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Urbanismo

Centro Paralímpico Brasileiro trará complicações ao trânsito no Jabaquara?

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O Centro Paralímpico Brasileiro é considerado o maior legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para o Brasil, em termos de esportes adaptados de alto rendimento. Mas, será que os impactos urbanos desta obra de grande porte para o bairro onde está inserido e vizinhança estão sendo também calculados? Na semana passada, o jornal São Paulo Zona Sul iniciou uma série de reportagens discutindo os aspectos benéficos e questionando os eventuais impactos negativos que poderá trazer ao entorno. A série ainda segue pelas próximas edições.
Localizado em uma região desabitada e pouco urbanizada, por estar encravado entre a Rodovia dos Imigrantes e o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, o Centro Paralímpico Brasileiro terá – ao que tudo indica – acesso bem complicado.
Atualmente, só existe uma maneira de chegar até lá: de carro. E, apesar de localizado junto a uma rodovia, na maioria dos casos os automóveis que se direcionam ao complexo terão que passar em meio a vias residenciais para chegar até ele.
A obra é resultado de uma ação conjunta entre o Governo do Estado e o Governo Federal. A Prefeitura parece estar distante do planejamento. Além de não ter concluído nem estar planejando concluir uma obra abandonada nas redondezas e que facilitaria o acesso ao viaduto Matheus Torlonia (veja na matéria em destaque, nesta página), também não há qualquer sinal de novo projeto viário para o entorno.
A legislação municipal prevê que, em casos de grandes pólos geradores de trânsito – como shopping centers ou estádios, por exemplo), os responsáveis por ele devem financiar a implantação de todo um projeto de sinalização na região do entorno, para garantir segurança de motoristas, pedestres, transporte coletivo.
O Jornal São Paulo Zona Sul questionou a Companhia de Engenharia de Tráfego há dez dias sobre eventuais projetos ou cobranças para garantir a fluidez no entorno do Centro Paralímpico. Inicialmente, a CET pediu mais prazo para enviar as respostas mas, embora cobrada esta semana, não esclareceu as dúvidas. A empresa não confirmou sequer se o Centro Paralímpico é efetivamente considerado um pólo gerador de tráfego.
Vale ainda destacar que o novo complexo demanda ainda atenção porque irá receber público com deficiência, representando muitas vezes a circulação de veículos adaptados e pessoas com mobilidade reduzida. O jornal São Paulo Zona Sul continuará cobrando a Prefeitura sobre o tema.
Na próxima semana, abordaremos a questão da inexistência de meios de transporte coletivo para acesso ao Centro Paralímpico.

 

 

Prefeitura confirma que não há previsão para concluir alça de acesso a viaduto em 2015

O Centro Paralímpico Brasileiro está com obras aceleradas e deve estar pronto para inauguração em junho deste ano. Entretanto, a Prefeitura confirmou esta semana que não deverá ser retomada este ano a obra, paralisada desde 2008, de uma alça de acesso ao Viaduto Mateus Torloni, que liga o Jabaquara e a área urbana da cidade ao futuro complexo esportivo.
Esta semana, a Secretaria de Infraestrutura Urbana já adiantou que a obra não está prevista no Orçamento 2015.
A empresa vencedora da licitação para a obra, em 2007, desistiu de concluí-la. A partir daí, iniciou-se um longo trâmite burocrático que inclui chamada da segunda colocada na licitação para verificar se ela aceita a obra com o mesmo valor da que ganhou em primeiro lugar, e assim até esgotar todas as possibilidades. Segundo a secretaria, este processo é demorado porque tem prazos para chamamento e recursos, etc. E as empresas participantes, neste caso, mostraram-se interessadas e tornou-se necessário encaminhar para nova licitação.
Por sua vez, esta nova licitação demanda um levantamento do que esta pronto, checagem dos licenciamentos ambientais e elaboração de novo projeto com o que resta a ser feito.
Só então a obra deveria ser lançada no orçamento e conquistar recursos para sua execução. A SIURB informou, por fim, que ainda está fazendo o levantamento do processo para analisar expectativas de novos prazos.

 

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