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Comércio sustentável é essencial

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A pandemia de Covid trouxe dificuldades e desafios não apenas para as famílias, mas também para empresas dos mais diferentes portes, que viram reduzidas suas atividades tiveram que interromper negócios ou mesmo que estejam encarando novas formas de atendimento ao consumidor.

Além de garantir atendimento seguro, com baixo risco de transmissão do novo coronavirus, as empresas precisaram buscar formas de manter a rentabilidade, os empregos, e demonstrar ao seu público que pode contribuir para um novo momento na economia mundial. E todos esses desafios ficam ainda mais complexos quando se trata de pequenas empresas.

Mesmo antes da pandemia, investir em sustentabilidade já se mostrava essencial para pequenas empresas e empreendedores. Evitar o desperdício, praticar e incentivar o consumo consciente, destinar resíduos de forma correta, contribuir para programas de reciclagem e outras iniciativas sustentáveis podem fazer a diferença em uma empresa de qualquer porte, mesmo para as menores.

Assim, não é só dentro de casa que precisamos manter atenção constante às práticas sustentáveis. Seja como consumidor ou como profissional, todos podem contribuir cotidianamente para estabelecer novas práticas sustentáveis na cidade.

Empreendedor

Quem tem uma pequena loja, estabelecimento de gastronomia, salão de beleza, escritório ou é prestador de serviços (dentistas, médicos, fonoaudiólogos, costureiras, advogados etc) precisam inicialmente estar atentos à quantidade de lixo que geram.

Se o total for superior a 200 litros diários (ou seja, mais do que dois sacos de lixo grandes, de 100 litros, por dia) é preciso contratar uma empresa particular para a remoção desses resíduos.

Em geral, escritórios de pequenas empresas não costumam ultrapassar esse total, enquanto que estabelecimentos do ramo alimentício, por exemplo, precisam estar atentas ao total gerado.

Além disso, vale destacar que uma lei promulgada no ano passado obriga toda e qualquer empresa registrada na cidade de São Paulo a se cadastrar em www.ctre.com.br/login. Ali, declaram se ultrapassa ou não o limite de 200 litros diários – as empresas que prestarem informação incorreta, ou seja, declararem que produzem menos de 200 litros mas na verdade produzem mais, podem ser multadas.

Outro problema na cidade, é que muitos estabelecimentos que deveriam contratar um serviço particular não o fazem e optam por descartar os resíduos que geram em outros locais para burlar a fiscalização. Além de ilegal e passível de multas, a atitude gera vários problemas: em algumas ocasiões, se o caminhão da coleta não passar naquele dia em que ocorreu o descarte irregular, o material fica exposto por muito tempo em via pública. É preciso consciência e cidadania.

A quantidade de resíduos pode ser um grande indicador não só de postura ambientalmente correta da empresa, mas também relacionada à economia. Pesquisa do Sebrae em todo país mostrou que 81,7% das pequenas empresas controlam o consumo de energia e 80,6% controlam o consumo de água. Ou seja, essas atitudes impactam diretamente no custo das empresas. Mas, muitos empreendedores parecem ainda precisar entender que a geração de resíduos pode significar desperdício acontecendo dentro da companhia.

Uma em cada quatro empresas ainda não controla o total de papel utilizado e 30% delas não separa recicláveis para a coleta seletiva. Outro índice que precisa melhorar: cerca de 35% das pequenas empresas não destinam adequadamente resíduos tóxicos como cartuchos de tinta, solventes, baterias.

Atualmente, com a pandemia, várias outras atitudes podem reduzir impactos na natureza e ainda demonstrar ao consumidor a postura responsável da pequena empresa.

Pensar em embalagens para entrega de comida recicláveis, evitar o uso de isopor, oferecer brindes sustentáveis e de uso prolongado são medidas interessantes.

Envie mensagens aos clientes incentivando a reciclagem das embalagens, latinhas e sacolas usadas.

A pandemia também incentivou o “home office”. O fato de muitos funcionários estarem trabalhando em casa, com o uso de computadores, representou redução nos deslocamentos pela cidade, tanto em transporte público quanto individual, e a consequente economia de combustíveis.

Desenvolver planos para manter a prática após a pandemia pode ser positivo para a qualidade de vida dos funcionários, redução de custos e ainda beneficiar a mobilidade urbana e o meio ambiente.

Empresas que buscam responsabilidade ambiental também têm desenvolvido parcerias com cooperativas de catadores que fazem retirada do material. A proposta traz ainda benefícios sociais, gerando renda para famílias em situação de vulnerabilidade.

Os descartáveis devem ser encaminhados para reciclagem por meio de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) ou pelo serviço de coleta seletiva que, nas zonas sul e leste paulistanas, é prestado pela concessionária Ecourbis. Para saber o dia e horário em que o caminhão passa na rua de sua loja ou empresa, acesse www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

Basta separar todos os recicláveis – papel limpo e seco, plástico, metal e vidro – em um único saco, bem fechado, e colocá-lo cerca de duas horas antes do horário previsto para a coleta. Nunca misture resíduos comuns aos recicláveis e não exceda o total de 200 litros permitidos às empresas.

Profissional

Para quem trabalha como funcionário em empresas, as dicas são as mesmas – evite o desperdício, não use papel em excesso, apague lâmpadas em ambientes vazios, não deixe torneiras abertas, separe os recicláveis, tenha sua própria caneca em vez de usar copos de plástico descartáveis.

Além disso, é possível sugerir medidas à empresa, conversar com os colegas para estabelecer trocas – de livros, roupas, objetos que estão sem uso em sua casa.

Combine caronas e compartilhe itens pouco usados, divida refeições para evitar o consumo excessivo.

Lembre-se, entretanto, de manter as regras de prevenção a doenças, usando máscaras de proteção, não compartilhando objetos sem higienização antecipada de cada um deles e mantendo distanciamento.

Descartar embalagens recicláveis em um mesmo recipiente, ter sua própria caneca e mantê-la limpa evitando o uso de copos de plástico descartáveis e a redução do uso de suprimentos como papel são exemplos de hábitos que fazem a diferença e não dependem do dono do negócio ou chefe – podem partir dos próprios funcionários.

Cliente

Aos poucos e seguindo orientações de higiene e prevenção a doenças, as pessoas estão voltando aos pontos de venda, salões de beleza, restaurantes, escritórios de prestadores de serviços.

Como consumidor, lembre-se de também evitar o desperdício. Ao fazer um prato em um restaurante de comida por quilo, por exemplo, não pegue comida em excesso. Na hora das compras, leve sempre sacolas retornáveis.

Pergunte aos restaurantes e outros estabelecimentos que frequenta se encaminham latinhas, garrafas pet e caixas para reciclagem, valorizando aqueles que têm atitude ambientalmente correta.

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