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Terceira Idade

Aumentam casos de quedas entre idosos

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) registrou aumento de 35% no número de notificações de quedas acidentais entre pessoas com mais de 60 anos de idade no último ano. Em 2021, o Sistema de Informação para a Vigilância de Acidentes (Siva), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), recebeu 9.671 notificações de quedas nesta população, enquanto em 2022, foram 13.075.

A quantidade de internações decorrentes de quedas cresceu quase na mesma proporção. Em 2021 foram 3.055 internações, número que passou para 3.903 no ano seguinte, uma elevação de 27,75%, segundo registros do Sistema de Informação Hospitalar (SIH).

Em contrapartida, as ações preventivas desenvolvidas pela gestão municipal tiveram um incremento de 174% no ano passado na comparação com 2021. De acordo com registros do Sistema Integrado de Gestão e Assistência em Saúde (Siga Saúde), em 2022 foram, ao todo, 103.997 atendimentos de orientação a idosos, enquanto em 2021 foram 37.959. Esses dados contemplam as seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), que abrangem todas as unidades de Saúde da capital.

Nos últimos quatro anos, de 2019 a 2022, mais de 160 mil pessoas, a maioria idosos, receberam orientações sobre como se prevenir e o que fazer em caso de queda ou acidente. O objetivo é reduzir um dos principais agravos que acometem os idosos e em prol da integridade física dessa população, a SMS faz ações de prevenção de quedas em todas as UBSs, assim como aos assistidos pelo Programa Acompanhante de Idosos (PAI) e nas 13 Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis). A avaliação multidimensional da pessoa idosa (AMPI), da Atenção Básica, visa à efetiva prevenção dos riscos de queda com várias atividades e orientações que ocorrem rotineiramente.

Além disso, é recomendado o acompanhamento clínico da osteoporose, acuidade visual, doenças do aparelho locomotor, alterações do estado nutricional, sarcopenia (redução da força e da massa muscular) e vigilância dos eventos de quedas. Pacientes que sofrem esse tipo de acidente devem ser acompanhados por equipe multiprofissional, que avalia os fatores que levaram ao episódio e encaminha para o tratamento mais adequado.

“O Programa Nossos Idosos está implantado em 100% das Unidades Básicas de Saúde do município de São Paulo e garante acesso da população idosa às ações de educação e promoção em saúde e prevenção de agravos. Nós temos uma preocupação muito grande em promover a manutenção da independência e autonomia dessa população”, afirma Rosa Marcucci, coordenadora da Área Técnica da Pessoa Idosa, da SMS.

A cidade de São Paulo tem 1,9 milhão de pessoas com mais de 60 anos de idade, ou seja, 15% de idosos e, em 2050, a estimativa é que idosos representem 30% da população, de acordo com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Fatores de queda

A queda de idosos tem causas diversas, como histórico prévio de quedas; polifarmácia, principalmente o uso de drogas psicoativas, vasodilatadores e diuréticos; condições crônicas de saúde com descompensação clínica; distúrbios da marcha e equilíbrio; sedentarismo e piora da capacidade funcional; deficiência visual ou declínio cognitivo. Também pode estar relacionada a fatores do ambiente, como iluminação; superfícies escorregadias; tapetes, desníveis e obstáculos no caminho e roupas ou calçados inadequados.

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