Como escolher a escola para seu filho?

A pergunta pode parecer difícil, mas ao refletir, pais vão perceber que a resposta está bem mais próxima do que imaginam: está dentro de casa. Só mesmo a família pode definir quais são seus sonhos, prioridades, conceitos, filosofia de vida e expectativas com relação ao futuro das crianças, desde que elas chegam ao lar.
O importante, no processo de escolha da escola que combina com sua realidade, é fazer as perguntas certas. E também se autoconfrontar com algumas perguntas mais incômodas. Será que estou transferindo minhas frustrações e expectativas para outro ser humano? Até que ponto posso determinar o que ocorrerá no futuro desta criança? São duas perguntas iniciais importantes para que a família inicie a reflexão no processo de escolha das escolas.
Em meio à crise econômica, o valor da mensalidade, a distância da escola e o custo de outros cursos paralelos são outros fatores que inevitavelmente serão levados em conta pela família, que vai ter que decidir sozinhas quais são os sacrifícios importantes na hora de matricular crianças e adolescentes.
Vale a pena manter o aluno na mesma escola? Trocar de escola pode ser uma boa opção, trazer novas visões e novos amigos? Quando chega o final de ano, todas estas perguntas povoam as mentes de pais, mães e até avós, tios e outros responsáveis em famílias que têm as mais diversas características e expectativas.
Além de autoavaliar suas expectativas, a primeira ponderação que os pais devem fazer é que visitar diferentes escolas é preciso.
Na zona sul de São Paulo, há incontáveis unidades escolares. Alguns critérios básicos como distância e estrutura podem servir de primeira seleção. Mas, só mesmo conversando com profissionais de cada equipe para entender o que podem oferecer, em que acreditam, que ideais e visões procuram defender.
Vale ressaltar que o currículo letivo é o mesmo, regulamentado por lei. Mas isto não significa sequer que o conteúdo terá a mesma abordagem ou que as mesmas técnicas serão usadas para transmitir este conteúdo para seus filhos.
Algumas escolas investem mais em atividades criativas, outras têm infraestrutura esportiva completa, enquanto há ainda aquelas que apostam em avanços tecnológicos e recursos do mundo digital para transmitir conhecimento.
A maioria, certamente, busca mesclar todas estas características, mas há diferentes ênfases e abordagens.
Algumas valorizam mais a presença e participação da família, promovendo mais eventos, encontros e reuniões. A direção é próxima, todos se conhecem e o contato é extremamente pessoal, enquanto que em outras há um posicionamento exclusivamente profissional. Qual é o seu estilo?
Para quem já tem um filho matriculado, mas está sempre com dúvidas, algumas outras perguntas podem colaborar.
Seu filho tem amigos próximos? Chega animado da escola, contando histórias, planejando o dia seguinte? Ou chora ao ser deixado lá com mais frequência do que é aceitável?
O desenvolvimento e as notas da criança nem sempre indicam uma boa sintonia entre a criança e a escola. Notas baixas podem representar apenas uma dificuldade momentânea ou isolada, um problema de visão ou outros fatores a serem investigados. Por isso, o diálogo é sempre essencial: entre pais e filhos, entre pais e professores, entre pais e coordenação ou direção da escola.
No sentido oposto, notas altas não são, necessariamente, sinal de que tudo está ótimo na escola. A facilidade nos estudos pode não representar facilidade em relacionamentos ou real interesse nos projetos desenvolvidos. Novamente, conversar é o primeiro passo.
A partir desta edição, o jornal SP Zona Sul trará reportagens, artigos assinados por coordenadores de diferentes escolas da região, matérias mostrando as características de instituições locais, dicas de estudo para diferentes faixas etárias… Tudo para facilitar a vida dos pais na busca pela escola que mais combina com sua visão de mundo e com suas necessidades e possibilidades.
Para participar, com perguntas e sugestões, escreva para educacao@jornalzonasul.com.br.