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Como evitar problemas na coleta de lixo?

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Você já parou para pensar na quantidade de lixo e resíduos que a sociedade moderna produz? São sobras do processo agroindustrial, itens que se estragam, itens desprezados na venda, produtos que quebram e não têm mais conserto, outros que ficam obsoletos…

Mesmo quando restringimos essa análise apenas à cidade onde vivemos, a lista é enorme: lixo residencial, lixo comercial, lixo industrial, lixo hospitalar e de saúde, restos de feiras, podas de árvores, entulho, além dos “bagulhos” – eletrodomésticos quebrados ou obsoletos, estofados, colchões e móveis em estado irrecuperável, coisas que se quebram e não são feitas de material reciclável…

Gerenciar todo esse processo de pós consumo e descarte é uma tarefa que cabe ao poder público, mas com coparticipação das empresas que geram ou vendem os produtos e, claro, também responsabilidade dos consumidores.

Só a cidade de São Paulo gera mais de 18 mil toneladas de resíduos todos os dias, considerando-se não apenas o que sai das residências, mas também a geração de entulho, podas, varrição e coleta dos serviços de saúde.

Na capital, o serviço de coleta domiciliar comum porta a porta está presente em 100% das vias, cobrindo todos os 96 distritos e conta com aproximadamente 6 mil funcionários e 555 veículos.

Nas zonas sul e leste da capital, esse serviço – bem como a coleta de recicláveis e a coleta dos itens de saúde em hospitais, clínicas, consultórios e similares – é feita pela concessionária Ecourbis Ambiental.

Ou seja, há um verdadeiro exército e um sistema bastante complexo para garantir que a cidade se mantenha limpa e que todos os resíduos tenham destinação final correta e ambientalmente adequada.

Descarte na hora certa

Mas, é comum ver pessoas reclamando de sujeira em alguns pontos da cidade. Ou de lixo levado pela enxurrada, em dias de chuva.

De quem é a responsabilidade? Bem, em geral é do próprio cidadão, ou por conta do descarte de forma incorreta ou no horário inadequado.

O lixo doméstico comum deve ser descartado em sacolinhas ou sacos resistentes, bem fechados e apenas colocado nas calçadas o mais próximo possível do horário da passagem do caminhão coletor, evitando que os resíduos ensacados fiquem expostos por muito tempo com perigo de serem rasgados.

Para coleta domiciliar diurna, os resíduos devem ser dispostos nas vias públicas em até duas horas antes do horário da coleta, e para coleta domiciliar noturna, os sacos devem ser dispostos somente após às 18h. Para ter certeza do horário em que o caminhão passa pela rua onde mora, acesse: https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

A Prefeitura e a concessionária promovem regularmente diversas ações de conscientização dos moradores sobre a coleta. Mas, a efetividade sempre depende da participação de cada morador, que deve estar sempre atento ao horário, às formas de embalar o lixo e ao clima – em dias de chuva, por exemplo, evite usar caixas ou sacos de papelão, mesmo que seja para descarte dos recicláveis.

Importante ressaltar também que a coleta de recicláveis não acontece no mesmo horário da coleta tradicional. Ambas são informadas no site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. Na região da Vila Mariana, por exemplo, a maioria dos bairros recebe a coleta tradicional por três vezes na semana e a coleta seletiva (de material reciclável seco e limpo) em outras duas datas ou horários alternados.

Vale destacar que colocar os sacos de lixo em vias públicas fora do horário da coleta é passível de multa, conforme estabelece a Lei de Limpeza Urbana, nº 13.478/02º, artigo 151. É importante ressaltar que a mesma Legislação permite que o caminhão leve até 50 Kg de entulho por dia de coleta.

Respeite o coletor

Embalar o lixo corretamente, deixá-lo na calçada no horário certo e facilitar a passagem da equipe e do caminhão de coleta é uma maneira de manter a cidade sempre limpa e com serviços organizados mas também um sinal de respeito ao trabalho dos coletores e motoristas.

Ainda nesse sentido, é sempre importante estar atento ao descarte de objetos pontiagudos e que podem arrebentar os sacos ou causar riscos na coleta.

Vidros quebrados, seringas, espetos de churrasco, metais ou qualquer outro item perfurocortante deve ser descartado com cautela. Use, por exemplo, uma garrafa pet ou um pote plástico qualquer para embalar o vidro quebrado ou enrole jornais e papel em volta de espetos. Dessa forma, os itens não vão arrebentar o saco e espalhar o lixo nem provocar ferimentos em ninguém.

Outro sinal de respeito ao trabalho da equipe de coleta é manter a distância, quando se encontra com o caminhão pelas ruas, e esperar para que os coletores terminem o trabalho no local, sem buzinar ou ultrapassar perigosamente o caminhão.

O caminho do lixo

Após o recolhimento, os resíduos provenientes da coleta domiciliar comum são encaminhados aos aterros sanitários para destinação e tratamento correto, sendo eles: Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), aterro municipal, e o aterro privado CTR Caieiras.

Vale ressaltar que a cidade de São Paulo não tem mais lixões e sim aterros sanitários que contam com garantias de proteção ao meio ambiente, evitando a contaminação do lençol freático, solo e rios.

Neles, todo resíduo colocado é coberto por camadas de solo, portanto, não ficam expostos a céu aberto. Após o esgotamento dos aterros a área é totalmente coberta, e, depois que o nível de contaminação for praticamente zerado, poderá ser utilizada para fins de lazer.

Na Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), o biogás gerado é destinado à Estação de Queima de Biogás, onde é realizada a combustão de biogás em flares enclausurados, deixando de emitir o gás metano à atmosfera. Além disso, parte do biogás gerado na CTL é redirecionado a uma usina para geração de energia elétrica.

Reduza seu lixo

Mesmo com toda a tecnologia envolvida, que garante descarte correto nos aterros, outra contribuição fundamental que os cidadãos podem dar à destinação final dos resíduos é diminuir a quantidade diária a eles direcionada.

Como apontam ambientalistas e urbanistas, “o melhor lixo é aquele que não é gerado”. Os aterros sanitários têm vida útil limitada e, em poucos anos, a Prefeitura pode ter que exportar o lixo aqui gerado, representando novos custos.

Pratique o consumo consciente, evite desperdício e procure reaproveitar, consertar e doar tudo que ainda estiver em condições.

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