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Consciência ambiental melhora saúde

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Cada família, uma história diferente, uma rotina diferente. Em especial quando se trata de uma cidade como São Paulo, maior metrópole da América do Sul e uma das maiores cidades do mundo, há inúmeros perfis e histórias sendo construídos em bairros bem diversos.

Mas, mesmo entre os milhares de lares de características tão diferentes, há algumas situações comuns criadas pela rotina de uma grande cidade, marcada por ritmo intenso e necessidade de praticidade.

Durante a pandemia, alguns novos hábitos também se formaram, como a intensificação dos pedidos de entrega de comida em domicílio e a naturalização do exercício profissional em ambiente doméstico.

Esse cenário ampliou uma tendência ao uso de embalagens descartáveis e de materiais recicláveis que embalam alimentos industrializados.

Além da praticidade, papel, plástico, metal e vidro podem garantir durabilidade e higiene aos produtos.

Então, se não é possível evitá-los, é preciso aprender a desenvolvê-los de forma sustentável e que garanta reaproveitamento ou decomposição ambiental de baixo impacto. 

Gerações

No Campo Limpo, a pedagoga aposentada Walkyria Alice vive com o neto Guilherme, que é editor de vídeos.

Os pais dele saíram de São Paulo, mas por conta do trabalho o jovem de 24 anos precisa ficar na cidade.

São, portanto, duas gerações separadas por quatro décadas de evoluções tecnológicas e de consumo. Mas, justamente por isso, avó e neto entendem que têm muito a aprender um com o outro no que se refere à proteção da natureza e consumo consciente.

Na infância dos filhos de Walkyria, o plástico não dominava o cotidiano. Os pratinhos descartáveis eram de papel e os garfinhos de madeira. Muitos dos alimentos, especialmente grãos, eram vendidos a granel, não embalados. O refrigerante, consumido em muito menor quantidade, era vendido em garrafa retornável.

Saúde

Embora a realidade tenha se transformado totalmente, essa vivência do passado traz algumas lições. O consumo de descartáveis, por exemplo, é restrito a ocasiões especiais e raras.

Já o jovem Guilherme está sempre atento a informações sobre embalagens biodegradáveis e se preocupa com gastos de combustível e outros poluentes. Caminhar e optar pelo transporte público, sempre que possível, é a alternativa escolhida pela dupla.

Juntos, eles têm somado esforços para manter uma vida saudável e perceberam que alimentos naturais são mais baratos, benéficos ao corpo e que, além de tudo, geram menos resíduos.

“A gente prefere o suco natural ao de caixinha. Refrigerante, então, só eventualmente”, diz Walkyria.

Juntos ainda buscam economizar água, energia, e sobras de alimento são sempre reaproveitadas, ou por congelamento ou por transformação em novas receitas.

“Para mim, a dica é ir com frequência ao sacolão e ao supermercado. A gente evita comprar coisas em excesso, que acabam estragando. Compro tudo em pequenas quantidades, somos apenas dois e se o preparo é em grandes quantidades acaba sobrando e indo para o lixo”, alerta.

Opções práticas de alimentação, pedidos por aplicativos são contribuições que o jovem Guilherme trouxe à casa. “Muitas vezes, sai mais barato pedir uma refeição pronta do que usar tantos ingredientes, gás e água para preparar a refeição e lavar toda a louça. Sem falar que a gente ainda valoriza o comércio local e gera menos resíduos.

Claro que nesse processo, encaminhar as embalagens para a coleta seletiva é essencial. Na rua onde Walkyria e Guilherme moram, o caminhão “verde” passa uma vez por semana. “Enxáguo e encaminho pra reciclagem todas as embalagens que não reaproveito para armazenar sobras e outros itens da casa”, conta ela.

Nas zonas sul e leste da capital, a coleta seletiva é feita pela Ecourbis Ambiental. A concessionária também é responsável pela coleta do lixo comum, mas os dois serviços são prestados em datas e horários diferentes. Para saber exatamente quando cada tipo de caminhão passa em sua rua, acesse: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html

Eletrônicos

Já o jovem Guilherme tem se impressionado com a quantidade de lixo eletrônico que acaba gerado, por mais consciência que tenha. “Especialmente os periféricos acabam tendo vida útil curta e precisam ser descartados: mouses, teclados”, diz ele.

O senso comum, avalia o jovem que trabalha com equipamentos o dia todo, é achar que os eletrônicos substituem papel e outros materiais. “Leitores eletrônicos realmente abrigam muitos livros, os serviços de streaming vieram substituir cds e dvds, é verdade. Mas as pessoas continuam imprimindo emails, surgiram impressoras 3D que fazem protótipos e objetos em plástico. E os equipamentos também ficam obsoletos ou quebram e precisam ser substituídos. Tudo isso gera muito lixo eletrônico”, destaca, acertadamente, o jovem.

A realidade atual do mundo do trabalho, da educação e do entretenimento, é verdade, tornam esse cenário irreversível – especialmente após a pandemia de Covid 19.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, enquanto em 2019 foram recolhidas pouco mais de 16 toneladas desse material, em 2020 o número passou para 105 toneladas e, em 2021, mais de 1,2 mil toneladas de lixo eletrônico foram recolhidos e deixaram de ser descartados no meio ambiente. O aumento do volume é resultado de maior uso, mas também de mais consciência e de serviços de coleta de material eletrônico, como os ecopontos existentes na cidade.

Também está completando um ano, agora em janeiro, desde que foi publicado decreto que instituiu o Programa Nacional de Logística Reversa, um instrumento de coordenação e integração dos sistemas de logística reversa com vistas a potencializar o alcance dos resultados dos diferentes sistemas no país – estejam eles já implementados ou em processo.

Assim, para além dos mais de 100 ecopontos existentes na cidade e que recebem resíduos eletrônicos, as lojas que vendem esses produtos também estão habilitadas a receber de volta os produtos inutilizados.

Os endereços de ecopontos estão disponíveis em www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/spregula/residuos_solidos/.  Já o site da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree). lista todos os pontos de descarte de lixo eletrônico. Basta digitar seu CEP, escolher o produto que quer descartar e receber as indicações de endereços disponíveis nas proximidades. O site é https://abree.org.br/pontos-de-recebimento

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