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Meio ambiente

Ararinha azul está extinta?

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VOCÊ SABIA?

Há 15 anos, a ararinha azul foi considerada extinta do meio ambiente. Há, entretanto, indivíduos da espécie, que tem o nome científico de Cyanopsitta spixii, vivendo em três países no mundo: Brasil, Alemanha e Catar. Uma parceria entre os três países, através do Ministério do Meio Ambiente, tenta recuperar a população da ave e reinseri-la no meio ambiente.
Por isto, foi comemorada nos últimos dias uma boa notícia: nasceu o centésimo filhote da ave, em cativeiro. Centurion foi gerado na sede da organização não-governamental (ONG) Al Wabra Wildlife Preservation, no Catar.
Foi o décimo do ano, superando a meta de crescimento da população. “Para garantir um crescimento sustentável da população, é necessário um aumento de 10% ao ano no número de aves”, explicou o diretor da Al Wabra, Cromwell Purchase. “Alcançamos esse número pela primeira vez, em 2015”, apontou.
Um mês antes, em Berlim, já havia nascido Marcus que está sob os cuidados da ONG Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP).
O objetivo do projeto é aumentar a população em cativeiro a fim de que seja viável fazer a reintrodução na natureza. “As restrições genéticas da espécie são um desafio. Nossos parceiros têm superado os obstáculos, o que nos faz acreditar que conseguiremos, em breve, retornar a espécie ao seu local de origem: a caatinga baiana”, comemorou Camile Lugarini, veterinária do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio).
O Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul foi lançado em 2011 e uma de suas ações do PAN é o Programa de Cativeiro, em que os animais são mapeados geneticamente para a formação de casais que tenham maior probabilidade de gerar filhotes saudáveis.
Para que a soltura das aves seja bem-sucedida, ainda é necessário recuperar o habitat natural das ararinhas-azuis e fazer um trabalho de educação ambiental com a população local. “A perda de habitat e o tráfico levaram a ararinha-azul a desaparecer da natureza. Se as pessoas não caçarem, não comprarem e denunciarem o tráfico de animais silvestres, seguramente teremos um número menor de espécies em risco de extinção no Brasil”, destaca Marcelo Marcelino, diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio.

 

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