Compostagem conta com adesão paulistana

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Mais de 10 mil pessoas se increveram, em pouco mais de um mês, para participar de um projeto piloto que pretende estimular a compostagem de resíduos orgânicos na cidade de São Paulo. Desse total, duas mil famílias, de diferentes perfis e em todas as regiões da cidade, serão selecionadas para receber as composteiras gratuitamente em casa e passarem por treinamento para entender a simplicidade do processo que transforma os resíduos orgânicos em adubo. A intenção da Prefeitura, expressa no recentemente aprovado Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, é incentivar a compostagem de tal forma que, nos próximos 20 anos, haja retenção de 33% de todo resíduo orgânico gerado nos domicílios (1,06 dos 3,53 milhões de domicílios).
As composteiras distribuídas e a análise das famílias que participam do projeto piloto será importante para avaliar quais as dúvidas e eventuais dificuldades enfrentados. A partir já do próximo ano, o incentivo à compostagem será ampliado. Além de estimular o processo no âmbito doméstico, a Prefeitura vai também instituir a compostagem em escolas, parques, unidades de saúde e outros equipamentos públicos já a partir do primeiro semestre do próximo ano.
Nas comunidades de baixa renda, a ideia é implantar soluções de compostagem comunitária associadas a hortas urbanas. Para os grandes geradores, também no próximo ano haverá regulamentação dos procedimentos, especialmente supermercados, shoppings, atacadistas e comerciantes, em formato eletrônico online.
Outra medida será o incentivo ao uso de composto orgânico em substituição aos fertilizantes químicos, com estímulo a novos produtores de adubo proveniente da compostagem na cidade.
A Prefeitura pretende universalizar a coleta seletiva de resíduos orgânicos com atendimento de todo o território de cada um dos 96 distritos da cidade, precedida de campanhas, a partir de
2016, até o final de 2023, atingindo assim a adesão de, no mínimo, 37% dos domicílios (individuais ou em condomínios) à coleta seletiva de resíduos orgânicos.
São Paulo gera, a cada dia, 6.300 toneladas de resíduos orgânicos. Apesar de compostável, esse volume acaba sistematicamente em aterrnos sanitários, reduzindo o tempo de vida útil deles.