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Urbanismo

Complexo da Cruz Vermelha está em processo de tombamento

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Uma das mais antigas – e talvez também uma das maiores – construções da região estava prestes a ser demolida. O complexo da Cruz Vermelha teve o alvará de demolição aprovado pela Subprefeitura de Vila Mariana, o que foi posteriormente cancelado. Quem passa pela Avenida Moreira Guimarães, continuidade da 23 de Maio, certamente conhece a imensa área, estimada em 40 mil metros quadrados, onde funcionam a sede da filial paulista da Cruz Vermelha Brasileira e o Hospital dos Defeitos da Face.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a especulação era de que a área abrigaria um novo shopping center, pertencente ao Grupo Iguatemi, que não admitiu nem desmentiu a proposta.

O novo empreendimento ficaria na entrada de um bairro estritamente residencial, o Planalto Paulista, mas estaria dentro de uma Zona de Estruturação Urbana (ZEU) segundo proposta de lei de zoneamento elaborada pela Prefeitura.

De acordo com a Subprefeitura de Vila Mariana, o imóvel Cruz Vermelha teve alvará de demolição expedido, porque não havia, até aquele momento, nenhum processo de tombamento iniciado.

A demolição foi autorizada em 9 de setembro, mas em 2 de outubro o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) iniciou o processo de tombamento do imóvel. Assim, em 26 de outubro, houve uma ação fiscalizatória, com emissão de Auto de Intimação de número 14760 para suspensão imediata da demolição. A Subprefeitura constatou, em vistoria realizada no dia seguinte, que a demolição não tinha sido iniciada.

A resolução do Conpresp diz que “os imóveis indicados são reconhecidos como portadores de valor histórico, simbólico ou cultural pelas comunidades locais e encaminhados à Câmara Municipal de São Paulo junto à revisão da Lei de Zoneamento pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano – SMDU”. Por isso, resolveu abrir o processo de tombamento como “Zonas Especiais de Preservação Cultural” (ZEPEC).

A suspensão aconteceu após representação do vereador Natalini relatando que os imóveis estão em processo de tombamento pelo Conpresp/ Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.

O vereador Gilberto Natalini propõe que a área seja transformada em um parque para preservação do patrimônio e uso da população.
O restante do bairro Planalto Paulista pertence à Zona Estritamente Residencial (ZER), que poderia ser comprometida com a instalação de algum empreendimento comercial de grande porte como um shopping.

 

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1 Comentário

1 Comentário

  1. paulo haddad

    7 de dezembro de 2015 at 22:19

    Parabéns, as pessoas que conseguiram interromper esta barbaridade. Não precisamos de mais shoppings na região.
    Ademais, ja imagimaram o transtorno no trafico.

    paulo

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