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Urbanismo

Como está a Operação Água Espraiada?

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Pouco se fala sobre a Operação Urbana Água Espraiada desde que, em julho de 2013, o prefeito Fernando Haddad anunciou que não priorizaria a ligação viária, em túnel, entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes. A ideia do prefeito é privilegiar a construção de habitações populares, de modo a realocar a população que vivem em favelas da área, além de construir um parque linear ao longo do córrego.
A canalização dos córregos Água Espraiada e Pinheirinho e a construção de duas pontes sobre o Rio Pinheiros estão previstas, assim como a revitalização do Parque do Chuvisco e a interligação viária da Avenida Pedro Bueno com a Avenida Jornalista Roberto Marinho, minimizando um problema enfrentado há anos pelos moradores dos bairros Parque Jabaquara e Jardim Aeroporto.
Todas estas outras obras estão em andamento. Em fevereiro, a SP Obras divulgou um panorama mais atual dos trabalhos. Há também um vídeo na internet mostrando uma vistoria técnica às obras, realizada ainda em dezembro.
Serão canalizados 500 metros do Córrego Pinheirinho, dos quais mais de 100 já estão em obras. Famílias ainda estão sendo removidas de habitações precárias nas redondezas para que as próximas etapas tenham início.
Foram posicionadas estacas de contenção do córrego e haverá rebaixamento e instalação das placas pré-moldadas e início da canalização.
Já no Córrego Água Espraiada, dos 500 metros previstos, 80 metros estão sendo executados. Está sendo feita a limpeza do fundo do leito para iniciar a instalação das placas (paredes). Parte dessa área será transformada em parque linear.
A SP Obras explicou que, após concluída a canalização dos 500 metros do Córrego Água Espraiada, começa a obra de interligação da Avenida Roberto Marinho até a Rua Pedro Bueno. A empresa efetivamente acredita que esta conexão conseguirá retirar o tráfego pesado nas ruas do bairro e melhorar o tráfego na Avenida Lino de Moraes, fazendo dessa forma uma ligação direta com a Avenida Roberto Marinho, principal via do local. “As obras servirão para melhorar o trânsito no local, remover famílias que vivem às margens do córrego dando-lhes habitações mais dignas e também recuperar o paisagismo na região com a construção e implantação de parques lineares, além de eliminar o esgoto que corre a céu aberto nos dois córregos”.
Habitações populares

O projeto da Operação Urbana Água Espraiada inclui a construção de moradias para a população de baixa renda que vive nas comunidades ao longo do córrego. Para elas, serão construídas as chamadas HIS, ou seja, Habitações de Interesse social.

Na Rua Dornas Filho, já há um núcleo de HIS em fase de acabamento. Serão seis apartamentos por pavimento, num total de 74 unidades.
O prédio conta com um bicicletário e quadra de esportes, churrasqueira e três salões de festa.
Na Rua Coriolano Durand, as obras de outro conjunto ainda estão na fundação. Ali haverá três torres que juntas somarão 262 unidades habitacionais.
Na Torre A serão oito pavimentos com 64 unidades, na Torre B serão 14 pavimentos com 140 unidades e na Torre C serão 10 pavimentos com 58 unidades. Cada unidade terá uma garagem, obedecendo às novas normas do Minha Casa Minha Vida prevista pela Caixa Econômica Federal.
Na Av. Hélio Lobo, em frente às intervenções iniciadas de canalização do Córrego Pinheirinho, as obras se encontram em fase de acabamento interno tais como gesso, forro, revestimentos cerâmicos e distribuições hidráulicas e elétricas. Lá, serão 102 unidades distribuídas em oito pavimentos, sendo 12 unidades por andar.
Do total, 12 unidades serão distribuídas no piso térreo, com seis destinadas a moradias e as outras seis para estabelecimentos comerciais.

 

Acima, obras de canalização do Córrego Pinheirinho. Ao lado, prédio com unidades habitacionais para famílias que vivem nas comunidades ao longo do córrego Água Espraiada, em fase final de acabamento

 

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1 Comentário

1 Comentário

  1. joaquim Santos

    27 de março de 2017 at 18:07

    Não é nada digno da Prefeitura de São Paulo desapropriar cidadãos que construirão suas residências três quatro quadras acima da avenida que passará a espraiada, e ter de ceder seus imoveis para construir condomínios para moradores das comunidades em torno morarem, cade os direitos desses cidadãos que querem morar na região. Sim porque os direitos tem que ser iguais para todos, estão querendo mais manifestos, então terão mais manifestos.

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