frequentemente, a prática de comprar ou acumular coisas sem utilidade imediata tem início bem anterior. São pessoas que guardam objetos sem uso, roupas que não servem, itens na esperança de que “um dia servirão para alguma coisa”.

Viver com pouco e evitar o consumo excessivo de qualquer tipo de produto, tomando especial cuidado com “coleções”. Aprenda a compartilhar itens, pegar emprestado dos amigos e, dessa forma, ao mesmo tempo, cultivar relações pessoais.

Higiene

Reorganizar a vida, eliminar excessos e destinar doações a quem realmente precisa são atitudes positivas não apenas por conta da saúde mental e financeira de cada um de nós

Ao remover itens acumulados em quintais, armários e garagens, evita-se a proliferação de baratas, ratos, mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika vírus, malária etc. Até animais venenosos como escorpiões podem aproveitar o acúmulo de entulho em quintais para formarem abrigo.

Mais do que isso, casas cheias de objetos inservíveis e que se prestam à acumulação ainda juntam poeira, com ácaro, e mofo ou bolor, com fungos que trazem diversas doenças respiratórias. A situação pode se agravar para infecções bacterianas.

Estresse

Com o ritmo intenso da vida moderna, surgiram não apenas benefícios que garantem conforto e facilidades.

Não é só a acumulação compulsiva que pode prejudicar a qualidade de vida e a saúde mental de pessoas que perdem o controle do seu poder de consumo.

Já há vários estudos publicados por acadêmicos e psicólogos ou psiquiatras que apontam a relação entre estresse e consumismo, ou estresse e excesso de trabalho em busca de dinheiro para compras que muitas vezes não se traduzem em satisfação.

De acordo com o Instituto Akatu para o Consumo consciente, é importante apontar que “ninguém será diferente por muito tempo por usar e mostrar as coisas que compra. A expressão da identidade só vai durar se, de fato, existir no modo de ser, de pensar, de agir e de reagir da própria pessoa. O consumo não consegue compensar as deficiências que só o desenvolvimento pessoal pela educação e pela espiritualidade (que não se confunde com religião) consegue entregar. Só assim, sabendo quem se é, será possível adotar uma postura mais crítica no consumo em vez de seguir os outros e as ondas da moda”.

Além de gerar mais controle financeiro sobre a vida cotidiana, essa consciência, segundo o Instituto, aponta que a percepção de que a boa sensação de satisfação, está diretamente relacionada a uma vontade de consumir diferente.

Por fim, de acordo com os especialistas do Akatu, não se trata de uma redução extrema no consumo, que nem mesmo é viável, mas significa avaliar cada decisão de compra, buscando optar pelos melhores impactos sobre o meio ambiente, sobre a vida das pessoas e, consequentemente, sobre nós mesmos.

Como evitar o acúmulo

Para evitar o acúmulo de objetos, há algumas dicas importantes. Tem um móvel ou equipamento quebrado, que não vale a pena consertar? Consulte em prefeitura.sp.gov.br as datas da Operação Cata Bagulho em sua rua. As equipes removem, gratuitamente, objetos inservíveis deixados pela manhã em sua própria calçada. Mas, atenção: não serve para entulho.

Existem também mais de 100 ecopontos espalhados pela cidade onde podem ser deixados esses itens que não servem sequer para doações a entidades beneficentes. Consulte os endereços em prefeitura.sp.gov.br ou ligue 156.

Roupas, móveis, livros, equipamentos, eletrodomésticos, cds e dvds em bom estado de conservação e funcionamento podem também ser doados a entidades beneficentes – há várias no bairro e muitas delas ainda fazem a retirada de objetos de grande porte gratuitamente.

Já embalagens em excesso e itens de materiais recicláveis- potes de vidro ou de plástico, latas, revistas ou apostilas velhas, por exemplo – podem  ser encaminhados para a coleta seletiva.  Nas zonas sul e leste da cidade, o serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental.

Lembre-se de separar esses materiais secos e limpos dos resíduos orgânicos produzidos diariamente em casa.

Se essa separação, bastante simples, não for feita, todo o material que poderia ser reinserido na economia por meio da reciclagem vai acabar no aterro.

A cidade de São Paulo gera diariamente mais de 20 mil toneladas de lixo – 12 mil delas só de resíduos domésticos. Só concessionária Ecourbis recolhe, diariamente, mais de 7 mil toneladas de lixo domiciliar nas zonas sul e leste da cidade.

Para saber o horário e data em que o caminhão passa em sua rua, acesse: www.ecourbis.com.br/coleta/index.html . O site também informa o horário da coleta tradicional.

Advertisement
Clique para comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados