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Consumidor contribui com sustentabilidade

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Em 15 de março, celebra-se o Dia do Consumidor. Nos últimos anos, essa data tem sido divulgada pelo varejo como uma espécie de Black Friday, aquela data de descontos que também têm crescido em termos publicitários, em novembro.

São ofertas e estímulo às compras, quando na verdade a data foi criada, com inspiração em um discurso do ex-presidente norteamericano John Kennedy apontando para os direitos de cada consumidor.

A data é celebrada mundialmente e, na atualidade, há ainda o desafio de lembrar o consumidor sobre a proteção de seus dados, em tempos de exposição online, algoritmos que definem suas preferências pessoais e histórico de pesquisas e compras, além de estilo de vida por conta da exibição em redes sociais.

Ao mesmo tempo, é preciso lembrar da estreita relação entre os direitos do consumidor e a proteção ambiental, a geração excessiva de resíduos não recicláveis e o papel de cada indivíduo no relacionamento tanto com indústria quanto com o comércio.

Contato constante

Nesse relacionamento cotidiano entre consumidor, comércio e indústria, é essencial estar atento às políticas das empresas.

Quando se trata das indústrias ou grandes empresas do varejo, em geral o consumidor conta com centrais de Serviço de Atendimento ao Cliente, o famoso SAC.

Use esse recurso com frequência. Para questionar mudanças nas quantidades ofertadas em produtos, para eventualmente reclamar da qualidade de algum item ou serviço prestado, para sugerir alterações em embalagens, por exemplo.

O SAC também é importante para que a empresa perceba que o consumidor está atento e exige respeito ao meio ambiente.

Atenção aos resíduos

Da quitanda onde faz suas compras cotidianas à rede de venda de eletrodoméstico, é bom lembrar que todos os comerciantes têm responsabilidades quanto a reciclagem, coleta seletiva e descarte correto de inservíveis.

Uma loja onde se encontram lâmpadas, por exemplo, precisa também receber aquelas que serão descartadas para garantir a elas um destino correto.

Nas farmácias, é preciso haver contêineres ou caixas para que o consumidor possa se desfazer de blisters (as cartelas onde estavam os remédios), potes de vidro ou plástico que continuam remédios e que não podem ser misturadas nem aos recicláveis nem ao lixo comum. O mesmo vale para remédios vencidos ou inutilizados por qualquer motivo.

Já em outros pontos comerciais, costumam haver pontos de coleta de outros itens não recicláveis e contaminantes, como pilhas e baterias. Padarias, supermercados e shopping centers em geral têm essa disponibilidade. Aquele que você frequenta não tem? Novamente, recorra ao SAC ou converse com o proprietário, no caso de pequenos negócios, para que possa ser implantado.

Importante ressaltar ainda que todo comércio que gera mais do que 200 litros de resíduos por dia, ou seja, dois sacos de cem litros, precisa contratar serviço particular para o descarte. Isso significa que o lixo não deve ser levado pela coleta urbana tradicional.

Cobre de seus restaurantes e bares favoritos informações sobre o destino dos recicláveis, como latinhas e garrafas, além de sugerir medidas para evitar desperdícios.

Seletividade na compra

Outra preocupação constante do consumidor deve ser a de buscar produtos mais saudáveis, que geralmente são também os menos agressivos ao meio ambiente. Evitar ultraprocessados (comida pronta de marcas, congelados), investir nos orgânicos sempre que possível são preocupações positivas tanto para a saúde quanto para o bolso do consumidor.

Escolher produtos que consomem menos energia ou água, que foram feitos a partir de menor agressão ambiental são outros exemplos de atitude de consumo responsável.

Mas, na atualidade, muitos dos consumidores vão além e já têm boa noção de sustentabilidade. Buscam produtos com embalagens sem plástico, investem na compra de itens que geram poucos resíduos, compram a granel ou recusam bandejas de isopor e sacolinhas plásticas.

Sempre que possível, preste atenção a produtos que, por exemplo, deixam muitos resíduos ao final do uso da embalagem. É muito comum que itens de higiene e limpeza – como shampoos, sabão em pó ou líquido – retenham muitas sobras na embalagem.

A indústria, aliás, está cada vez mais atenta às embalagens para que contenham porções e quantidades adequadas à realidade das famílias brasileiras, evitando sobras e desperdício que se transformam em resíduos.

Mas, o consumidor pode contribuir apontando falhas nas embalagens, sugerindo novos formatos e capacidade.

Reclamar de excessos é positivo, também. Há muitas marcas que abusam na segmentação e individualização dos itens. Por exemplo: um pacote de mini chocolates ou bombons, embalados um a um, depois inseridos em uma caixa que, por sua vez, é envolvida em um filme plástico.

Informações no rótulo

Entre os direitos do consumidor está a colocação de informações claras e completas em rótulos de produtos.

Além de garantir que a saúde de quem compra cada item seja mantida, os rótulos garantem que quem compra saiba exatamente o que e quanto está levando para casa.

Com o avanço das políticas de defesa do meio ambiente, estão também comuns os símbolos que indicam se cada produto tem embalagem adequada e possíveis danos ao meio que possa causar. Os “rótulos ecológicos” indicam a sustentabilidade de cada item levado para casa.

Saiba o que significam:

– FSC – indica a origem da madeira usada, que em geral é de reflorestamento;

– PEFC – segue regras de manejo florestal sustentável;

– Rainforest Alliance Certified – certificam que respeita a comunidade e que não houve danos às florestas ou poluição da água;

– Öko – Tex Standard 100 – produtos têxteis não nocivos à saúde;

– Selo de Redução de Carbono – pegada indica baixa emissão de carbono durante a fabricação.

Embalagem reciclável – traz o triângulo de três setas. indicando que o item deve ser encaminhado à coleta seletiva. Nos plásticos, traz número que indica tipo do material

– ‘Embalagem biodegradável’ : um laço de duas folhas, usado em embalagens compostáveis.

– ‘Jogue na lixeira’ – para lembrar o consumidor do descarte correto, não em via pública. Se não é acompanhada do triângulo de três setas, indica que o material não pode ser reciclado.

– ‘Ponto Verde’: círculo verde de duas setas mostra que o item integra o sistema nacional de recuperação de embalagens..

E o próprio consumidor?

Como o cuidado com a natureza e destinação correta de resíduos é uma tarefa compartilhada – poder público, empresas e cidadãos – claro que vale sempre apontar a responsabilidade de cada um de nós.

Com todas essas informações, além de reduzir a geração de resíduos e reaproveitar o que for possível, é preciso encaminhar os materiais recicláveis por meio da coleta seletiva.

Não adianta exigir dos fabricantes que privilegiem embalagens recicláveis e depois colocá-las no lixo comum.

Separe plásticos, papéis (limpos), vidros e metais, todos em um único saco, reforçado e bem fechado. Depois, basta conferir no site ecourbis.com.br/coleta/index.html a data e o horário das coletas – não só da seletiva, mas também tradicional.

A Ecourbis Ambiental é a concessionária responsável por esses dois serviços, cada um com uma equipe diferente, nas zonas sul e leste da capital.

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