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Meio ambiente

Aterro sanitário ganha sobrevida de 10 anos

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A mudança de um trecho de apenas 3,3 quilõmetros da Avenida Sapopemba, na zona leste da cidade, garantiu uma área extra para ampliar o aterro santiário que recebe diariamente os resíduos domiciliares das regiões sul e leste da cidade de São Paulo e que agora ganha vida útil de dez anos acima do previsto.
A obra recebeu investimentos de R$ 62 milhões e vai evitar cerca de R$ 1 bilhão em prejuízos para os cofres públicos, na medida em que não será necessário à Prefeitura contratar aterros sanitários em municípios vizinhos para receber os resíduos oriundos da capital. Antes da ampliação, o aterro sanitário do Centro de Tratamento Leste tinha vida útil futura estimada em apenas dois anos.
“Para nós, da Ecourbis, é motivo de orgulho entregar este empreendimento”, disse Nelson Domingues, presidente da Ecourbis, concessionária responsável pela coleta e destinação de resíduos das zonas Sul e Leste da capital e responsável pela obra de ampliação do aterro. “No ano passado, entregamos a Unidade de Tratamento de Resíduos de Saúde. Também já está em pleno funcionamento a Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus”, enumerou. “Podemos colocar no currículo com orgulho a satisfação de cumprir com nossa obrigação”, concluiu.
O desvio da avenida permitiu a interligação entre o antigo aterro São José, que operou entre 2004 e 2009, e o CTL Leste, ainda em funcionamento. A área reconformada e impermeabilizada que se gerou permite a disposição de resíduos de 112 mil metros quadrados, com capacidade de receber o descarte adequado de mais 26,8 milhões toneladas de resíduos.
A intervenção de expansão prevê ainda o remanejamento de antigas lagoas de acumulação e tratamento preliminar de chorume e a construção de novos reservatórios. Também serão realocadas as áreas de apoio operacional e administrativo. A terceira e quarta etapas gerarão área de 60 mil metros quadrados para disposição de resíduos. No total, a área recebe investimentos de cerca de R$ 180 milhões da concessionária EcoUrbis.
Aterros sanitários são preparados s tecnicamente para receber os resíduos coletados na cidade de São Paulo. Utilizam tecnologias de manejo ambiental que evitam a contaminação do lençol freático, solo e rios. Em São Mateus, os gases emitidos são monitorados, extraídos e comercializados. O chorume produzido é coletado e tratado. Todo resíduo colocado é coberto com camadas de solo, reduzindo odores e a atração de animais.
Histórico
O aterro CTL teve operação iniciada em 2010 e tem área de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados, dos quais quase 400 mil metros quadrados (34%) são utilizados para disposição final dos resíduos sólidos urbanos. O restante do espaço é destinado à faixa de proteção ambiental, à revegetação de áreas internas, à estação de queima centralizada de biogás, a balanças e demais unidades de apoio operacional. Atualmente, o local recebe cerca de 7 mil toneladas por dia de resíduos domiciliares coletados pela EcoUrbis, que atende as regiões leste e sul da capital.
Já o aterro São João funcionou entre 2004 e 2009, quando recebeu aproximadamente 30 milhões de toneladas de resíduos, com média diária de 6 mil toneladas.

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