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Urbanismo

Ciclovia Indianópolis passa por ajustes

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Que a bicicleta vem ganhando espaço como modal de transporte na capital paulsita, com a maior malha cicloviária do país, ninguém mais duvida. Mais do que isso, as bikes têm auxiliado empresas e pessoas autônomas a trabalhar com entregas diversas.

A criação da Ciclovia Indianópolis/República do Líbano é uma das extensões recentes da malha. E permite a interconexão com várias outras faixas exclusivas para as bikes na zona sul. Mas, como outras ciclovias e ciclofaixas, não está livre das polêmicas.

Inicialmente, o questionamento foi com relação à preservação de grandes figueiras existentes há décadas no canteiro central da avenida e cujas raízes se expandem sob o solo para a própria pista de carros. A CET prometeu desenvolver o projeto de forma  a manter as árvores. O Tribunal de Contas do Município, entretanto, está determinando que ajustes sejam feitos na pista.

No mês passado, o conselheiro substituto Elio Esteves Júnior, do gabinete do conselheiro Domingos Dissei, afirmou em sessão do TCM que a pista “apresentou muitos problemas em visita realizada pela Equipe Técnica de Engenharia, lotada no gabinete do conselheiro.”

As principais irregularidades observadas pelos engenheiros foram os pregos fincados no concreto da ciclovia, principalmente próximo às faixas de pedestres, que foram abandonados; as caixas abertas sem tampas e sem acabamento; trechos de guias de concreto desalinhados em relação ao traçado da rua; muitas interferências com obstáculos ao longo da ciclovia; fissuras e trincas nas camadas de concreto. Além disso, não foi instalado gradil em uma via elevada construída nas proximidades da Alameda dos Maracatins, o que pode causar sérios acidentes. Um ciclista que se desequilibre nesse trecho corre o risco de cair na avenida, em meio aos carros.

Em 14 de julho deste ano, técnicos do gabinete do conselheiro Domingos Dissei já haviam feito uma outra visita ao local e constatado  problemas que incluíam a desorganização do canteiro de obras.

Esta segunda visita técnica foi feita no dia 30 de setembro e constatou todas as falhas anotadas. “Embora ainda não concluída, a ciclovia já é utilizada por muitos ciclistas, principalmente nos fins de semana, e podemos ter acidentes graves. No caso do concreto trincado, fica claro que foi utilizado material de baixa espessura, o que demonstra falta de fiscalização”, alertou o conselheiro substituto Élio Esteves Júnior. Toda a atividade foi fotografada, com a constatação dos problemas apontados pelos técnicos, que ainda alegaram não terem visto trabalhadores nas obras da via.

O conselheiro Maurício Faria classificou como um “desastre” as obras de construção da ciclovia, que fica a menos de 300 metros da sede do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP). “É chocante o relatório do gabinete do conselheiro Domingos Dissei. É possível observar a total improvisação no trabalho, bastante precaríssimo por sinal, até com riscos para os usuários”, afirmou. O material, resumido no Memorando número 109/2022, foi encaminhado à Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito]

A fiscalização in loco das obras integra o controle preventivo e concomitante do TCMSP sobre os serviços executados pela Administração Pública.

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