Brasil: recorde na reciclagem de alumínio

Processo atinge quase totalidade das latinhas produzidas e evita novas extrações

Quando se trata de reciclagem de alumínio, todos os números no Brasil são positivos. O país é recordista mundial no reaproveitamento do material das latinhas, quando comparado a qualquer outra nação do mundo, com mais de 98% do material encaminhado para reciclagem. O alumínio é, por sua vez, o material que mais é reciclado entre todos no país, superando vidro, papel, ferro, plástico… São 250 mil toneladas de alumínio (ou cerca de 18 bilhões de latinhas) que deixam de ser descartadas como resíduos para voltar ao uso através da reciclagem.

Há mais de dez anos que o Brasil é líder na reutilização do metal, o que é muito positivo para o meio ambiental. A cada quilo de alumínio reaproveitado, cinco quilos de bauxita deixam de ser extraídos da natureza. E tem mais: a emissão de gases poluentes no processo de reaproveitamento é 95% menor que na mineração. Para se ter uma ideia, a reciclagem de uma única lata de alumínio, pode economizar energia elétrica necessária para manter um televisor ligado durante 3 horas ou uma lâmpada de 100 watts por 20 horas.

Mas há vários outros aspectos que exemplificam bem a importância da reciclagem para uma sociedade sustentável. O processo de reaproveitamento do alumínio gera empregos e movimenta a economia de forma positiva – dos catadores às empresas recicladoras. Até mesmo a Organizações das Nações Unidas (ONU) usou o Brasil como um bom exemplo para garantir um futuro menos devastador para o planeta. No primeiro semestre deste ano, um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) mostrou que a experiência brasileira deve servir de exemplo para o mundo, em especial para o planejamento de tecnologias futuras.

“Com as economias emergentes adotando tecnologias e estilos de vida semelhantes aos países desenvolvidos, a demanda global de metais no futuro próximo será de três a nove vezes maior que a quantidade atual. Técnicas mais sofisticadas são urgentemente necessárias para encarar os desafios da reciclagem de produtos complexos, compostos por diversos metais”, afirmou o Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner. “Os projetistas devem assegurar que metais raros e importantes possam ser recuperados facilmente após o fim da vida útil dos produtos”, completou.

Latas de alumínio podem ser recicladas indefinidamente e, no brasil, o índice de reaproveitamento chega a 98,3%