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Casa Eliane de Grammont foi ampliada

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Localizada na Vila Mariana, casa também recebeu equipamentos novos e grafitti no muro externo

A persistência da violência contra as mulheres foi tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, que facilita o acesso de estudantes à universidade. Na mesma prova, os estudantes ainda tiveram que responder a uma pergunta sobre a obra da escritora e filósofa feminista Simone Beauvoir, abordando a luta e as conquistas das mulheres.
Poucos dias depois, na quinta-feira, 29 de outubro, a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres/Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci, veio à Vila Mariana para conhecer de perto um trabalho de proteção à mulher vítima de violência que já existe há 25 anos e é referência no país: a Casa Eliane de Grammont.
Recentemente ampliada, a casa é atualmente também um “Centro de Referência da Mulher”. O nome do equipamento público é uma homenagem à cantora Eliane de Grammont, assassinada pelo marido, o também cantor Lindomar Castilho, em 1981.
Durante a visita ao equipamento, a Secretária que atua em nível federal falou do papel importante da unidade no apoio às mulheres que vivem em situação de violência. Ela conta que conhece de perto a história tanto do Centro de Referência quanto da própria Eliane de Grammont.
Eleonora Menicucci contou ter participado das manifestações, juntamente com dezenas de mulheres, pedindo a condenação do assassino de Eliane de Grammont. Postada ao lado do quadro que mostra uma cena em frente ao Tribunal de São Paulo, durante o julgamento de Lindomar Castilho, afirmou: “A história da Eliane se mistura com a dessa Casa. É simbólica”.
A secretária também participou ativamente da estruturação da Casa no início da década de 90. “Ajudamos a pensar esta política pública de apoio à mulher e a reforma representa um redesenho desta política”, relembrou.
Acompanhada da secretária de Políticas para as Mulheres da prefeitura de São Paulo, Denise Mota Dau, de lideranças de mulheres e das profissionais que atuam no local, Eleonora conheceu a ampliação da casa, que recebeu também equipamentos novos.
Mais do que isso, o muro externo que cerca a área da futura Casa de Passagem recebeu pintura com os rostos de Eliane de Grammont, Maria da Penha e Simone de Beauvoir – três mulheres símbolo que ganharam bastante destaque nos últimos dias.
A arte foi feita pela grafiteiras Tikka e Barbara Goy que convidaram a Secretária Especial para deixar sua marca. Com tinta spray rosa, ela desenhou uma rosa com o caule em forma do símbolo feminino e escreveu a seguinte frase na calçada: Pelos direitos humanos de todas as mulheres. Viva a diversidade!!”.
A Casa Eliane de Grammont presta serviço multidisciplinar, tendo em vista a administração do cotidiano e superação da situação de violência. O atendimento para as mulheres inclui apoio jurídico, psicológico e até mesmo, dependendo da violência, encaminhamento para outras instituições, como Casa de Passagem e Casa de Abrigo. Segundo a coordenadora Maura Secco, são beneficiadas de cada vez cerca de 200 mulheres.
Casa de Passagem
No mesmo dia da visita, foi publicado no Diário Oficial do Município o edital da construção de uma Casa de Passagem, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). Segundo Denise Dau, o equipamento funcionará 24 horas por dia e o início das obras está previsto para dentro de 90 dias. Por meio de convênio, a SPM entra com R$1,8 milhão (recursos federais) e São Paulo R$ 816 mil.
A Casa Eliane de Grammont fica na Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino. Telefones: 5549-9339 5549-0335. O atendimento é aberto a todas as mulheres, público e gratuito.

 

 

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