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Aprenda a descartar nessa volta às aulas

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Crianças, adolescentes, jovens e também muitos adultos estão voltando às aulas, nos meses de fevereiro e março. É uma época em que muita gente se depara com a necessidade de “fazer uma limpa” nos armários e gavetas, onde estão objetos que não serão mais necessários no novo ano letivo das escolas e universidades. Mas, será que tudo precisa mesmo virar “lixo”?

Realmente, nem tudo pode ser reaproveitado quando se trata de material escolar e outros itens de uso cotidiano estudantil. A doação é uma boa opção, mas ela só vale quando o produto está em bom estado, quando a apostila ou livro não estão preenchidos ou rabiscados…

Assim, para evitar o descarte excessivo de itens, há várias dicas que, além de proteger a natureza por meio da doação, também apontam para formas de garantir a circularidade dos objetos – ou seja, fazer com que voltem a ser usados de alguma forma, pela reciclagem.

Uso cauteloso para durar

Ensine sempre as crianças a tratar com carinho todo o material escolar, mochilas, uniformes, tênis. É bem conhecida a empolgação dos pequenos com o material novo, as canetinhas, a nova lancheira, o caderno novinho…

Ainda que a opção da família seja a de, a cada começo de ano, renovar esses itens para incentivar esse sentimento, os cuidados ao longo do ano anterior vão permitir que esses itens do ano anterior tenham condições de doação.

Há muitas ONGs que trabalham com crianças e que aceitam doações de material escolar em bom estado, mochilas, tênis, roupas neutras para uso estudantil.
Informe-se em lojas e marcas

A responsabilidade pelos resíduos não é somente do consumidor, mas também dos fabricantes e do comércio.

Assim, na atualidade, muitas lojas e marcas de produtos escolares se responsabilizam pela reciclagem ou descarte correto dos itens.

Tem marca de mochila, por exemplo, que recebe os itens, verifica o estado de conservação e decide se vale uma reforma, para doação, ou transforma parte dela em estojos, também para encaminhamento a famílias carentes.

Há lojas de material escolar que recebem cadernos não totalmente preenchidos e separam as folhas em branco para aproveitamento em novos itens. O consumidor, por sua vez, ao doar os cadernos usados, ganha descontos na compra de novos, além do fato de estar contribuindo para a não geração de resíduos.

Outra maneira de evitar o descarte desnecessário é informar-se na própria escola se há algum programa de recebimento de doações ou reciclagem. E isso inclui uniformes, livros e apostilas. Há ainda grupos de pais que organizam feiras de trocas, para facilitar essa interação entre alunos de diferentes idades, o que vai incluir, além de roupas e calçados, livros, mochilas etc.

Muitas escolas recebem para doação a famílias carentes, a estudantes mais jovens ou para venda de papel, por exemplo, para reciclagem.

Canetas, lápis, borrachas

Na lista de itens que podem ser doados no início do ano letivo, estão também itens como lápis, borrachas, canetas, apontadores, réguas…

Mas, novamente, a lógica é “só se doa coisa boa”. Então, canetas que falham, lápis que já estão pela metade ou ainda menores, borrachas gastas, apontadores quebrados, nada disso deve ser doado.

Novamente, a dica é cuidar bem e usar completamente, reaproveitando de um ano para outro, ou no início do ano letivo doar tudo que for possível.

Onde doar

Há muitas entidades que recebem doações, caso sua escola não tenha um programa de redistribuição para alunos mais jovens. Na zona sul de São Paulo, entidades como a Lalec (lalec.com.br), o Instituto de Meninos São Judas Tadeu (imsjt.org.br), a Casa Hope (hope.org.br) recebem doações que podem ser usadas pelas crianças, distribuídas às famílias atendidas ou mesmo colocadas em bazares, cuja renda é totalmente revertida aos projetos desenvolvidos em cada uma.

Outra opção é buscar a Ciranda do Saber (cirandadosaber.com.br), que pode até retirar doações. Eles trabalham mais com livros, cds, dvds, revistas, Histórias em Quadrinhos, LPs de vinil, fitas cassete, brinquedos, roupas e calçados.

Os livros que não podem ser reaproveitados, por mau estado ou por não serem adequados, são encaminhados à reciclagem.

O que vai para a reciclagem

Depois dessa separação de itens para reaproveitamento ou doações, resta ainda outra forma de evitar que esses materiais sejam encaminhados para aterros sanitários: a reciclagem

Livros, apostilas e cadernos rasgados ou muito rabiscados, réguas de plástico defeituosas, outras embalagens de plástico ou metal, todos podem ser encaminhados à coleta seletiva.

Em bale corretamente e evite sacos muito pesados, com quantidade excessiva de apostilas, por exemplo, porque podem rasgar caso não sejam de material bem resistente.

Na zona sul de São Paulo, há serviço de coleta seletiva porta a porta na maioria dos bairros, além de Pontos de Entrega Voluntária, com contêineres em diferentes vias públicas, praças e nos ecopontos.

O serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental, que também é a responsável pela coleta tradicional, embora em datas e horários e com equipes diferenciadas, não só na zona Sul mas também na zona Leste da capital.

Para saber a data e o horário em que a equipe passa em sua rua, basta clicar aqui.

O que não é reciclado

Infelizmente, nem tudo pode ser encaminhado à coleta seletiva, porque não há processo adequado de reciclagem.

É o caso de embalagens de cola com restos do material, tesouras, borrachas, lápis e canetas.

Esses resíduos devem ser descartados no lixo comum. Em caso de objetos pontiagudos, como as tesouras e mesmo os lápis, lapiseiras e canetas, enrole-os em papel jornal ou coloque dentro de garrafas pet antes de acondicionar em sacos para a coleta de lixo comum.

Também não podem ser reciclados os itens feitos de acrílico – réguas e porta lápis desse tipo de plástico, por exemplo, não são recicláveis e devem ir para o lixo comum.

Eletrônicos

Vale destacar que qualquer item que use pilha, bateria ou seja conectado a tomadas para funcionar é considerado eletrônico. Ou seja, na hora de descartar, não pode ser no lixo comum e nem no reciclável.

Calculadoras, celulares, tablets, monitores, qualquer item de informática e suprimentos (impressoras, teclados, mouses…) devem ser encaminhados ou para lojas que praticam a logística reversa ou para pontos de coleta específico, como os existentes em parques como Ibirapuera, Lina e Paulo Raia, Trianon, Mário Covas, Chuvisco e Independência.

A Subprefeitura Vila Mariana (R. José de Magalhães, 500 – Vila Clementino) e a Secretaria do Meio Ambiente (Rua do Paraíso, 387) também têm pontos de coleta).

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