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Como descartar remédios

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Parece muito simples entender que limpeza e saúde estão completamente relacionados. Ao mesmo tempo, sabe-se também que as agressões ao meio ambiente também podem comprometer as condições de habitabilidade do planeta, provocando doenças e mortes.

Mas, é importante ressaltar que até mesmo na hora de cuidar da saúde, muita gente se descuida e acaba causando danos à natureza ou comprometendo a limpeza pública da cidade.

Estamos falando do descarte correto de remédios, suas embalagens e diversos produtos de saúde em geral.

A farmacêutica Pfizer, por exemplo, alerta que há 20 anos, medicamentos são os maiores causadores de intoxicações e que cerca de 70% da população faz o descarte desses produtos em lixos comuns ou esgoto, descartando equivocadamente em vasos sanitários.

Ainda de acordo com a farmacêutica, restos de medicamentos sem o destino correto podem causar, por exemplo, o uso inadvertido por outras pessoas, resultando em reações adversas graves e intoxicações.

Além disso, o meio ambiente é agredido com a contaminação da água, do solo e dos animais. O descarte de medicamentos pelo esgoto e pelo lixo comum faz com que as substâncias químicas contidas nos medicamentos cheguem aos rios e córregos.

Aponta ainda que cientistas já comprovaram que os antibióticos no meio ambiente, por exemplo, não chegam a matar os animais, mas aumentam a resistência de bactérias, o que afeta também os humanos.

Então, como devemos proceder tanto com os medicamentos como com suas embalagens? As dicas são simples.

Blisters, vidros e potes

Já ouviu esse termo? Blisters são as cartelas onde vêm os comprimidos. Especialmente quem faz tratamentos contínuos deve separar um pote em casa para ir descartando esse tipo de embalagem.

Depois, é só levar às farmácias, que costumam ter um dispenser especial para o descarte de medicamentos.

O mesmo vai valer para pequenas embalagens de vidro ou de plástico, como aquelas que armazenam remédios líquidos, como os de gotas, xaropes etc. Ampolas fazem parte dessa lista de itens que devem ser descartados em farmácias.

Embora os materiais – plástico e vidro – sejam recicláveis, isso não vale para embalagens de remédios porque eles tem substâncias que contaminam o invólucro. Da mesma forma, fique atento: não se pode reaproveitar essas embalagens para nada, sob o risco de fazer mal às pessoas que vivem na casa ou aos animais.

Em resumo: leve tudo para descartar nas farmácias: potes de plástico, de vidro, cartelas de comprimidos.

Seringas

Como qualquer item que armazene remédios, as seringas não podem ser descartadas como reciclagem – leve também às farmácias, mesmo aquelas que são apenas usadas como medidor e não têm agulhas.

Já no caso das que tem agulhas, é importante ainda que sejam guardadas em potes de plástico ou enroladas em grande quantidade de papel, para não ferir quem for manusear esse tipo de resíduo. Potes de vidro quebrados merecem o mesmo cuidado.

Pomadas e cremes

Da mesma forma que outras embalagens de medicamentos, as pomadas e cremes que vêm em tubos, sejam eles de plástico ou metal, não podem ser recicladas por conta das substâncias contaminantes que carregam.

Nem mesmo as tampinhas dessas embalagens podem ser encaminhadas à reciclagem, já que também mantêm contato com os medicamentos.

Mesmo as embalagens de pomadas e cremes não medicinais – como as de creme dental – não devem ser encaminhadas à coleta seletiva.

Embora até existam processos para reciclar esses produtos, são muito custosos e complexos, já que as bisnagas em geral são feitas de diferentes camadas, que necessitariam ser separadas para garantir o reaproveitamento de cada material.

Cosméticos

Já as embalagens de cosméticos – hidratantes, shampoos, condicionadores, óleos corporais, perfumes, sabonetes etc –  é possível encaminhar para a coleta seletiva.  Preferencialmente, use até o fim e remova pequenas sobras com papel toalha ou enxaguando.

Vale apontar que muitas das marcas de perfumaria e cosméticos hoje praticam a chamada logística reversa, ou seja, recebem essas embalagens para que elas mesmas providenciem a reciclagem ou promovam descarte correto.

Confira se as marcas que são consumidas em sua casa têm esse tipo de programa. Caso contrário, se possível, valorize aquelas que já adotam programas do tipo. Ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor de sua marca preferida e sugira que adotem campanhas similares.

Há uma exceção mais complicada entre os cosméticos: esmaltes de unha.

Já houve iniciativas de logística reversa por parte de algumas marcas do produto, mas não foram adiante. Atualmente, se o consumidor quiser encaminhar as embalagens – que geralmente são de vidro com tampas de plástico – para reciclagem, precisará esvaziar as sobras em papel que depois não poderá ser reciclado e sim descartado no lixo comum. E enfim ainda limpar as sobras no potinho com removedor de esmaltes.

Remédios vencidos

Todo e qualquer remédio deve ser descartado em separado do lixo comum e nunca colocado no lixo descartável.

Isso vale para remédios vencidos e para sobras de remédios ainda em validade.

Da mesma forma que as embalagens vazias, os comprimidos, cápsulas, remédios líquidos como xaropes ou gotas precisam ser descartados em farmácias.

Isso vale também para remédios de uso veterinário, obviamente.

E no caso de remédios ainda dentro do prazo de validade, não se arrisque a doar esses produtos diretamente a pacientes.

Eventualmente, algumas unidades de saúde ou consultórios podem aceitar esse tipo de doação, caso contrário, prefira também descartar nas farmácias junto com os remédios já vencidos.

Inseticidas e aerossóis

Todo produto oferecido em aerossol – inclusive cosméticos como os desodorantes – pode ser encaminhado à coleta seletiva, de acordo com o Movimento Recicla Sampa.

Feitos de alumínio com tampas de plástico, esses itens serão reciclados por empresas especialmente preparadas para isso, que fazem a despressurização do material antes de transformá-lo.

E as embalagens aerossóis de alguns produtos – como inseticidas – não poderão ser reaproveitadas, mas essas mesmas empresas de encarregarão da destinação correta, por meio da incineração.

O consumidor só precisa estar atento para não perfurar nem amassar essas embalagens antes de encaminha-las à coleta seletiva.

Caixinhas e bulas

A única coisa que se pode reciclar das embalagens de remédios são as caixinhas de papel e as bulas, porque não mantêm contato com os princípios ativos dos medicamentos.

Vale a dica básica de não sujar ou molhar os papéis, que podem ser colocados junto a outras embalagens de recicláveis limpas, bem acondicionados e dispostos na rua no dia e horário da coleta seletiva.

Para saber em que dia e horário as equipes de coleta seletiva passam em sua casa basta acessar o site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Nas zonas sul e  leste da capital, a coleta seletiva é feita pela concessionária Ecourbis Ambiental, bem como a coleta de resíduos comuns. Também a coleta de resíduos de saúde é feita pela empresa, que mantém uma Usina de Tratamento de Resíduos de Saúde, onde um processo de autoclavagem garante a esterilização dos itens, de forma não poluente, pois gera apenas vapor de água após o tratamento.

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