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Meio ambiente

Compostagem de orgânicos é estimulada

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Duas mil composteiras serão distribuídas gratuitamente entre moradores da cidade para incentivar nova postura com relação ao lixo

Lurdes Luna tem 79 anos, mas não tem medo de adotar novos hábitos, que podem representar melhoria na saúde dela e na qualidade de vida. Moradora do Campo Limpo, zona sul da cidade, ela foi a primeira a receber, das mãos do prefeito Fernando Haddad, uma composteira como presente. No total, 2000 mil pessoas também poderão se inscrever no projeto Composta São Paulo e receber o equipamento em casa, para reduzir a quantidade de lixo doméstico produzido diariamente.

“Não estamos colocando recursos orçamentários da Prefeitura”, explicou o secretário Simão Pedro (Serviços). O financiamento da iniciativa cabe às concessionárias de coleta de resíduos domiciliares na cidade, como a Ecourbis, responsável pelo serviço na Zona Sul e maior parte da Zona Leste.
Participar é bastante simples: o interessado se cadastra no site www.compostasaopaulo.eco.br e, se for selecionado, receberá a composteira e toda a orientação sobre como usá-la. A intenção dos organizadores é selecionar pessoas e famílias dos mais diferente perfis. Depois, ao longo de seis meses, o trabalho será acompanhado pela equipe da ONG Morada da Floresta: os participantes farão três oficinas para aprender a manejar as composteiras, além de responder a pesquisas que indicarão eventuais dificuldades ou mudanças de hábitos nas famílias que participarem do projeto. As composteiras ocupam um espaço de cerca de 60 cm X 40 cm X 90 cm e os interessados precisam ter produção diária de resíduos orgânicos, além de folhagem seca para recobrir o material. Não deixa cheiro. “Não exige muito tempo, são cerca de 20 a 30 minutos por semana. Só tem o trabalho de colocar na composteira e de fazer a troca das caixas uma vez por mês”, explicou Cláudio Spíndola, da Morada da Floresta.
“Depois da entrega da central mecanizada de triagem, que vai cuidar dos resíduos secos, nós estamos iniciando um projeto em São Paulo para cuidar dos resíduos orgânicos. Nossa meta é diminuir em 20 anos 80% do resíduo que vai para aterro hoje e que ocupa espaço precioso na cidade”, afirmou o prefeito Haddad. A Prefeitura inaugurou recentemente a primeira central mecanizada de triagem da América Latina e outra está prestes a entrar em funcionamento, em Santo Amaro.
Diariamente, são enviadas para o aterro sanitário 18 mil toneladas de resíduos, sendo 10 mil toneladas de resíduos domésticos. Destes, 5.000 toneladas diárias são orgânicos. A estimativa é de que, nos primeiros meses, será possível compostar 300 toneladas.

 

Prefeitura lançou projeto esta semana com objetivo de disseminar a prática. dona Lourdes (abaixo) foi a primeira a receber uma composteira gratuitamente

 

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