Meio ambiente
Av. José Maria Whitaker: feiras devem ser suspensas durante obra
Existe uma velha máxima sobre as feiras livres na cidade de São Paulo: “Todo mundo quer uma feira livre perto de casa, mas ninguém quer uma feira livre na porta de casa.” Na região da Saúde e Vila Mariana, diversas polêmicas sobre o endereço das feiras já se travaram ao longo das últimas décadas.
E foi por conta delas, aliás, que várias feiras acabaram sendo transferidas para áreas confinadas – como é o caso do terreno municipal existente na esquina da Avenida José Maria Whitaker com Alameda dos Guatás, na divisa entre Planalto Paulista e Mirandópolis
A área hoje abriga três feiras livres permanentes – às terças, às sextas e aos sábados – além de estar servindo de sede para um evento experimental – a Feira Orgânica Noturna, que vem sendo promovida às quartas, entre 17h e 21h, em princípio apenas nos meses de outubro e novembro.
Mas, agora, começou a circular no bairro e entre os próprios feirantes o boato de que as feiras serão removidas dali e que o terreno passará a ser ocupado por eventos.
Procurada, a Subprefeitura de Vila Mariana informou que há, na verdade, um projeto de recuperação e revitalização da área. Efetivamente, o Diário Oficial do Município de 27 de setembro traz informações sobre a obra, que ainda garantiria acessibilidade ao local e terá um custo aproximado de R$ 250 mil. Durante o período da reforma, as feiras livres não poderão ocorrer ali.
A Subprefeitura diz que o objetivo é promover a melhoria da infraestrutura do local para os moradores da região. O projeto está em fase de planejamento e ainda não há previsão para o início das obras – embora a expectativa é de que comecem ainda em 2018.
Como os feirantes deverão desocupar o local durante o período de reconstrução, a Subprefeitura solicitou à Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan), órgão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, responsável pelas feiras livres municipais, está produzindo, um estudo para averiguar a possibilidade de remanejamento temporário.
O jornal São Paulo Zona Sul ainda apurou que a reforma deverá impedir o uso irregular do espaço, que é de propriedade municipal. Atualmente, há inclusive uso como estacionamento com cobrança em sistema de valet na área.
As feiras livres na cidade de São Paulo existem desde meados do século XVII. Levantamentos feitos pela Prefeitura indicam que há 100 anos existiam apenas sete delas espalhadas pela cidade. Hoje, são mais de 800.
Celia
3 de novembro de 2018 at 1:07
Se não ha interesses ocultos por trás dessa medida, então por que não fazem um pesquisa entre os moradores pra saber a opinião deles?
Eduardo Gushiken
4 de novembro de 2018 at 22:26
Boa noite. Porque tirar a feira de mais de 30 anos no local ? São mais ou menos 1000 trabalhores que precisam da feira livre para sobreviver nos 3 dias da semana. Vamos deixar um pouco a ganância um de lado e vamos fazer o que os moradores e a maioria querem. A feira continue. Se houver alguma irregularidade, será apurada e a verdade prevalecerá.Vamos mudar o Brasil.
CARLOS DI CUNTO
6 de novembro de 2018 at 5:15
Como sera de uso da comunidade, se ninguém esta sabendo de nada? Nem as associacoes de bairro? Quem decide o que é melhor para o bairro?
Sergio morano
6 de novembro de 2018 at 7:14
Bom dia
Gostaria de acrescentar que la e um espaço livre e fazemos encontros de amigos com carros antigos e confraternizaçao todas as quintas feiras das 18:00 as 23:00
Mas sem cobrar estacionamento
E so para se divertir
E nunca tivemos reclamaçoes de nenhuma bagunça
Se alguem cobra estacionamento isso nao da nossa parte
Obrigado pelo espaço para podermos expressar nossa vintade de continuarmos
José Ferreira da Costa
10 de novembro de 2018 at 17:42
Democraticamente falando a prefeitura deveria fazer uma enquete no bairro para saber se os moradores preferem as feiras ou a chamada revitalização do local, a prefeitura além de apresentar uma planilha de custos deveria apresentar também uma opção de trabalho para todos que ficarão esses tempos sem trabalho.
Rodolfo J. Simoni
15 de janeiro de 2019 at 12:58
Só espero que realmente volte a feira pós a reforma… Como é difícil confiar em órgãos públicos é bem provável que façam uma pracinha que irá servir para frequência de maconheiros…
É só observar o local…!