Trânsito
CET multa pais embarcando alunos
Terça-feira, dia 19, 13h. Um pai desce do carro, em frente à escola onde estudam seus filhos, na Vila Clementino, carregando nos braços a menor: a aula dela está prestes a começar. Fecha a porta e a leva até o portão. Vale destacar que o bairro é um dos campeões em furtos e roubos de veículos na cidade. Imediatamente, a coordenadora da entrada do colégio já se encarrega de chamar o filho mais velho, que sai naquele mesmo horário. Enquanto aguarda, o pai olha para trás e vê um agente vistor da CET multando o veículo. Estacionado regularmente há menos de cinco minutos em local sinalizado para embarque e desembarque, ele questiona o motivo da multa. “Por que? O senhor está estacionado em local proibido”, responde, rispidamente, o agente. “Não, estou fazendo desembarque de uma criança e embarcando outra”, explica o pai, com a funcionária da escola, outros pais e outros alunos confirmando a versão do condutor. Mas, não tem conversa – em vez de dialogar e, no máximo, advertir o pai, como prevê o Código Brasileiro de Trânsito, o agente emite a multa. E mais: o agente ainda disse ao condutor que, por ele estar ali, parado onde é permitido, outras duas mães “se viram obrigadas a parar em fila dupla para desembarcar seus filhos”. Ele não as multou e nem soube explicar porque nenhuma delas parou na outra vaga regular existente em frente à escola.
Embora pareça surreal e inacreditável, a cena realmente aconteceu esta semana na Rua Coronel Lisboa. O jornal São Paulo Zona Sul relatou o caso à CET, que simplesmente se limitou a responder que o condutor pode recorrer da multa. “Mais do que recorrer da multa, minha intenção era denunciar uma atitude arbitrária, contrária ao que prevê o Código Brasileiro de Trânsito, e lutar por um trabalho mais educativo e menos preocupado em multar”, relata o pai.
O jornal também questionou da CET qual o tempo máximo permitido para paradas em frente a escolas onde há placas indicando “Embarque e Desembarque Permitido”, como é o caso da escola onde ocorreu a inusitada situação. A empresa não respondeu, assim como também não explicou qual a orientação para seus agentes no relacionamento com pais.
O Jornal ainda perguntou à empresa se os agentes vistores têm cota de multas a cumprir e se é adequada a atitude do “marronzinho” em não multar motoristas que ele diz ter visto em fila dupla. Nenhuma explicação foi dada. A escola, onde ocorreu a confusão, já protocou nada menos que oito pedidos junto à CET para que haja um trabalho de organização do trânsito de pais, o que até agora não ocorreu.
O condutor do veículo ainda ligou para a CET, perguntando qual o tempo limite para embarque e desembarque de crianças. A explicação do atendente foi que “cabe à análise do agente”. E enviou também uma queixa sobre a forma de abordagem do agente vistor à ouvidoria da CET, recebendo no mesmo dia uma resposta automática de que deveria encaminhar a denúncia à central de atendimento ao munícipe da Prefeitura…
Pais de várias outras escolas da região estão sofrendo com a atuação da CET. Contam histórias de multas igualmente descabidas, falta de diálogo, sinalização inadequada e que só tem feito aumentar o trânsito e a dificuldade de embarque e desembarque nos horários de entrada e saída. Na proxima edição, o jornal São Paulo Zona Sul vai mostrar novos casos absurdos ao redor de colégios locais.
Carlos
20 de outubro de 2013 at 19:40
Parabéns ao agente da CET, interpretou corretamente o CTB, ou seja, onde é proibido o estacionamento o tempo para embarque de passageiros deve se limitar ao tempo necessário para essa operação. Como explicado na matéria o condutor estacionou o veículo e foi levar o filho na escola, portanto, passível de autuação.
Rogich
9 de abril de 2018 at 11:53
Ridícula esta lei. Deveria ter pelo menos a possibilidade de parar por pelo menos alguns minutos para descer do veiculo, pegar o filho de até 12 anos dentro da escola e retornar ao veiculo. Nao leva mais do que 3-5 minutos.
Fabrica de multas neste caso, imbecil a interpretação do proibido estacionar em alguns casos.
Infeliz aquele que definiu a lei.
Thais
15 de agosto de 2022 at 12:48
Claramente esse texto foi escrito por alguém que para na frente das escolas. Coisa mais absurda e egoísta, atrapalha todo o trânsito, as ruas ficam caóticas porque os bonitos não podem estacionar um pouco mais longe e ir buscar o filho. Tem que parar o carro na porta da escola. Que falta de senso!